20/10/2025
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta segunda-feira (20), em Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Ciareli dos Santos, de 37 anos, apontado como um dos principais responsáveis pelo assalto ao avião-pagador ocorrido no Aeroporto de Caxias do Sul, em junho de 2024. O crime é considerado um dos maiores roubos da história do estado, com prejuízo superior a R$ 14 milhões.
Segundo o delegado Marcio Teixeira, da Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio e Tráfico de Armas (Delepat), Ciareli é considerado um dos mais perigosos assaltantes de cargas e bancos do país. Ele também é investigado por envolvimento em crimes cometidos nos municípios de Cordeirópolis (SP), Camanducaia (MG), Araçatuba (SP) e Piracaia (SP).
“Ele é um dos assaltantes de carga e bancos mais conhecidos e perigosos do país. Há evidências concretas de que participou de outros roubos com domínio de cidade em diversos estados e vivia com identidade falsa para não ser reconhecido”, destacou o delegado.
O suspeito possuía um mandado de prisão em aberto expedido pela Justiça de Araçatuba (SP), que foi cumprido simultaneamente ao mandado referente ao ataque ao avião-pagador.
o crime em caxias do sul
O assalto aconteceu em junho de 2024, quando um grupo fortemente armado invadiu a pista do Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul. Os criminosos usaram viaturas falsas da Polícia Federal, uniformes semelhantes aos das forças de segurança e armas de grosso calibre para abordar uma aeronave que havia acabado de pousar vinda de Curitiba, transportando valores de uma empresa de segurança privada.
Durante o confronto, o policial militar Fabiano Oliveira foi morto, assim como um dos assaltantes. Os criminosos fugiram levando cerca de R$ 14 milhões.
Na fuga, o grupo utilizou uma van disfarçada de transporte escolar para resgatar os comparsas e os malotes de dinheiro. Ao todo, 13 veículos foram empregados na operação criminosa, incluindo caminhonetes blindadas com logotipos falsos da PF.
As investigações também apontaram o uso de cinco imóveis em diferentes fases do crime — três sítios localizados em Igrejinha, Riozinho e Alto Feliz, e duas casas em Alvorada e Farroupilha.