12/07/2024
Além da avaliação cuidadosa do neuropediatra ou psiquiatra infantil, a prescrição de medicamentos para crianças com TDAH deve levar alguns pontos em consideração, vamos refletir:
Primeiro, antes de qualquer medicação, é crucial que a criança receba um diagnóstico abrangente. Isso geralmente envolve a observação dos sintomas em diferentes ambientes (como em casa e na escola) e pode incluir avaliações comportamentais e psicológicas.
Segundo, e importantíssimo: a decisão de medicar muitas vezes depende da gravidade dos sintomas e de como eles afetam a vida diária da criança, incluindo desempenho escolar, relações sociais e autoestima.
Porém, precisamos entender se as adaptações necessárias foram feitas para a criança. Querer que ela faça coisas que não é capaz, sem seguir as regras de aplicação das atividades para uma criança TDAH, impossibilita que o desempenho escolar seja avaliado.
Outra consideração a ser feita, é avaliar se já foram tomadas todas as atitudes que poderiam ajudar a criança a desenvolver ferramentas para lidar com suas dificuldades. A medicação deve ser considerada quando as intervenções não são suficientes para controlar os sintomas.
Atente-se para a opinião dos pais e quando possível, da própria criança. Os pais devem ser informados sobre os benefícios e possíveis efeitos colaterais dos medicamentos.
É fundamental acompanhamento médico regular, monitorando a eficácia do tratamento e ajustando a dose se necessário. É importante monitorar possíveis efeitos colaterais e avaliar continuamente o equilíbrio entre os benefícios e os riscos, que não são poucos.
A medicação para TDAH pode ser uma parte eficaz do tratamento, mas deve ser individualizada e integrada em um plano de tratamento mais amplo que inclua suporte educacional e psicológico.
Só medicar a criança, e dizer que ela vai se concentrar, sem ajuda para adquirir ferramentas, e sem adaptações, é a mesma coisa que dizer que a pessoa resgatada de um sequestro, ao medicada, pode voltar para seu sequestrador que agora vai se adaptar.
Lembrem-se: Medicação é último recurso para um cérebro em desenvolvimento.