
09/05/2025
Papas são escolhidos com mais de 70 anos. Líderes espirituais do mundo. Mas por que o mercado corporativo descarta profissionais com mais de 50?
Os Papas, em sua maioria, são eleitos com mais de 70 anos. Chegam ao posto mais alto da liderança da Igreja Católica com um capital inestimável: sabedoria, empatia, humildade e propósito.
Eles não estão ali por performance imediata. Estão ali para guiar almas com profundidade, compaixão e visão de longo prazo.
E aqui faço uma provocação:
Se essas são as qualidades mais valorizadas para conduzir milhões de pessoas no plano espiritual, por que no mundo corporativo elas são tão subestimadas?
Por que tantos profissionais 50+ são descartados, mesmo sendo justamente os que já passaram por crises, lideraram pessoas, construíram cultura, formaram sucessores e aprenderam — com a vida — a tomar decisões com base em sabedoria e não apenas em dados?
O paradoxo da maturidade no mercado: A idade que representa autoridade espiritual é a mesma que representa invisibilidade profissional no LinkedIn.
O tempo, é o que gera confiança no Papa, mas é o gera desconfiança nos recrutadores. E o que chamamos de “experiência” em outros contextos, vira sinônimo de “obsolescência” nas empresas.
Está mais do que na hora de mudar esse olhar. Profissionais 50+ não são do passado. Eles são a ponte entre a sabedoria de ontem e os desafios de amanhã. Carregam no olhar a experiência de quem já caiu e levantou — e no coração, a vontade genuína de contribuir.
Liderança verdadeira não tem idade. Tem propósito.
Se as empresas querem mesmo construir culturas humanas, sustentáveis e inclusivas, talvez seja hora de se inspirar onde poucos olham: no valor da maturidade.