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Criamos estratégias do mercado para comunicar as histórias de seus clientes/parceiros de forma criativa e sustentável.

Esse post está aberto para você inserir uma mulher f*da no final do carrossel!Como é performar o “ser mulher” aos olhos ...
08/03/2025

Esse post está aberto para você inserir uma mulher f*da no final do carrossel!

Como é performar o “ser mulher” aos olhos de um mundo que nos obrigou a lutar por equidade, mas não para todas? Um mundo que criou o feminismo e o segregou em lutas individuais, pois, antes do “ser mulher”, existem o sexismo, a classe e o racismo.

Em 1891, na Convenção pelos Direitos das Mulheres de Ohio, a ativista e abolicionista Sojourner Truth fez um discurso histórico sobre a segregação do feminismo em relação às mulheres negras. Uma de suas frases mais emblemáticas foi: “E eu não sou uma mulher?”. Sua denúncia ressoa até hoje, questionando os padrões considerados “femininos”. Quem é digna de respeito e proteção?

Em O Mito da Beleza, Naomi Wolf explora como, à medida que as mulheres conquistavam direitos históricos, como o voto, o trabalho e a educação, novos mecanismos de dominação surgiam. Um exemplo claro é a “validade” da mulher, que permeia todos os espaços da sociedade. No fim, a idade certa para ocupar poder é ser homem.

Embora Naomi seja uma mulher branca de classe média, sua obra impacta a compreensão do “ser mulher” sob uma perspectiva interseccional. A ativista Kimberlé Crenshaw reforça que o padrão de beleza é uma construção masculina e eurocêntrica, tornando a pressão ainda maior para mulheres que não performam a feminilidade ou que não se encaixam no padrão dominante.

No Brasil, a historiadora Lélia Gonzalez, em Por um Feminismo Afro-latino-americano, destaca que, enquanto mulheres brancas lutavam para entrar no mercado de trabalho, mulheres negras já estavam lá—mas em condições precárias. Lélia foi uma das primeiras ativistas a abordar a interseccionalidade no feminismo brasileiro. Seu pensamento segue atual, refletindo-se nas políticas públicas defendidas por figuras como Érika Hilton e Sônia Guajajara.

Quando Simone de Beauvoir afirma que não se nasce mulher, torna-se mulher, ela expõe como a feminilidade é uma construção social imposta pelo patriarcado—uma armadilha que aprisiona o “ser mulher” às expectativas alheias. Hoje, experimente ser uma mulher que faz barulho e veja o quanto ainda tentam nos calar.

03/03/2025
Na percepção da cultura, o Carnaval se destaca como uma das mais importantes manifestações de expressão artística e tran...
28/02/2025

Na percepção da cultura, o Carnaval se destaca como uma das mais importantes manifestações de expressão artística e transgressão das normas sociais, onde música, dança, fantasia e coletividade assumem o protagonismo.

As fantasias em homenagem a Fernanda Torres são a prova viva de como o Carnaval simboliza nossas raízes culturais e ressignif**am momentos atuais dentro dessas tradições. Cada indivíduo compartilha sua individualidade em prol de uma mesma mensagem.

A cultura não é estática — ela se movimenta conforme a coletividade se manifesta.

Em resumo, você já agradeceu por ter nascido brasileiro hoje? A nossa capacidade de transformar momentos icônicos em festa é um verdadeiro presente!

Bora curtir o Carnaval! 🎉
Voltamos após o dia 6 de março, totalmente festados!

A tendência Aura Beauty, popularizada no TikTok, é o grande   do Carnaval deste ano! Inspirada nas cores do universo e n...
26/02/2025

A tendência Aura Beauty, popularizada no TikTok, é o grande do Carnaval deste ano! Inspirada nas cores do universo e no místico, ela reflete um sentimento que tem dominado cada vez mais as redes sociais: a necessidade de expressar a personalidade de forma única e autêntica. ✨🔮

Além disso, a tendência incentiva a mistura de texturas, combinando bases acetinadas com iluminadores para criar um efeito luminoso que parece emanar de dentro para fora. Mas nada de se prender a uma paleta fixa—crie, experimente e divirta-se! Self-expression é sobre isso!

Aura Beauty é a fusão perfeita entre beleza e energia interior, unindo maquiagem e bem-estar. Inspire-se em nosso carrossel e se jogue no Carnaval!

“Este documentário subversivo revela os truques que as marcas usam para que os clientes continuem comprando e o impacto ...
21/02/2025

“Este documentário subversivo revela os truques que as marcas usam para que os clientes continuem comprando e o impacto que isso tem em nossas vidas.” Essa é a sinopse do documentário A Conspiração Consumista, produzido pela Netflix no fim de 2024. Um detalhe importante: ele foi indicado aos assinantes na semana da Black Friday dos EUA. Aqui já podemos citar um dos pilares do consumo da sociedade atual: controle emocional, que nada mais é do que fazer o consumidor se sentir parte de algo, acreditando que está fazendo uma “diferença” real no mundo.

Em termos macros, podemos dividir esse fenômeno do consumo em algumas partes: produção em série de bens, distribuição em massa, publicidade em grande escala e novos serviços. Unindo tudo isso à criação do “desejo e emoção”, temos a fórmula perfeita para a manipulação. Segundo alguns entrevistados, em sua maioria, ex-funcionários de grandes corporações de diferentes indústrias, nada do que consumimos partiu genuinamente de nossas escolhas.

O descarte desenfreado de produtos faz parte do sistema de oferta e demanda. Contar uma história e facilitar o clique é o grande truque da maximização do lucro. Você, que está lendo este conteúdo, já percebeu que a vida útil de tudo o que consome está cada vez menor. Essa estratégia, chamada de “obsolescência programada”, é o grande lobo disfarçado na pele de cordeiro. A fórmula é simples: produza mais para consumir mais.

As grandes indústrias são imunes a qualquer responsabilidade após a venda de seus produtos, facilitando assim a banalização de assuntos sérios relacionados à crise climática e transformando tudo em greenwashing. Símbolos de reciclagem e propagandas “sustentáveis” criam a ilusão de um mundo verde que, na realidade, está cada vez mais estorricado sob toneladas de lixo de todos os tipos.

A ironia? Essas estratégias são tão bem fundamentadas que conseguiram vender a ideia de que os consumidores são os responsáveis pela destruição do planeta. Quando, na verdade, são as indústrias que incentivam, descartam e estão pouco se f*dendo para o que vai acontecer.

A procura pela beleza sempre fascinou a humanidade. Embora envolva estereótipos socialmente aceitos, o “culto” ao corpo ...
19/02/2025

A procura pela beleza sempre fascinou a humanidade. Embora envolva estereótipos socialmente aceitos, o “culto” ao corpo tem se tornado uma das principais características da sociedade contemporânea. Banalizado nas redes sociais, o corpo virou um “objeto” facilmente modif**ado.

Vivemos em um cenário imediatista, onde a insegurança é um mercado lucrativo, especialmente para as mulheres. O culto à aparência nas mídias tornou-se uma ponte para motivar comparações estéticas e o desejo constante pela perfeição. Esse corpo mutável reflete, por exemplo, a busca pelo Ozempic, um medicamento para diabetes que deveria ser utilizado com acompanhamento médico, mas que se tornou uma “revolução” farmacêutica acessível para o emagrecimento acelerado.

Segundo o site de pesquisa Semrush, só em 2024, a busca pelo medicamento cresceu mais de 300% na internet. No TikTok, a hashtag acumula 404,9K publicações e mais de 70 milhões de visualizações, segundo um artigo do Journal of Medicine, Surgery, and Public Health. É literalmente o elixir do filme A Substância, vendido como o facilitador da “sua melhor versão” para a sociedade.

Na moda, nas mídias e nas indústrias que lucram com essa insegurança da autoimagem, o movimento body positive, apesar de ter um conceito poderoso, acabou reduzido a uma polarização entre aceitação e rejeição do corpo fora do padrão. A narrativa foi apropriada por marcas e campanhas que transformaram o discurso em uma tendência passageira. Não é surpresa que tenha caído na armadilha da positividade tóxica, onde a pressão pela aceitação irrestrita do próprio corpo se tornou mais uma obrigação emocional.

No site The Economist, matérias como “Não é só sobre obesidade: medicamentos como Ozempic mudarão o mundo” reforçam essa idealização da magreza. Mas, ao analisar mais a fundo, o mesmo site também traz críticas ao uso do medicamento. A pergunta que f**a é: o bem-estar e a diversidade realmente existem ou apenas o lucro de empresas como a Novo Nordisk importa?

A popularidade do uso das unhas longas se deu, sobretudo devido ao protagonismo de artistas negras e latinas, nos anos 1...
14/02/2025

A popularidade do uso das unhas longas se deu, sobretudo devido ao protagonismo de artistas negras e latinas, nos anos 1990, principalmente com a ascensão do Rap no mainstream. As rappers subverteram a lógica marginalizada e assumiram as unhas longas como forma de poder, ainda que, ao usá-las fora do padrão “bela, recatada e do lar”, fossem estigmatizadas e sofressem preconceitos relacionados à raça, classe e gênero.

Com essa popularização, a aceitação e inserção da estética das unhas alongadas se tornou mais visível, mas o debate sobre sua história, infelizmente, não. As unhas grandes têm sido símbolo de resistência para diversos grupos e culturas no decorrer da história. Principalmente para mulheres trans, negras, asiáticas e latinas que tem nas suas unhas fator de identidade e representatividade, mas ainda sofrem preconceitos por reafirmar sua história.

No senso comum, usar unhas longas é pura vaidade. Mas, na verdade, unhas alongadas refletem uma prática ancestral que perpassa variadas culturas. Na antiguidade, na China, o uso de unhas compridas era um marcador de distinção social. Imperatrizes chinesas da Dinastia Ming, por exemplo, usavam “protetores de unhas” como adornos representativos de poder

No Ocidente, as unhas compridas e coloridas eram vistas como exagero, vulgaridade e falta de classe. Na visão elitista, o padrão das unhas deveria representar o “recato” de toda “boa mulher”, ou seja, não deveriam chamar atenção.

O questionamento persiste: por que marcadores estéticos ancestrais são vistos como vulgares? Qual é a régua para medir o que é elegante? A resposta é óbvia: o racismo, disfarçado de códigos visuais e “boas práticas” para um visual “sofisticado”. Quando as mulheres assumem os símbolos ancestrais através de suas imagens e colocam “as garras para fora” elas rompem com a prisão imposta pelo patriarcado, ra***ta e elitista que teme a diversidade e a feminilidade feroz.

Kendrick é um verdadeiro estrategista de conteúdo. O que aconteceu com Not Like Us no Super Bowl não foi apenas um abalo...
13/02/2025

Kendrick é um verdadeiro estrategista de conteúdo. O que aconteceu com Not Like Us no Super Bowl não foi apenas um abalo na cultura do rap, foi ele se divertindo com o espetáculo enquanto alfinetava, sem pedir desculpas, o presidente dos EUA.

Sua raiz está em Compton, Califórnia, um dos berços do gangsta rap. Como ele mesmo pontuou ao ganhar cinco Grammys este ano: “O rap é a forma de arte mais poderosa que existe. Nós somos a cultura, estaremos aqui para sempre. Para os jovens, respeitem essa arte e vocês chegarão aonde quiserem.”

Críticas apontaram que ele usou o palco apenas para atacar Drake, mas fez isso com elegância. Trazer Serena Williams fazendo o C-Walk foi um detalhe estratégico. A sequência das músicas também foi pensada: ele começou com a inédita “Bodies” (GNX), de tom agressivo e letra sobre a violência sistêmica nos EUA.

A participação de Samuel L. Jackson trouxe uma sátira ao “circo americano”. O Tio Sam negro subverte o ideal estadunidense, e o humor sarcástico pode ser visto como uma provocação ao presidente. Samuel pergunta se Kendrick está no controle e, logo depois, vem “Squabble Up”, que evoca protestos e lutas coletivas. No auge, os bailarinos formam a bandeira dos EUA ao som de HUMBLE., que fala sobre ego e poder.

“DNA.”, um dos maiores sucessos de sua carreira, foi entregue com precisão. A sincronia dos bailarinos e a lírica acelerada reforçam os temas de identidade, herança cultural e opressão. Kendrick seguiu com “Euphoria”, “Man at the Garden”, “Peekaboo” e “Luther”, esta última trazendo Martin Luther King ao centro da performance. Ele encerrou com sua diss e um sorriso maroto ao falar “Say, Drake”, mas o verdadeiro arremate veio com “TV Off” (com Mustard), expondo o papel da mídia na desinformação.

Se me permite, aquele “a” minúsculo no pescoço pode até ter sido uma provocação a Drake, mas, diante da sequência das músicas e de sua fala — “A revolução está prestes a ser televisionada, e você escolheu o momento certo, mas não o cara certo” —, ele “brincou” com o patriotismo (A)mericano. Ou seja, usando sua estratégia e autenticidade, Kendrick mais uma vez, declarou que seu rap jamais deixará de ser revolucionário!

Nostalgia pode não ser uma doença, mas é um sintoma da sociedade contemporânea que, há algumas décadas, tem servido de p...
07/02/2025

Nostalgia pode não ser uma doença, mas é um sintoma da sociedade contemporânea que, há algumas décadas, tem servido de produto de moda.

Mesmo com a obsessão pelo futuro sendo imaginada em vários aspectos—seja no cinema, na moda, na arte e até nas promessas falsas da política—, a nostalgia ainda está ali, idealizando uma emoção e uma possível romantização de tudo que não vivemos. Risos.

Ao mesmo tempo que estamos abertos para o novo, de certa forma, também estamos bodeados com a sua existência. Deu para sacar?

Com um revival sem limites de tendências apelando para a nostalgia, o mercado entendeu que manter seu público apegado a conexões emocionais que remetem à infância ou a uma falsa saudade do passado poderia gerar lucro. E bastou citar a palavra “tendência” para que a nostalgia se tornasse um produto.

Movimentos como o Y2K, que chegou e nunca mais saiu—aliás, teve uma atualização para Y3K—, a busca por futuros distópicos no Pinterest sob o rótulo de “punk”, os desfiles teatrais ou caricatos como os de Marc Jacobs, os clássicos do streetwear sendo relançados e a grande aposta da vez: a “birkinif**ação” como artigo de luxo “acessível” confirmam que estamos eternamente vivendo a nostalgia. Até o mercado da beleza e campanhas de humor duvidoso, que voltam a viralizar na internet, são manifestações desse movimento.

A nostalgia tornou-se uma ferramenta poderosa nas estratégias de marketing, permitindo que vários mercados criem experiências que incentivam ainda mais o consumo. No Meio & Mensagem, o professor de branding da ESPM, Marcos Bedendo, reforça que, para 2025, as marcas devem continuar apostando nesse sentimento.

Estamos recebendo pílulas diárias de nostalgia, mas é preciso tomar cuidado: essa sensação também vende o famoso “naquela época era melhor”. Não à toa, comportamentos conservadores estão ganhando ainda mais espaço. É preciso f**ar atento aos recortes profundos: o passado foi melhor para quem?

O prêmio de Melhor Álbum de Rap no 67º Grammy Awards foi mais que merecido. O que a rapper Doechii entregou em Alligator...
05/02/2025

O prêmio de Melhor Álbum de Rap no 67º Grammy Awards foi mais que merecido. O que a rapper Doechii entregou em Alligator Bites Never Heal pode ser considerado uma obra perfeita do rap atual. A mixtape de 19 faixas reflete o corre da artista e sua ascensão meteórica.

Mas não foi só na canetada que ela brilhou. O preppy, adotado pela artista, também a coloca no topo do seu sucesso. O visual, que nasceu do refugo dos estudantes da elite branca dos EUA – conhecidos como Ivy League –, foi ressignif**ado na década de 60, quando homens negros e marginalizados tomaram para si o vestuário da elite, subvertendo-o e criando o movimento na moda conhecido como Black Ivy.

O livro Black Ivy: A Revolt in Style, de Jason Jules, explica como essa “apropriação” consciente virou um ato de subterfúgio. Desde Miles Davis, um dos mais influentes compositores do jazz, até Malcolm X, um dos grandes nomes da luta pelos direitos civis afro-americanos, usaram esse estilo como uma forma de desafiar os valores clichês da América. Jules ainda explica: “... usar essas roupas era um desafio direto a essas suposições negativas.”

Até aqui, você já deve ter sacado a excelência de Doechii em usar o preppy como parte do seu amadurecimento profissional e pessoal. Honrando sua história e seus aliados, a artista incorpora a estética e entrega uma releitura singular e divertida. Podemos até dizer que o que ela apresenta é seu alter ego.

Assim como os negros norte-americanos revolucionaram o preppy, misturando-o com o streetwear característico, Doechii estilizou o visual, deixando-o sexy e, ao mesmo tempo, cool. Ela entrega maximalismo pontuais e mostra sua excelência como uma mulher preparada para enfrentar desafios e correr atrás de seus objetivos. Kendrick Lamar já definiu: ela é a melhor. E a gente? A gente nem ousa questionar. A mina do pântano mostrou que não está para pocas ideia!

A ALIS, icônica marca dinamarquesa fundada nos anos 90 e inspirada pela cultura do skate, marcou sua volta na Copenhagen...
04/02/2025

A ALIS, icônica marca dinamarquesa fundada nos anos 90 e inspirada pela cultura do skate, marcou sua volta na Copenhagen Fashion Week com a coleção ‘Comeback Culture’. O desfile foi uma ode aos tempos de glória e um olhar para o futuro da moda no streetwear.

Com seus novos donos, Daniel Brix Hesselager e Philip Lotko, da Rains, e sob a direção criativa de Tobias Birk Nielsen, a marca apresentou um streetwear mais refinado. Em entrevista para a Vogue Scandinavia, Nielsen definiu esse revival como: ‘As qualidades são bem selecionadas, os tratamentos, as técnicas de tingimento são muito bem pensadas. Estamos trazendo essa energia que é representada pelo ALIS para algo que tem um pouco mais de longevidade.’

Na passarela, trench coats, camadas estratégicas e peças oversized, combinados com jeans desgastados e padronagem xadrez, apresentaram a versão 2.0 da marca. O streetwear permanece como um pilar da cultura de moda, expressando liberdade e os códigos do zeitgeist, tanto os vanguardistas quanto aqueles que apontam para o futuro.

A Copenhagen Fashion Week desempenha um papel fundamental na busca por soluções sustentáveis no setor têxtil. Com iniciativas inovadoras, tem impulsionado mudanças nas Semanas de Moda e conquistado relevância nas discussões globais sobre o futuro da moda responsável.

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Vivemos para ver a Dior usando o “punk” em seu desfile de Alta Costura. Antes de continuar, este não é um hate, mas uma ...
31/01/2025

Vivemos para ver a Dior usando o “punk” em seu desfile de Alta Costura. Antes de continuar, este não é um hate, mas uma provocação à nossa comunidade: como um movimento contracultural conseguiu influenciar até uma casa de luxo de valores tão tradicionais — tudo que o punk despreza? E, se tudo que vemos de diferente é punk, o que sobra para o movimento?

A explicação mais óbvia seria a busca pela atitude do indivíduo rebelde e pelo sarcasmo que a contracultura proporciona na sociedade contemporânea. O visual propositalmente exagerado reflete a insatisfação, o desgosto pelo óbvio. Mas qual é a linha tênue entre a moda como expressão e a capitalização desses códigos urbanos? Punk e clássico não cabem na mesma frase, assim como rebeldia não se cria apenas com um moicano cheio de flores ou com uma sobrancelha brow lamination mais elaborada.

Ser punk é desafiar o ethos, é usar a rebeldia a seu favor. E, como tudo que o luxo toca vira produto, talvez um exemplo de punk, depois de Vivienne Westwood, seja a Comme des Garçons, que em seu último desfile apresentou a coleção intitulada ‘Para o Inferno com a Guerra’. Com um visual fluido e provocador e coturnos apontados para cima, Rei Kawakubo não precisou de nenhuma palavra para deixar seu recado: o fim da militarização no mundo.

Demna, na Balenciaga, é outro que desafia valores padronizados no luxo. Utilizando o absurdo das coisas, o designer não tem medo de mostrar o sarcasmo e a obviedade do seu público em consumir qualquer coisa, até mesmo uma fita adesiva. Uma sátira para o valor X preço e o que o dinheiro pode comprar.

Essa obsessão pelo punk e por seus códigos visuais aponta que, até mesmo um dos maiores movimentos contraculturais, não escapa da banalização quando cai nas graças de uma sociedade movida a status. É justo afirmar que o punk se tornou uma espécie de fetiche na sociedade atual, cujo objetivo é parecer rebelde, mas sem viver a rebeldia de fato? Afinal, se tudo é punk, nada é punk!

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