
23/08/2025
🚨 Consequências graves
O Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) começou a ser organizado, no Pará, para combater os impactos do Projeto Grande Carajás, em 2012. Inicialmente chamado Movimento dos Atingidos Pela Mineração, mudou seu nome a partir da compreensão de que não cabe apenas às pessoas atingidas pelos empreendimentos minerais construir uma alternativa ao modelo de mineração.
“O Estado brasileiro precisa dizer onde minerar e onde não minerar. Da forma que está, minerando em todos os lugares, trará consequências enormes à natureza, à própria economia e para a sociedade”, explica Charles Trocate, pesquisador e membro da coordenação nacional do MAM.
Entre as discussões recentes do movimento, está o uso do subsolo brasileiro, ou seja, o controle popular e a gestão sustentável dos recursos minerais e naturais presentes no subsolo, que, segundo reforça o movimento, pertence ao povo e ao território.
“Precisamos debater com a sociedade brasileira a função social do subsolo, o subsolo que por natureza é estatal, portanto, do povo. Não pode e não cabe só ao Estado definir onde deve haver mineração. Controlar o subsolo signif**a não haver biodiversidade sem geodiversidade, porque os efeitos geofísicos das minas f**am aqui, enquanto a gente exporta o produto de exportação”, complementa Trocate.
Uma das grandes bandeiras de luta do movimento, é que a população tenha autonomia e participação nas escolhas do uso da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) recebida pelos municípios impactados para benefício coletivo.
“A gente também é uma bandeira de luta fundamental em pensar a questão da compensação financeira, a Cfem, o quanto os territórios já engendrados na indústria capital são engolidos e não são promovidas nenhum tipo de política pública, nenhum tipo de desenvolvimento econômico”, esclarece Karine Martins, da coordenação do MAM.
Saiba mais na reportagem de Mariana Castro para o 📲 https://bdf.onl/f/i1qP