10/07/2025
RESSALTANDO QUE TARIFA DE 50 % DE TRUMP NÃO FOI SÓ PARA O BRASIL|
É UMA RETALIAÇÃO A VARIOS PAÍSES QUE DISSERAM NÃO AO GENOCIDIO EM GAZA...
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que a imposição de 50% de tarifas sobre o produto brasileiro por parte dos Estados Unidos foi recebida com preocupação e surpresa. Em nota compartilhada nesta quarta-feira (9/7), a instituiçao diz que não há fato econômico que justifique as taxas anunciadas pelo presidente Donald Trump.
“Não existe qualquer fato econômico que justifique uma medida desse tamanho, elevando as tarifas sobre o Brasil do piso ao teto. Os impactos dessas tarifas podem ser graves para a nossa indústria, que é muito interligada ao sistema produtivo americano”, avalia Ricardo Alban, presidente da CNI.
Para a instituição, a prioridade deve ser intensificar a negociação com o governo de Donald Trump para preservar a relação comercial histórica e complementar entre os países. Os EUA são, segundo a Confederação, são o terceiro principal parceiro comercial do Brasil e o principal destino das exportações da indústria de transformação brasileira.
A CNI apontou, ainda, que o aumento da tarifa para 50% terá impacto significativo na competitividade de cerca de 10 mil empresas que exportam para os Estados Unidos. A organização também diz que a tarifa afeta a própria economia norte-americana.
“Ao contrário da afirmação do governo dos Estados Unidos, o país norte-americano mantém superávit com o Brasil há mais de 15 anos. Somente na última década, o superávit norte-americano foi de US$ 91,6 bilhões no comércio de bens. Incluindo o comércio de serviços, o superávit americano atinge US$ 256,9 bilhões. Entre as principais economias do mundo, o Brasil é um dos poucos países com superávit a favor dos EUA”, ressaltou a CNI.
A Confederação registra que a entrada de produtos norte-americanos no Brasil estava sujeita a uma tarifa real de importação de 2,7% em 2023, o que diverge da declaração da Casa Branca. A tarifa efetiva aplicada pelo Brasil aos Estados Unidos foi quatro vezes menor do que a tarifa nominal de 11,2% assumida no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).