22/07/2025
"Toda maneira de amar vale a pena. Toda maneira de amor valerá."
Valerá, desde que seja amor.
Vejo muita gente com ares de especialista em relacionamento amoroso, doutos na psiquê humana e no comportamento, cultura, sociedade, e ciências combinadas das nossas origens, detonando o modelo de "amor romântico" por causa de tudo que ele tem ruim ( o que é romântico é ruim ? ). E, assim, acabam fazendo proselitismo de outros modelos de amor "poli, aberto, bi ", que imagino serem válidos mas que até onde se tem notícias, ainda não resolveram o que reclamam de ruim no amor romântico. E também não oferecem os benefícios que amor romatico tem de bom.
Participei de muitos debates desses em programas de rádio e tv e também nas rodas de conversas e, claro, na vida pessoal também. Enfim, esse é um debate em que todos nós e todos os lados tem lugar de fala. Afinal, cada um cada um.
Estou sempre em defesa do amor romântico, quando se tem a chance de evoluir para isso. Sim o amor romântico é a evolução de uma relação.
O amor que evolui para o romântico permite maior vínculo, profundidade na conexão humana, amorosa e erótica, em vários níveis. O romântico não signif**a controle, tolhimento e nem relação de poder que vem sempre associados as questões psicológicas de um e de outro, dos dois e também a raiz histórico cultural, patriarcalismo etc.
Muitas vezes esse amor é mal entendido e péssimamente resolvido por casais que tem o modelo romântico, mas o idealizado de um, ignora o modelo idealizado pelo outro, f**am fora da sintonia quando, então, entram os vícios clássicos, as inseguranças, vulnerabilidades e as dependência hostis e tiranas. O amor romântico é aberto no sentido de não precisar de máscaras, é verdadeiro e claro e, assim, pode ser interdependente, sem deixar de exclusivo.
O principal do relacionamento romantico está na qualidade do vínculo entre os dois e nos combinados baseados, essencialmente, na confiança mútua e clareza. Como em todas relações isso exige respeito as individualidades, o que não signif**a risco ao compromisso, uma vez que a combinação proteja a substância amorosa e dedicada do vínculo, que pela preciosidade merece ser cuidado e reelaborado, continuamente, em boas conversas no espaço de intimidades entre os dois que vai bem além da nudez e do prazer do gozo.
Mas como cada um, cada um, nada de regras, né ?
Cada um gasta sua energia e potencial amoroso, emocional e sentimental como achar melhor, ao sabor dos encontros e desejos da hora e dessa maneira colhe os benefícios ou paga os boletos da relação conforme as tarifas de fidelidade combinadas entre as partes, entendendo que ninguém é inocente e nem ingênuo.
Chato mesmo é quem tenta convencer os outros da relação ideal que ele mesmo procura para si ou a partir do seu proprio repertório de desencontros .
Muita gente a partir de suas próprias dificuldades em estabelecer vínculo, com histórico de frustrações, decepções e descrença e, até de narcisismo, f**a defendendo o amor " não romântico" , como faz aquele ateu que gasta energia defendendo a crença da "não existência de um Deus, para quem crê. Quem é ateu mesmo não gasta argumento defendendo o que ele nem acredita existir.
Casais maduros e éticos, de qualquer idade, sabem valorizar o bom encontro, a descoberta do outro, as novidades de cada dia, respeitam-se em suas singularidades e se ajustam para um bom encaixe nas diferenças. E vivem a arte do encontro. Para que seja infinito ( e intenso) enquanto dure.
Com amor o encontro vale muito mais...
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