17/11/2021
Porta-voz que escolhe veículo para conceder entrevista está cometendo um erro grave. Para si e para a empresa que representa. As razões são várias, mas vale elencar as duas: 1) repórteres não esquentam lugares; hoje estão aqui, no último; amanhã estão ali, no primeiro. E o que é pior, estes profissionais têm memória de elefantes, jamais esquecem aqueles que os discriminam. 2) Ao discriminar um veículo, o porta-voz, ou melhor, a empresa que representa, está discriminando a audiência deste veículo. Desrespeito gravíssimo que não pode ser cometido por nenhum porta-voz, em hipótese alguma. Além disso, importante lembrar, a empresa está perdendo uma oportunidade de aparecer, de fortalecer a sua marca, ainda que para um público pequeno, de um veículo de pouca expressão. Esta postura, que infelizmente é adotada por alguns porta-vozes, sobretudo de grandes empresas, gera uma situação extremamente desagradável, não somente para o jornalista "excluído", mas também para o assessor de imprensa que é quem normalmente tem a missão de comunicar a negativa. Obviamente que jamais dirá que o seu "cliente" se nega a dar entrevista para veículos de pouca expressão. Buscará uma desculpa, que por mais criativa que seja, será esfarrapada. O repórter que ficou à margem, fará caras e boca para demonstrar sutilmente o seu descontentamento, mas vai engolir o sapo. Porém, este "bichinho", sempre difícil de engolir, será regurgitado na primeira oportunidade que lhe for oferecida. E isso pode acontecer amanhã ou depois, mas acontecerá. E o afetado poderá ser o porta-voz, a empresa ou ambos. O certo é que a discriminação de um veículo, qualquer que seja ele, tem efeito bumerangue. Vai e volta ; ; ; ; ; ; ; , ;