
05/08/2025
CEI Vila Ernestina é alvo de denúncias por falta de alimentação, salários atrasados e ausência de funcionários; pais formam comissão, vereadores acionam o Ministério Público e Tribunal de Contas diante de situação emergencial
A manhã desta terça -feira (5) começou com desespero e angústia para pais e funcionários do Centro de Educação Infantil (CEI) Vila Ernestina, na zona sul de São Paulo. Uma reunião emergencial foi convocada dentro da unidade — conhecida pela comunidade como “Creche do Bem” — para discutir a grave situação que vem se arrastando há semanas: falta de merenda, ausência quase total de profissionais da cozinha, salários atrasados e risco iminente de colapso no atendimento às crianças.
Suzane, mãe de um bebê de apenas 1 ano e 4 meses matriculado na unidade, esteve presente na reunião e relatou com emoção o cenário alarmante. “Hoje, há apenas uma funcionária para preparar a alimentação de 175 crianças. É desumano com ela, com os pequenos e com toda a comunidade”, disse. “Eles precisam ser ouvidos. As crianças não podem pagar esse preço.”
As denúncias chegaram ao gabinete do vereador Celso Giannazi (PSOL), que visitou a unidade após diversos relatos da comunidade escolar. A situação é considerada crítica: em dias anteriores, não havia nenhuma merendeira da empresa terceirizada responsável pelo fornecimento das refeições. A solução improvisada foi a própria diretora e três auxiliares técnicas de educação assumirem o preparo das mamadeiras e refeições.
A crise não é pontual. No dia 23 de julho, havia apenas uma funcionária para cuidar da alimentação de mais de 140 crianças durante todo o expediente. No dia 25, outro episódio revoltante: a mesma empresa terceirizada — a SEPAT Multi Service Ltda — ofereceu achocolatado com validade vencida a estudantes da EMEF Mário Marques de Oliveira, na região do Campo Limpo.
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Fontes/
Imagem/ divulgação
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