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Atalhos
Categoria
Yoga com autonomia
Criada em 2014 a Manûche nem sempre foi uma escola nômade, iniciando como um espaço físico conhecido como “Casa Manûche”, em São Caetano do Sul. Foi ali que originaram-se os primeiros experimentos com o corpo pelo viés da autonomia conduzidos pela professora Bruna Maya, cuja pesquisa principal aplica-se no campo do yoga . Como primeira anfitriã de sua própria pesquisa, recebia seus alunos em sua própria casa e percebeu que assim as relações se construiam de forma mais afetiva e menos impessoal. A Casa Manûche não existe mais em São Caetano, mas se multiplicou tornando-se uma escola nômade por não ter um, mas vários endereços onde as aulas acontecem. Hoje, os anfitriões (também alunos da escola) hospedam seus colegas de turma em seu espaço privado. Em troca, recebem acesso livre ao projeto. Com aulas em diferentes pontos da cidade, os alunos têm a possibilidade de reposição em outras turmas, e assim experimentam a prática de diferentes pontos de vista. Já que a prática com autonomia será realizada em casa ou em ambientes ainda vistos como “não ideais”, um dos objetivos também é aproximar o yoga de espaços cotidianos e estimular o hábito da pratica nesses ambientes reais, sem romantizações. Assim o aluno ressignif**a a interferência dos móveis e de outros elementos na sua prática em casa. Manûche é a versão abrasileirada de “manouche” termo usado para nomear o povo cigano na França que também signif**a “espírito de liberadade”. A pesquisa da autonomia nasceu de uma análise autocrítica a respeito do lugar do professor, que muitas vezes se coloca ou é colocado em uma posição vertical (na lógica mestre-discípulo comumente mantida na cultura acadêmica). Outro incômodo, seria a forma de ensino onde a aula era aplicada de uma mesma forma para todos, sem considerar o que cada corpo/aluno traz de complexidades individuais. Não vendo sentido em continuar a dar aulas nesse modelo e sem encontrar referências para se espelhar, a única saída seria fechar a escola. Isso quase aconteceu e só não aconteceu por causa de um aluno-amigo. A Manûche nasceu do lodo de uma fértil experiência de depressão e crises de pânico, nasceu do oposto do bem-estar, do zen ou da harmonia. A Manûche nasceu da travessia entre o deserto de negação da vida para a afirmação da mesma enquanto potência criativa. Para encontrar o novo, é necessário a morte de algo. E foram mortas as certezas invioláveis que deram espaço para a reflexão em conjunto. Essa é uma das tônicas da Manûche: pensar o corpo com as ferramentas que temos hoje não para procurar uma nova verdade, mas para simplesmente ativar o potencial criativo libertário, pois a criação parte da ideia de movimento e transformação que tanto diz respeito à origem tântrica de onde surgiu o hatha yoga . Escolhemos fazer isso junto com os alunos, sem o pedestal. Para nós a posição do professor é conduzir, orientar, apoiar e não interferir ou induzir a experiência do aluno mantendo-se numa posição de cuidado e respeito. O professor da Manûche tem responsabilidade com sua posição, critério ao tecer novas estruturas e deve se comprometer a se esforçar ao máximo para não colonizar a experiência do aluno ao mesmo tempo que assume seu potencial errante, inacabado e não-neutro. Muitas vezes não acolhemos o próprio corpo por idealizar corpos que não são nossos, mas que são valorados como melhores em um padrão autoritário. Esses moldes pré-concebidos, super valorizados e aparentemente inquestionáveis podem compor uma lógica de escravidão. Experimentemos no corpo as mais criteriosas teorias pois o mundo das ideias já foi rompido pela realidade que agora se faz necessária em ações. É prática de autonomia. É arte. É criação compondo a partir da reprodução.
TURMAS (Todas próximas ao metrô)
Ana Rosa (segunda às 18h45 ou 20h30) Higienópolis/ Mackenzie (quinta 8h30) República ( quinta às 20h)