02/11/2024
PARA OS QUE SOFREM COM A PERDA DE SEUS ENTES QUERIDOS
A dor causada pela perda dos entes amados atinge a todos nós com a mesma intensidade. É a lei da vida a que estamos sujeitos. Quando nascemos, nossa única certeza absoluta no transcorrer da vida será a de que um dia morremos.
Não costumamos pensar muito na morte, não fazendo ela parte das nossas preocupações mais imediatas. Vamos levando a vida sem pensar que um dia morremos. Mas daí vem o inesperado, e quando nos deparamos ela bate nossa porta arrebatando-nos um ente amado.
Não é tarefa fácil aliviar o coração de quem perdeu um ente querido, em consequência das emoções e sentimentos que se fazem presentes nessas ocasiões. O que é natural e compreensível, quando se trata da saudade; contudo, muitas vezes, além dela, brota o sentimento de perda, e, não raras vezes, há o choque, principalmente se tudo foi muito súbito, traumático, o que pode levar, por vezes, à revolta, por falta de compreensão dos desígnios de Deus.
Felizmente, o Espiritismo ajuda-nos a lidar, de uma forma racional, com tais acontecimentos, suavizando nossa dor e nos fortalecendo.
Frequentemente, a morte de alguém querido leva quem f**a ao desespero. Isso não acontece, se o caso for o de uma mudança para longe, pois a possibilidade do reencontro ameniza a saudade.
Se todos soubessem que a morte física se encaixa nessa situação, e que a separação é temporária, poucos teriam motivo para se desesperar.
Preferimos ter por perto a quem se ama, mesmo que isso signifique sofrimento para a pessoa amada. Não fazemos isso com quem está no leito de morte? Emitimos pensamentos com o desejo de que não se vá. Mentalmente, mantemo-la, aqui na matéria, mesmo quando seu desencarne já está em andamento!
Para quê? Só para que “fiquem conosco”, mesmo que sofram mais?
Na verdade, estamos pensando mais em nós do que neles...
Imagino que, neste ponto, você possa estar se perguntando: e se for uma morte prematura? Responderia a Doutrina Espírita que, com exceção do suicídio e da eutanásia, não existem mortes prematuras.
A Terra é apenas uma estação de trabalho...
Contrariamente ao que tanto desejaríamos, a Terra não é um parque de diversões, e nem estamos numa colônia de férias. Trata-se de um educandário, para alçarmos voos em direção a mundos melhores, e que tais lugares, para os que viveram no bem, são mais felizes do que o nosso insignif**ante planeta Terra, ainda de provas e expiações.
O Espiritismo esclarece-nos que todo pensamento atinge seu alvo e muito mais efeito tem, quando se trata de desencarnados. Nossas tristezas são como que raios lançados em suas mentes. Nosso desespero transforma-se no desespero deles...
Ficam, por vezes, tão preocupados, tão desequilibrados que estagnam em suas atividades, deixando de percorrer seus caminhos pós-morte e deixando de evoluir...
Sansão ainda nos diz no Evangelho Segundo o Espiritismo:
“regozijai-vos em vez de chorar quando apraz Deus retirar um dos seus filhos deste vale de misérias. Não é egoísmo desejar que ele fique para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe entre os que não têm fé, e que vêem na morte a separação eterna. Mas vós espíritas, sabeis que a alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal. Mães sabeis que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, eles estão bem perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento, mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revelam uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus!”
Diante dessas palavras instrutivas do Espírito Sansão, podemos ver que os pensamentos, dirigidos aos entes amados desencarnados, chegam como vibrações e são percebidas e assimiladas por eles. Porque a morte nada mais é do que a destruição do corpo orgânico, mas a alma imortal segue eterna, assim como os laços de amor e afeições que os uniu aos pais, aos filhos, aos maridos, as esposas, aos amigos!
A Doutrina Espírita orienta-nos a pensar e emitir vibrações de amor, e não de dor e desespero. Vejamos o que nos revela a questão 936 do Livro dos Espíritos.
936. Como as dores inconsoláveis dos que f**am na Terra afetam os Espíritos que partiram?
— O Espírito é sensível a lembrança e às lamentações daqueles que amou, mas uma dor incessante e desarrazoada o afeta penosamente, porque ele vê nesse excesso uma falta de fé no futuro e de confiança em Deus, e por conseguinte um obstáculo ao progresso e talvez ao próprio reencontro com os que deixou.
Comentário de Kardec: Estando o Espírito mais feliz do que na Terra, lamentar que tenha deixado esta vida é lamentar que ele seja feliz. Dois amigos estão presos na mesma cadeia; ambos devem ter um dia a liberdade, mas um deles a obtém primeiro. Seria caridoso que aquele que continua preso se entristecesse por ter o seu amigo se libertando antes? Não haveria de sua parte mais egoísmo do que afeição, ao querer que o outro partilhasse por mais tempo do seu cativeiro e dos seus sofrimentos? O mesmo acontece entre dois seres que se amam na Terra. O que parte primeiro foi o primeiro a se libertar e devemos felicitá-lo por isso, esperando com paciência o momento em que também nos libertaremos.
Da mesma forma os entes amados que partiram nos emitem pensamentos e vibrações de amor e de esperança. Acontece que muitas vezes, nos prendemos na dor, e não nos apercebemos da presença deles. Muitas vezes, eles têm que recorrerem às sessões mediúnicas, com a devida permissão dos seus orientadores espirituais, para pedir, que não soframos mais. Que nosso sofrimento excessivo, os fazem sofrer, que nosso apego as lembranças com dor os atingem e os afligem. Muitos ainda impossibilitados de virem se comunicar, porque ainda estão de adaptando e se recuperando, (um dos motivos que a evocação não é recomendada) solicitam aos seus mentores que mandem noticias em seus nomes, para acalmar o coração dos familiares em sofrimento. A morte não é o mergulho no nada, é apenas a mudança de estado, e que eles continuam do lado de lá, recebendo de nós, os sentimentos de amor, ou de revolta que possamos emitir.
Os nossos entes queridos que partem antes de nós nunca nos abandonam, sempre estão olhando p nós.
Lembremos de praticar o desapego.
Desapegar não quer dizer q vc tem q deixar de amá-los mas sim deixar q eles sigam seus caminhos assim como nós temos q seguir os nossos.
Um exemplo bem tosco é a Jabuticaba.
Digamos q eu amo jabuticaba! Daí me mudo p Japão onde não tem jabuticaba. Eu vou morrer por causa disso? Não.
Mas vou aprender a me desapegar porém vou continuar amando Jabuticaba!!
É mais ou menos isso meus amores.
A saudade não vai doer menos em você porque é Espírita, mas a convicção da imortalidade com toda certeza será o remédio ao alcance dessa dor passageira.
A oração não vai materializar os entes queridos que partiram para o abraço físico, mas vai entrelaçar nossas almas em comunhão mental, através de nossas vibrações, trocando afeto e energias de sustentação mútua, continuando o trabalho de sustentação pelo amor que não se dissolve com a desencarnação.
A comunicação mediúnica nem sempre estará disponível para o correio fraterno de almas, mas as doces comunicações pelo pensamento cada vez que você manda mentalmente um pensamento de gratidão, de estímulo ou de coragem para aquele que partiu para novas experiência, certamente confortará seu coração tanto quanto um afetuoso bilhete.
É preciso que abandonemos a legião dos “Tomés descrentes” que ainda precisam tocar as chagas do sofrimento a fim de crer que a vida prossegue.
Tomé creu porque viu, mas Jesus abençoa aqueles que creem sem ter visto... Alcancemos esse grupo, os daqueles que entende pelo pensamento, fortif**am-se pela fé e alcançam convicção pela razão: - Perde-se objetos, bens, coisas que são perecíveis... PESSOAS são para sempre. ESPÍRITOS são imortais. Os que partiram nos aguardam no grande porto da imortalidade onde podemos chegar embalados pelas doces ondas do oceano de amor ou pelos temporais bravios da revolta egoística nas ondas do orgulho...
Sabemos que somos todos espíritos imortais e que somos todos irmãos!!
Ou seja se somos todos irmãos.
Lembremos que nossos filhos de hoje podem ter sido nossos pais, mães, maridos, esposas ou simplesmente um amigo ou inimigo das vidas passadas.
Amem com desapego.
Não é melhor pensarmos e sentir assim...
Que honra receber esse amigo, esse companheiro de jornada para um estágio aqui nesta orbe, nesta vida...
Nós e os outros possuímos propósitos próprios e estamos TEMPORARIAMENTE uns com os outros, saibamos valorizar as presenças do aqui agora, a fim de facilitarmos o REENCONTRO MAIS ADIANTE.
Como vivermos aqui, lá chegaremos... Vivamos o bem para os que partiram na dianteira possam nos receberem bem, dizendo: QUE BOM QUE VOCÊ VOLTOU!