23/04/2025
No Encontro Nacional Vero, tivemos a oportunidade de cuidar da formatação e do roteiro do evento: direção de Taís Pacheco, roteiro assinado por Mario Oshiro, com assistência de Marina Moretti, e produção da 770 volts.
E aí muita gente pergunta: “Mas e aí, como é escrever roteiro pra evento?”
Olha… não é só escrever falas. É pensar no ritmo, desenhar transições, criar experiências pra fazer com que tudo, absolutamente tudo, faça sentido dentro de uma narrativa maior. Se liga:
- Evento também é história: toda convenção, encontro ou premiação tem começo, meio e fim. Tem virada, tem clímax, tem respiro, às vezes até plot twist hahaha. O roteiro precisa refletir essa estrutura, ainda que o formato seja ao vivo e, dependendo do tipo de evento, fragmentado.
- Nem tudo precisa ser dito, mas tudo precisa ser sentido: às vezes, o mais poderoso é o silêncio ou mesmo a imagem certa. Sabe aquela máxima do cinema “mostre, não conte”? Pois é! Serve aqui também… com um pouquinho de LED e fumaça (nunca é demais!).
- A voz da marca é uma personagem: ela tem tom, ritmo, vocabulário e intenção. Cabe ao roteiro fazer com que essa voz converse com o palco e com a plateia sem parecer que saiu direto de um manual de branding.
- O tempo é um bicho temperamental: às vezes, sobra. Quase nunca rs. O mais comum é faltar, e aí o roteiro precisa saber onde ser generoso e onde ser cirúrgico. É quase uma edição in real time.
- Se for só bonito, não serve: tem que emocionar, claro. Mas também tem que funcionar. Tem que passar recado, ideia, etc. Beleza por beleza, já temos o filtro Valencia.
- E os imprevistos? São parte do show: mesmo com tudo planejado (e olha que a gente planeja), evento ao vivo é tipo receita com fermento: sempre pode subir mais do que o esperado. Por isso, roteiro bom tem que ser flexível (mas sem romantizar, tá? Nossa saúde mental e coração agradecem rs)
Foto: Marina Moretti