13/09/2024
*SES lança campanha de prevenção ao suicídio*
Na terça-feira, 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) lançou a campanha “Juntos na torcida pela vida: pedir ajuda faz bem”, que será realizada durante toda a campanha do Setembro Amarelo, mês de promoção da vida, para reforçar a importância de buscar apoio quando mais precisa. A iniciativa conta com a participação de jogadores da Dupla Grenal, falando da importância da procura por ajuda nos serviços de saúde.
A ação é desenvolvida por comitê estadual dedicado ao tema e abrange outras ações que reafirmam a promoção da vida, com foco na prática de escuta, acolhimento, atenção e cuidado com as pessoas que apresentam sinais de sofrimento.
Estatística gaúcha
O Rio Grande do Sul historicamente apresenta as maiores taxas de mortalidade por suicídio no Brasil. Entre 2015 e 2023, o índice subiu quase 40%. Somente ano passado foram registrados ao menos 1.548 casos de gaúchos que tiraram a própria vida – a grande maioria (cerca de 80%) são homens.
A notif**ação do comportamento autolesivo (arranhões, queimaduras, perfurações, mordeduras e cortes) e da tentativa de suicídio é compulsória e deve ser feita em até 24 horas, conforme Portaria do Ministério da Saúde 1.271, de 6 de junho de 2014, com o propósito de garantir a intervenção oportuna nos casos.
De 2015 a 2023, foram realizadas 227.111 notif**ações de violência interpessoal ou autoprovocada no Rio Grande do Sul. Destas, 69.689 receberam classif**ação de comportamento autolesivo e tentativa de suicídio, o que representa mais de 30% do total de notif**ações.
Foi possível observar aumentos mais acentuados nas taxas de notif**ação das lesões autoprovocadas, nas faixas etárias de 15 a 19 anos e de 20 a 29 anos no período de 2016 a 2019. A faixa etária de 10 a 14 anos apresenta expressivo aumento das taxas a partir de 2020, no contexto pós-pandemia.
A notif**ação é um elemento-chave na atenção integral às pessoas vítimas de violência e tem como um dos objetivos principais subsidiar as políticas públicas para prevenção e atenção às situações de violência, indicando prioridades e permitindo a avaliação das intervenções.
“Ainda existe uma subnotif**ação dos casos de violência, principalmente da violência autoprovocada. Precisamos avançar nas notif**ações em serviços de atenção primária e secundária, bem como qualif**ar a completitude dos campos da ficha de notif**ação, especialmente quanto à orientação sexual e à identidade de gênero”, destacou a especialista em saúde do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Marcia Fell.