16/09/2025
Amar, quando se é madura, deixa de ser uma ânsia desenfreada por preencher vazios. Torna-se, com o tempo e com as cicatrizes bem curadas, um transbordamento tranquilo. Não é mais sobre se apaixonar e se perder no outro. É sobre se encontrar tão profundamente em si mesma que o amor se torna uma extensão natural do que já pulsa dentro de você.
Uma mulher madura não ama para ser completada, ama para compartilhar. Ela aprendeu que o amor verdadeiro não prende, não sufoca, não exige provas diárias. Ela sabe que presença não é vigilância, é escolha. E que liberdade não é ameaça, é confiança.
Quando ela oferece o seu amor, faz isso com gratidão, não com cobrança. Ela reconhece o valor que existe em alguém estar disposto a recebê-lo. Não está em busca de alguém que preencha expectativas, mas de uma conexão onde ambos possam crescer juntos, mas inteiros. Onde os silêncios sejam confortáveis e os espaços respeitados.
E quando duas pessoas maduras se encontram nesse ponto, não se fundem para desaparecer, mas para florescer lado a lado. São como árvores que dividem a terra, mas não as raízes. Que se tocam, se protegem, se acolhem, mas jamais deixam de buscar a luz por si mesmas.
Porque o amor, para quem já se conhece, já se reconstruiu e já se curou, não é prisão. É lar. E um lar nunca deve ser uma cela. Deve ser abrigo. Deve ser liberdade.
Esse é o amor que vale a pena. Aquele que nasce do ser. Que não suplica, não implora, não fere. Que escolhe todos os dias, com calma, com doçura e com verdade.
E se ainda não chegou, não se apresse. Cultive esse amor em você. Porque a mulher que se ama em silêncio, inevitavelmente atrai um amor que fala a mesma língua....
Via...Diário Espírita