24/09/2025
Solla chama PEC da Blindagem de “Bandidagem” e aponta interesse do União Brasil na aprovação da proposta
O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) fez duras críticas à chamada PEC da Blindagem, em entrevista ao PolíticaPod, podcast do site Política Livre, que vai ao ar nesta quarta-feira (24), às 17h. O parlamentar classificou a proposta como “PEC da Bandidagem” e afirmou que, se aprovada, abriria espaço para que deputados, senadores e até dirigentes partidários fiquem imunes a investigações e condenações, dependendo apenas da autorização das respectivas Casas Legislativas em votação secreta.
“Com essa medida, qualquer parlamentar poderia cometer um assassinato, um estupro, qualquer tipo de crime, e só poderia ser investigado se tivesse o aval da própria Casa”, declarou.
Solla também acusou o União Brasil de ser um dos principais articuladores da inclusão dos presidentes de partidos na proposta, citando diretamente o dirigente nacional da legenda Antônio Rueda.
“A conversa que rolou é que para incluir presidentes de partido nesta patifaria, o União Brasil foi o principal interessado, porque o Rueda está morrendo de medo. É prerrogativa parlamentar não ser investigado por crimes de assassinato, de roubo, de tráfico. É absurdo. Essa seria a ocupação definitiva do Congresso brasileiro pelo crime, pelo tráfico e pela milícia. Não podemos permitir isso”, afirmou.
Durante a entrevista, o petista também fez críticas ao processo eleitoral em Camaçari, relembrando o pleito municipal em que esteve presente como fiscal. Segundo ele, houve forte atuação da polícia para conter práticas de compra de votos no segundo turno.
“Caetano só ganhou aquela eleição porque todo o efetivo policial estava em Camaçari. Eu estava no colégio e tinham uns dez policiais na porta. O que prenderam de gente com dinheiro em bolsa… Eles não conseguiram repetir o que tinham feito no primeiro turno, de pessoas votarem, tirarem foto da urna e apresentarem no final”, relatou.
A entrevista completa com Jorge Solla pode ser conferida na home do Política Livre ou no canal do YouTube do site (www.youtube.com/tvpoliticalivre).