Sou Gil, Márcio Meirelles, Sônia Robatto, Caetano, João Augusto, Ângela Andrade, Bethânia, Gal, Zeca, Tom Zé, Othon Bastos, Zebrinha, Wilson Melo, Jarbas, Chica Carelli, Petrovich, Cristina Castro, Mário Gusmão, Jorge Washington, Zeus, Ridson, Vinícius e muito mais gente que me faz todo dia. Sou passeio Público, sou Mário Gadelha, sou Maria Manuela: sou gente e boneco. Sou branco, preto, índio? Ou
tudo isso junto, e misturado? Sou música, vídeo, dança, performance, cordel, teatro. Sou ousadia, organização e política. Sou Orelhão-multimídia. Sou estética, sou ser histórico! Sou mulher, sou homem, sou homo, sou hétero e muito mais. O que sou ainda não tem definição… Sou devir, tenho fé e opinião. Nasci em 1964. Sou liberdade demais… e criatividade não me falta. Dramático sempre. Sou trágico e cômico. Sou verdades e mentiras, aliás, muitas insistem em me perseguir. Entre críticas e elogios, boto a cara à tapa, mas não sigo à toa. Sou Vila, sou Teatro, sou ação, sou contradição, e vida, Velha e Nova. Quero mais…
Não nasci ontem. Não desisti. Não me omito de querer mudança. Não tenho tudo, mas tenho muito. Sou parte de uma história e continuo compondo-a, sem receio de acertar ou errar. Errante é o ser que não desistiu de acreditar. Meu texto está em construção, e fazemos parte da mesma história.