06/07/2025
Mãe com recém-nascido enfrenta viagem de retorno em van lotada e reclama de negligência da Prefeitura
Daiane Cristina de Cássia Silva, moradora do bairro Monte Carlo, em Santa Bárbara, acusa a Secretaria Municipal de Saúde de negligência no transporte para o seu retorno após receber alta médica no hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, na última sexta-feira (27), onde deu à luz ao filho, Miguel Silva.
Segundo relato do marido, Wilian Santos, o hospital entrou em contato com a secretaria para solicitar um veículo que levasse Daiane Silva, o bebê de quatro dias e a irmã dela, Dayviane Natalle da Silva, de volta à cidade. A previsão inicial era de que o transporte chegaria às 12h, mas a van enviada chegou apenas por volta das 15h.
Ainda segundo Wilian Santos, o veículo estava transportando 15 pessoas que haviam ido à capital para consultas médicas e partiu de Belo Horizonte às 18h15, após recolher pacientes em diferentes hospitais. Durante o trajeto, Daiane Silva sentiu dores. Ela afirma que não recebeu prioridade no assento, mesmo com o desconforto e o estado pós-parto. Havia pessoas gripadas e outras que fumavam, o que agravou o desconforto da paciente e do recém-nascido.
Ainda segundo os relatos, por volta das 19h40, o motorista teria parado em um restaurante às margens da rodovia. Questionado sobre o tempo de parada, o condutor não respondeu. A viagem foi retomada cerca de 45 minutos depois, e o grupo chegou a Santa Bárbara por volta das 21h20.
Daiane Silva conta que não obteve retorno da Prefeitura nem da Secretaria de Saúde, mesmo após tentar contato. “Minha indignação é com o que aconteceu comigo, mas principalmente com meu filho recém-nascido, de apenas três dias. A Secretaria de Saúde sabia que eu estava com uma criança e mesmo assim mandou uma van cheia de gente. Foi muito cansativo. Saímos de Belo Horizonte às 15h20 e só chegamos em Santa Bárbara por volta das 21h”, relata.
Segundo ela, durante o trajeto, o veículo passou em outros hospitais para recolher pacientes. “Pararam em um restaurante para as pessoas jantarem, e o pior: havia fumantes perto do meu filho”, denuncia.
Foto: imagem enviada pela entrevistada.