Portal Jambu Portal de notícias culturais da Amazônia!

Projeto de Extensão | Coordenação: Prof

No domingo, 28 de dezembro, a partir das 20h, o Boteco do Mercado, em Bragança (PA), recebe o show “Luzes da Cidade”, pr...
26/12/2025

No domingo, 28 de dezembro, a partir das 20h, o Boteco do Mercado, em Bragança (PA), recebe o show “Luzes da Cidade”, primeira apresentação solo do cantor e compositor paraense Eduarddo Luz no município. A noite marca o início de uma nova fase na trajetória do artista, conhecido por sua atuação em projetos coletivos da cena cultural do Pará, como o Grupo Pai D’Égua, Mandinga da Amazônia e a Banda Senta Peia.

A apresentação entrega ao público um repertório autoral que aponta para uma sonoridade mais pop e contemporânea, sem se afastar das referências amazônicas que atravessam o trabalho do músico. “Luzes da Cidade” propõe um encontro entre o urbano e o regional, combinando canção, poesia e experimentação sonora em arranjos que dialogam com o cotidiano, os afetos e a espiritualidade.

Após anos de trajetória marcada por colaborações e experiências coletivas, Eduarddo Luz assume o palco em um formato que busca evidencia sua identidade artística individual. As composições revelam um processo de amadurecimento, no qual ritmos urbanos, batidas atuais e elementos da musicalidade amazônica se entrelaçam, criando uma linguagem própria que conecta tradição e inovação.

O show em Bragança também funciona como apresentação desse novo momento ao público do nordeste paraense. A proposta é uma experiência envolvente, com músicas autorais, releituras e arranjos inéditos, explorando diferentes climas e intensidades ao longo da noite. A performance destaca a versatilidade do artista e sua capacidade de transitar por diferentes universos sonoros sem perder o vínculo com suas raízes.

Com “Luzes da Cidade”, Eduarddo Luz consolida a transição para a carreira solo e reafirma sua presença na cena da música contemporânea produzida na Amazônia, apostando em um trabalho que olha para o presente, mas carrega as marcas de sua trajetória coletiva e territorial.

Ananindeua recebe neste sábado (27) e domingo (28) a Mostra Itinerante de “ Cinema Indígena: Jenipapo na Tela contra o P...
26/12/2025

Ananindeua recebe neste sábado (27) e domingo (28) a Mostra Itinerante de “ Cinema Indígena: Jenipapo na Tela contra o Preconceito” , com programação gratuita que reúne formação audiovisual, exibição de filmes e debates com realizadores indígenas. No sábado, as atividades começam às 18h no Cine Teatro do Parque Cultural Vila Maguary, na Avenida Cláudio Sanders, 3360. No domingo, a partir das 19h, a mostra segue na Praça São Francisco de Assis, na travessa WE 19, no bairro Cidade Nova. A entrada é gratuita.

Selecionado pela Lei Paulo Gustavo do Município de Ananindeua, o projeto propõe o cinema indígena como ferramenta educativa e de enfrentamento ao racismo e aos preconceitos ainda presentes na sociedade brasileira. A iniciativa articula formação, circulação de obras e diálogo direto entre público e realizadores, fortalecendo o acesso à produção audiovisual indígena e ampliando espaços de escuta e reflexão.

A programação de sábado tem início com a exibição dos curtas-metragens produzidos durante a Oficina de Introdução à Produção Audiovisual: Cinema Documentário no Celular, seguida da entrega de certif**ados aos participantes. A oficina foi realizada gratuitamente com moradores e moradoras de Ananindeua e teve como foco o uso do celular como ferramenta de produção documental, estimulando narrativas comprometidas com a diversidade cultural e a realidade dos territórios.

Ministrada pelo realizador audiovisual e coordenador do projeto, Alessandro Campos, a formação trabalhou princípios do documentário a partir de recursos acessíveis, destacando o cinema como prática pedagógica, crítica e de expressão social. O processo buscou fortalecer o olhar sensível, a escuta e a valorização de saberes tradicionais, além de incentivar a produção audiovisual como instrumento de transformação.

Na sequência, o público participa de uma roda de conversa com os alunos e alunas da oficina e com o ministrante, momento dedicado ao compartilhamento das experiências formativas e à discussão sobre o impacto do cinema no campo educativo e social. Em seguida, a Mostra de Cinema In

Antes de se tornar livro, “Farelo”, obra recentemente lançada por Fabrício Pinheiro, foi caminho feito de deslocamentos,...
22/12/2025

Antes de se tornar livro, “Farelo”, obra recentemente lançada por Fabrício Pinheiro, foi caminho feito de deslocamentos, trabalhos instáveis, observação constante das relações humanas e uma escrita que insistiu em existir. A obra marca a estreia de Fabrício Pinheiro em livro solo, mas nasce de uma trajetória longa, construída entre o Norte do país, o cinema nacional e a literatura publicada aos poucos, em revistas e jornais. O Portal Jambu conversou com o autor para conhecer um pouco mais sobre o nome por traz de Farelo.

Natural de Óbidos, região Oeste do Pará, e criado em Santarém, Fabrício começou a escrever ainda jovem, muito antes de imaginar um livro. “Eu sempre tentei escrever algo maior e mais denso, mas sempre me frustrava com o que escrevia. Achava não ter repertório suficiente para se escrever um livro”, relembra. Por isso, durante anos, permaneceu nos contos e crônicas, formatos que lhe permitiam experimentar a linguagem sem a pressão de uma obra longa.

A mudança para Belém, onde cursou Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará (UFPA), foi decisiva para ampliar esse repertório. Mais tarde, a formação em Gestão Cultural pelo Instituto Singularidades, somou-se à atuação profissional no cinema. Há mais de 15 anos, Fabrício trabalha como produtor de set no audiovisual brasileiro, experiência que o colocou em contato direto com as dinâmicas precárias do trabalho cultural, embora ele faça questão de relativizar essa leitura sobre o livro.

Desde 2017, vivendo em São Paulo, passou a publicar textos em veículos literários como Jornal Relevo, Revista Sucuru, Mirada e Plástico Bolha. “Minha estreia, assim a considero, foi com essas publicações”, afirma. Farelo, no entanto, representa “uma estreia maior, de fato”, tanto pelo fôlego narrativo quanto pela densidade temática.

O impulso definitivo para a escrita do livro veio em um momento de instabilidade pessoal. Morando de favor na casa de uma amiga, após reler Trópico de Câncer, de Henry Miller, Fabrício sentiu o texto emergir de forma quase imediata. “Havia acabado de ler as primeiras páginas e a avalanche veio. Corri para pegar um caderno de

A trajetória da Guarda de Nazaré, instituição voluntária responsável por atuar na organização das procissões do Círio de...
20/12/2025

A trajetória da Guarda de Nazaré, instituição voluntária responsável por atuar na organização das procissões do Círio de Nazaré, comemora suas cinco décadas com livro e mini documentário que serão lançados na próxima segunda-feira (22), às 19h, na Casa de Plácido, em Belém. O evento é gratuito, mediante confirmação no site da Larêdo Editora, e marca os 50 anos de atuação da Guarda, além do reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial do Pará.

Com mais de 260 páginas, o livro reúne fotografias, documentos, curiosidades e depoimentos de diferentes gerações de integrantes da instituição, apresentando aspectos pouco conhecidos do trabalho voluntário que sustenta uma das maiores manifestações religiosas do país. O lançamento contará com sessão de autógrafos, presença do autor e de personagens retratados na obra, além da exibição exclusiva de um mini documentário produzido a partir das entrevistas realizadas para a publicação.

O conteúdo percorre a origem da Guarda de Nazaré, sua mística, a estrutura organizacional e a rotina de trabalho desenvolvida ao longo de todo o ano. A obra detalha núcleos, estações, sinais e combinados que orientam a atuação durante as procissões, reunindo pesquisa documental, relatos orais e um amplo acervo visual.

Segundo o editor do livro, diretor e roteirista do documentário, Filipe Larêdo, a ideia do projeto surgiu dentro da própria instituição. “A proposta nasceu por meio de João Marcelo Santos, que integra a Guarda e também trabalha conosco na editora. Ele trouxe essa ideia de registrar a história e, a partir disso, começamos a estruturar o projeto, tanto em termos de conteúdo quanto de viabilidade financeira”, afirmou.

Larêdo explica que o trabalho foi construído a partir de entrevistas com coordenadores, fundadores e membros da Guarda, além de pesquisa histórica. “O livro reúne depoimentos de pessoas que ajudaram a construir essa trajetória. São curiosidades, relatos emocionantes e registros de momentos marcantes, acompanhados de imagens que ampliam a compreensão do papel da Guarda no Círio”, disse.

Ao longo das páginas, o leitor encontra expl

O Shopping Metrópole Ananindeua realiza a programação de Natal neste fim de semana com atrações gratuitas entre sexta (1...
20/12/2025

O Shopping Metrópole Ananindeua realiza a programação de Natal neste fim de semana com atrações gratuitas entre sexta (19) e domingo (21), incluindo apresentações musicais, cortejo temático pelo mall e horários especiais para fotos com o Papai Noel, que segue recebendo o público até o dia 23, das 10h às 22h, na praça central do shopping.

 A programação começa na sexta-feira (19), às 19h, com mais uma edição do projeto Música na Praça. O cantor Moy Oliveira se apresenta gratuitamente na praça de alimentação, abrindo a agenda musical do fim de semana.

No sábado (20), a partir das 17h, acontece o último cortejo natalino de 2025. A parada percorre os corredores do shopping com bandinha e personagens temáticos, mantendo o clima lúdico que marcou as ações de Natal ao longo do mês. Ainda no sábado, às 18h, o público poderá acompanhar a apresentação do Coral Asaf, da Igreja Cristã Evangélica da Cidade Nova, trazendo repertório voltado à celebração natalina.

O encerramento da programação acontece no domingo (21), às 19h, com mais uma edição do Música na Praça. O cantor Jorginho Silva sobe ao palco para finalizar a agenda musical da temporada, também na praça de alimentação do shopping.

Além das apresentações, o Papai Noel segue como uma das principais atrações do período. Instalado em um cenário natalino na praça central, ele recebe famílias para fotos e encontros até o dia 23 de dezembro, em horário ampliado, das 10h às 22h.

Um encontro aberto ao público para celebrar a música autoral paraense e a produção criativa de Belém acontece no domingo...
20/12/2025

Um encontro aberto ao público para celebrar a música autoral paraense e a produção criativa de Belém acontece no domingo, 21 de dezembro, a partir de meio-dia, na Cervejaria Uriboca, na avenida Bernal do Couto, 579. Com entrada gratuita, o evento “Domingo de Tarde” reúne Íris da Selva & Pássaros Urbanos, Flor de Mururé, DJ Sonoro Paraense, além de experiências gastronômicas e marcas da economia criativa local.

O projeto é realizado pela Banzeiro Comunicação em parceria com a Cervejaria Uriboca e nasce com a proposta de ampliar o alcance da música autoral produzida no Pará, criando um espaço de circulação para artistas, lançamentos recentes e iniciativas criativas da cidade. A programação aposta em experiências diurnas, com foco no acesso democrático à cultura e na convivência em um horário ainda pouco explorado por eventos musicais em Belém.

Segundo Leandro Moreira, idealizador do evento, a gratuidade é um elemento central da proposta. “Ser gratuito é parte essencial desse propósito, permitindo que mais gente descubra artistas, se reconheça nas produções contemporâneas e vivencie a cidade de forma acessível no horário vespertino, fortalecendo também a atual tendência de eventos diurnos na capital paraense”, afirma.

A programação começa ao meio-dia com a Feijoada do Sabá e o clima do Happy Uri, o happy hour da Uriboca, que segue até as 15h. Às 13h, o DJ Sonoro Paraense abre a agenda musical com um set que mistura música latina e bregas clássicos, acompanhando a chegada do público ao longo da tarde.

Às 16h, o cantor Flor de Mururé sobe ao palco trazendo um repertório marcado pelo carimbó e por ritmos ancestrais amazônicos. Em seguida, às 17h30, Íris da Selva & Pássaros Urbanos encerram o evento com um show que dialoga com o espírito do projeto e com a proposta de encontros e escuta coletiva.

Além da música ao vivo, o “Domingo de Tarde” conta com a presença da Loja Beirando, que reúne nove marcas autorais locais de moda, artesanato, arte e economia criativa. A iniciativa busca integrar diferentes linguagens e fortalecer vínculos entre artistas, público e empreendedores criativos, em um

Amanhã, 18 de dezembro, Belém recebe a abertura do Cordão do Galo, projeto do Instituto Arraial do Pavulagem que retorna...
18/12/2025

Amanhã, 18 de dezembro, Belém recebe a abertura do Cordão do Galo, projeto do Instituto Arraial do Pavulagem que retorna ao interior da Ilha do Marajó em janeiro. O lançamento acontece com o “Arraial Marajoara”, evento gratuito no Memorial dos Povos que reúne música ao vivo, feira criativa e exibição de filme, aproximando o público da capital das tradições culturais marajoaras.

Das 17h às 22h, o Arraial Marajoara ocupa o espaço com a Feira Criativa, que inclui gastronomia dos Campos do Marajó, o Brechó do Galo e a lojinha do Arraial do Pavulagem. A programação musical começa às 18h30, com apresentação do Arraial do Pavulagem e participações de Luê, Iris da Selva e Allan Carvalho. O encerramento f**a por conta do Grupo Sancari, às 20h.

Antes dos shows, o público acompanha, às 17h30, a Reunida do Batalhão da Estrela e, às 18h, a exibição do filme Cordão do Galo 2025 - Território de Cultura da Criança Marajoara, dirigido por Felipe Cortez e André Mardock. O audiovisual apresenta o percurso do projeto e sua relação com o território marajoara.

Segundo Júnior Soares, músico e cofundador do Arraial do Pavulagem, o Cordão do Galo ultrapassa o campo artístico. “O Cordão do Galo vai além de uma ação cultural. É um gesto de solidariedade que une crianças e famílias do Marajó. Essa caminhada, que começou em Belém, é construída com oficinas, encontros e trocas que refletem a força da tradição e o potencial de transformação social”, afirma.

Após a abertura em Belém, o projeto segue para Cachoeira do Arari, no Marajó, onde se desenvolve uma jornada formativa voltada principalmente ao público infantojuvenil. A programação inclui acolhimento das famílias, ensaios, plantio de mudas, entrega de arrecadações e oficinas de canto, dança, percussão, perna de pau, metais, sustentabilidade e atividades lúdicas ligadas à ancestralidade e ao pertencimento. O ciclo se encerra no dia 11 de janeiro, com o tradicional cortejo do Cordão do Galo pelas ruas do município.

Esta é a 18ª edição do projeto, que integra as ações de salvaguarda da Festividade do Glorioso São Sebastião, reconhecida como Patrimônio Cultural Ima

Belém recebe, a partir desta sexta-feira (19), no Centro Cultural Banco da Amazônia, na Avenida Presidente Vargas, a exp...
17/12/2025

Belém recebe, a partir desta sexta-feira (19), no Centro Cultural Banco da Amazônia, na Avenida Presidente Vargas, a exposição “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak”, que apresenta 82 fotografias produzidas entre 1993 e 1998 em aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas. As imagens são resultado da parceria entre o fotógrafo japonês Hiromi Nagakura, reconhecido internacionalmente, e o líder indígena, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras Ailton Krenak.

A mostra nasce de anos de viagens e convivência em diferentes territórios da Amazônia brasileira, passando por estados como Acre, Roraima, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso e São Paulo. Mais do que registrar paisagens, o conjunto de fotografias revela cenas do cotidiano, relações de trabalho, gestos e modos de vida de povos como Ashaninka, Xavante, Krikati, Gavião, Yawanawá e Huni Kuin, além de comunidades ribeirinhas do Rio Juruá.

Para a curadora adjunta Angela Pappiani, o acesso às aldeias e a naturalidade das imagens estão diretamente ligados à trajetória de Krenak. “A relação de Ailton Krenak com as comunidades indígenas já era uma relação antiga, tanto de trabalho quanto de amizade pessoal com cada um dos povos retratados”, afirma. Segundo ela, essa confiança permitiu que o trabalho fosse realizado de forma fluida, sem a rigidez comum a registros externos.

A curadora adjunta Eliza Otsuka destaca que as fotografias não se enquadram em categorias tradicionais de documentação. “Não é fotojornalismo. Não é documentação etnográf**a. É emoção”, afirma. Para ela, o olhar de Nagakura se constrói a partir da proximidade e da escuta. “Ele mergulha nesse outro tempo, o tempo da floresta, o tempo da aldeia.” Mesmo em cenas cotidianas, como o preparo da mandioca, as imagens priorizam o movimento, a beleza e a sensibilidade do gesto.

Produzidas nos anos 1990, as fotografias também dialogam com um momento de fortalecimento do movimento indígena no Brasil. Eliza lembra que, naquele período, muitas comunidades estavam em processo de reafirmação identitária e de reivindicação de direitos. Ao olhar essas imagens hoje, Angela Pappiani observa

Símbolo do Norte, o açaí é o fio condutor de uma trilogia de documentários produzida por jovens ribeirinhos das ilhas de...
16/12/2025

Símbolo do Norte, o açaí é o fio condutor de uma trilogia de documentários produzida por jovens ribeirinhos das ilhas de Belém. O terceiro filme do projeto Cine Pesca será lançado nesta sexta-feira (19), às 9h, na Casa Escola da Pesca, da Funbosque, na Ilha de Caratateua, em Outeiro. A exibição é gratuita e integra a proposta de circulação do cinema comunitário pelas ilhas da capital paraense.

A nova produção encerra um percurso iniciado em 2023, quando o Cine Pesca passou a registrar o Festival do Açaí nas ilhas de Jutuba e Viçosa. Agora, o documentário chega à comunidade do Fama, ampliando o olhar sobre o fruto que organiza práticas cotidianas nas ilhas, da alimentação ao trabalho, das festas à memória coletiva. Filmado por quem vive nesses territórios, o projeto busca guardar em imagem e som um modo de vida ribeirinho que se constrói em torno do açaí.

Criado em 2015, o Cine Pesca atua como cineclube e escola de audiovisual. Jovens estudantes das ilhas do norte de Belém participam de oficinas e assumem todas as etapas do processo cinematográfico, da captação de imagens e som à montagem. A proposta desloca a juventude do lugar de objeto de representação para o de autora do próprio registro, produzindo narrativas que partem da vivência direta com o território.

Ao acompanhar o Festival do Açaí, os filmes mostram que a celebração aparece como expressão de economia local, herança familiar e identidade comunitária, articulando trabalho, sociabilidade e pertencimento. As histórias são contadas a partir de relações próximas, com entrevistas feitas com familiares, vizinhos e lideranças locais.

Segundo a arte-educadora Renata Aguiar, idealizadora do Cine Pesca, as exibições dos filmes costumam mobilizar fortemente as comunidades. Para ela, existe um desejo coletivo de se reconhecer na tela, de ver a própria casa, a própria festa e a própria voz representadas. As sessões, afirma, frequentemente se transformam em encontros, com comentários espontâneos e partilhas que reforçam o cinema como experiência coletiva.

Nesta etapa, além do lançamento do documentário, o Cine Pesca segue promovend

Após uma década, o Fest’Rimbó volta a ser realizado entre os dias 18 e 20 de dezembro, no Barracão da Irmandade de São B...
16/12/2025

Após uma década, o Fest’Rimbó volta a ser realizado entre os dias 18 e 20 de dezembro, no Barracão da Irmandade de São Benedito, em Santarém Novo, no Salgado Paraense. Em sua 14ª edição, o festival reúne mais de 30 grupos de carimbó, além de oficinas, rodas de conversa, palestras e atividades formativas, reafirmando o município como referência histórica na luta pelo reconhecimento do carimbó como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

A retomada do Fest’Rimbó marca o reencontro entre mestres, mestras, grupos tradicionais e novas gerações que sustentam a tradição do carimbó na região. Ao longo de três dias, o público acompanha apresentações de grupos como Quentinhos da Madrugada, Rouxinol, Revelação do Zimba, Sabiá Vermelho, Mãe Maria, Carimbora, Trinca Ferro, Caboclos da Mata, As Beneditas, Raízes Coremar, Bendito Carimbó, Cobra Venenosa, entre muitos outros, compondo um amplo panorama da diversidade do carimbó paraense.

Criado em 2002 pela Irmandade de Carimbó de São Benedito, o Fest’Rimbó antecede a tradicional festividade de carimbó promovida pela irmandade bicentenária. Mais do que um evento musical, o festival se consolidou como espaço de articulação cultural, política e pedagógica, integrando celebração, formação e debate sobre políticas públicas para a cultura popular.

Foi no Fest’Rimbó que surgiu, em 2005, durante a quarta edição, a proposta de registrar o carimbó como patrimônio cultural. A ideia nasceu do diálogo entre a Irmandade de São Benedito e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), dando origem à campanha “Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro”, lançada oficialmente em 2006. O processo resultou no registro definitivo do carimbó como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil em 11 de setembro de 2014, marco da mobilização dos carimbózeiros da região.

Para Fernando Corrêa, conhecido como Preto, presidente da Irmandade de Carimbó de São Benedito, a volta do Fest’Rimbó simboliza a retomada de uma história coletiva. Segundo ele, o festival ficou interrompido por dez anos por falta de recursos e só foi possível retornar graças às políticas públicas acessadas após

Endereço

Santa Maria De Belém Do Grão Pa, PA

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Portal Jambu posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Compartilhar