09/10/2025
POLÍCIA l Nova fase da Operação Sem Desconto mira entidades suspeitas de fraudes de R$ 300 milhões em aposentadorias do INSS
A Polícia Federal (PF) deflagrou uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes em valores indevidamente retirados de aposentadorias e pensões do INSS, focando em entidades suspeitas de envolvimento no esquema. Entre os alvos está a Amar Brasil, que, segundo as investigações, teria recebido cerca de R$ 300 milhões. A associação ainda não se manifestou sobre a ofensiva. O presidente da Amar Brasil, Américo Monte, foi convocado para prestar depoimento na CPI do INSS.
Além disso, a operação mira o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), de São Paulo, ligado a José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O diretor do sindicato, Milton Baptista de Souza Filho, também é investigado e tem depoimento marcado nesta quinta-feira na CPI, a pedido do senador Rogerio Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado. O Estadão solicitou manifestação oficial do Sindnapi.
Segundo a PF, o objetivo desta fase da operação é aprofundar a investigação sobre crimes relacionados às fraudes, como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa e manobras de ocultação e dilapidação patrimonial envolvendo os suspeitos. As apurações indicam que a maior parte do dinheiro desviado foi pulverizada entre diferentes destinatários.
O esquema de descontos irregulares nos contracheques de aposentados começou a ser investigado em abril, quando foi deflagrada a primeira fase da Operação Sem Desconto. Entre os principais investigados estão Antônio Carlos Camilo, conhecido como “careca do INSS”, apontado como lobista do esquema, e o empresário Maurício Camisotti, ligado a associações suspeitas, além de ex-servidores do INSS. Todos negam envolvimento nos crimes.
A operação reforça os esforços das autoridades para coibir fraudes contra aposentados e pensões do INSS, garantindo transparência e responsabilização das entidades e indivíduos envolvidos.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper