20/09/2025
|| Brasil, o país dos chifrudos: número de bovinos supera em 12% a população brasileira, afirma o IBGE 🐂🐂
O Brasil encerrou 2024 com um rebanho bovino estimado em 238,2 milhões de cabeças, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O número representa o segundo maior da série histórica iniciada em 1974, atrás apenas do recorde de 2023 (238,6 milhões). Na comparação entre os dois anos, houve uma leve queda de 0,2%.
O levantamento faz parte da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), que considera a data de referência de 31 de dezembro.
Boiada maior que a população
O rebanho bovino em 2024 superou em 12% o número de habitantes do País. Segundo o IBGE, a população brasileira estava projetada em 212,6 milhões de pessoas em julho do ano passado. Em 2023, a diferença era de 12,7%.
Ciclo da pecuária e preços da arroba
O IBGE aponta que os pecuaristas ampliaram o rebanho estimulados pela alta da arroba do boi. No entanto, o aumento da oferta derrubou os preços, levando os produtores a acelerarem o abate para reequilibrar o mercado — movimento típico do chamado ciclo pecuário.
Em 2024, o Brasil registrou recorde de abate de bovinos. “Estamos observando a resposta à queda do preço da arroba”, explicou Mariana Oliveira, analista da PPM.
Impacto no consumidor
Nos últimos anos, a carne apresentou forte variação nos preços:
2019: +32,4%
2020: +17,97%
2021: +8,45%
2022: +1,84%
2023: -9,37% (deflação)
2024: +20,84%
Os índices fazem parte do IPCA, indicador oficial da inflação brasileira.
Estados e municípios líderes
Mato Grosso manteve a liderança nacional com 32,9 milhões de cabeças (13,8% do total).
Pará ficou em 2º lugar (25,6 milhões).
Goiás, em 3º (23,2 milhões).
Entre os municípios:
São Félix do Xingu (PA): 2,5 milhões de cabeças (1,1% do total nacional).
Corumbá (MS): 2,2 milhões.
Porto Velho (RO): 1,8 milhão.
Produção de leite em alta
A produção nacional de leite atingiu 35,7 bilhões de litros em 2024, aumento de 1,4% em relação a 2023. Apesar do recorde, o número de vacas ordenhadas caiu 2,8%, para 15,1 milhões, o menor índice desde 1979.
Avicultura em expansão
O efetivo de galináceos chegou a 1,6 bilhão de cabeças em 2024, alta de 1,7% (+26,8 milhões). O abate de frangos também bateu recorde, com crescimento de 2,7% em número de aves e 2,4% em peso de carcaça.
O total de galinhas chegou a 277,5 milhões, aumento de 6,8%.
Destaque regional
A Região Sul concentra 47,3% do total de galináceos do País.
O Paraná segue líder desde 2006, representando 28,8% da criação.
Rio Grande do Sul (9,8%) e Santa Catarina (8,7%) aparecem na sequência.
São Paulo (13%) e Minas Gerais (8,2%) juntos adicionaram 14,9 milhões de aves ao rebanho em 2024.
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