10/10/2025
Garrafas com metanol: polícia desmonta fábrica clandestina ligada a mortes em São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo fechou nesta sexta-feira (10) uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, suspeita de produzir garrafas adulteradas com metanol que causaram a morte de pelo menos duas pessoas no Estado.
De acordo com as investigações, os responsáveis compravam etanol combustível em postos de gasolina e utilizavam o produto adulterado — misturado com metanol, substância altamente tóxica — para fabricar bebidas como vodka de forma ilegal. O metanol pode causar cegueira, falência múltipla de órgãos e morte.
A ação policial foi resultado de uma investigação iniciada após a morte de duas pessoas que consumiram bebidas em um mesmo bar na Zona Leste de São Paulo. Os investigadores chegaram aos fabricantes e cumpriram mandados de busca e apreensão, desmantelando o local usado para produção irregular.
A proprietária da fábrica pirata foi presa em flagrante e vai responder por falsificação, corrupção e adulteração de produtos alimentícios, crime que pode resultar em pena de 4 a 8 anos de reclusão, além de multa.
Vítimas
Uma das vítimas identificadas é o empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, que morreu após consumir bebida no bar localizado no bairro da Mooca, em São Paulo. No local, a polícia apreendeu nove garrafas de bebidas — oito de vodka e uma de gin — sendo que peritos detectaram metanol em oito delas, com concentração entre 14,6% e 45,1%.
As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos na distribuição das bebidas e eventuais pontos de venda.
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Fonte: Jornal O Sul
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