Rádio Nação Missioneira

Rádio Nação Missioneira Uma Rádio Web voltada à divulgação das músicas e das culturas gaúcha e latino-americana, notícias, opiniões e muita informação.

Uma Nação constrói-se com o sentimento de pertencimento e união em prol de uma causa: preservar a cultura gaúcha!

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04/07/2025

BUENAS, MEUS AMIGOS!
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🚜 Vem aí a 12ª FEAAGRI MISSÕES!📅 De 3 a 7 de setembro de 2026📍 Parque de Exposições Siegfried Ritter – Santo Ângelo (RS)...
03/07/2025

🚜 Vem aí a 12ª FEAAGRI MISSÕES!

📅 De 3 a 7 de setembro de 2026
📍 Parque de Exposições Siegfried Ritter – Santo Ângelo (RS)
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A maior feira da agroindústria e agricultura familiar da região está de volta com uma edição histórica! Mais estrutura, mais expositores, mais atrações e ainda mais oportunidades de negócio. 💼🌱

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Fotos: Fernando Gomes

03/07/2025

Maravilhoso Uruguai!
🧉🇺🇾💙
🎥 Uruguaynomá

ATENÇÃO! É HOJE!🎶 ATÉ 03 DE JULHO | Inscreva sua canção no 4º Canto dos 7 Povos!Depois de 33 anos, o festival nativista ...
03/07/2025

ATENÇÃO! É HOJE!

🎶 ATÉ 03 DE JULHO | Inscreva sua canção no 4º Canto dos 7 Povos!

Depois de 33 anos, o festival nativista Canto dos 7 Povos está de volta ao cenário cultural do RS!
📍 A 4ª edição acontece nos dias 18 e 19 de julho de 2025, no CTG Galpão de Estância, em São Luiz Gonzaga/RS.
📥 As inscrições de canções inéditas vão até às 23h59 do dia 03/07, e devem ser enviadas exclusivamente para:
📧 [email protected]
👉 Não perca essa chance de fazer parte da história!

APOIO: RÁDIO NAÇÃO MISSIONEIRA
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🌤 Previsão do Tempo para as Missões | de quinta (3/7) a domingo (6/7):📅 Quinta (3/7): Sol o dia todo! 🌞🌡 Mínima: 4°C | M...
03/07/2025

🌤 Previsão do Tempo para as Missões | de quinta (3/7) a domingo (6/7):

📅 Quinta (3/7): Sol o dia todo! 🌞
🌡 Mínima: 4°C | Máxima: 16°C

📅 Sexta (4/7): Céu limpo e temperatura subindo.
🌡 Mínima: 6°C | Máxima: 19°C

📅 Sábado (5/7): Nevoeiro pela manhã, sol à tarde. 🌫🌞
🌡 Mínima: 6°C | Máxima: 19°C

📅 Domingo (6/7): Domingo com sol e clima ameno.
🌡 Mínima: 7°C | Máxima: 20°C

🔎 Informações do projeto de extensão Difusão da Previsão do Tempo e do Clima para a Comunidade Regional (EXT-2025-0067), da UFFS - Campus Cerro Largo.

📍 Acompanhe mais detalhes: uffs.edu.br/uffs/campus-cerro-largo/meteorologia

General Osório – De soldado a patronoManuel Luís Osório, conhecido também como Marquês do Herval nasceu em 10 de maio de...
02/07/2025

General Osório –
De soldado a patrono

Manuel Luís Osório, conhecido também como Marquês do Herval nasceu em 10 de maio de 1808, na localidade de Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, hoje município que leva seu nome, Osório no Rio Grande do Sul.
Participou dos principais eventos militares do final do século XIX sendo herói da Guerra da Tríplice Aliança.
Segundo o historiador e seu biografo Francisco Doratioto, Manuel Luis Osório foi militar contra a vontade, por imposição paterna e pela falta de alternativas para um garoto pobre do interior do Rio Grande do Sul. Mas com o tempo simpatizou com a vida e a carreira militar.
Ingressou no Exército aos 14 anos e com 17 anos incompletos já era alferes.
Participou de todas as batalhas ocorridas no sul do continente, como a batalha de Sarandi, na guerra da Província Cisplatina, em 1825. Lutou ainda em Passo do Rosário (1828), na Revolução Farroupilha (1835-1845) e na batalha de Monte Caseros (1852), contra o ditador argentino Juan Manuel Rosas.
Em 1835, surgia a Guerra dos Farrapos caracterizada por agitações separatistas que, por dez anos, ameaçou a unidade do Império. O tenente Osório, à época, servia o 2º Corpo de Cavalaria Ligeira, na Vila de Bagé, onde abandonou a praça e entregou-a aos farrapos. Osório conduziu seu superior até a fronteira e apresentou-se depois ao coronel Bento Manoel Ribeiro.
De espírito liberal, Osório apoiou a causa farroupilha, combatendo inicialmente ao lado dos rebeldes, até a proclamação da República Rio-Grandense em 1836, quando o movimento tomou a causa separatista o que ele não aceitou, motivo pelo qual integrou-se ao Exército Imperial, no qual permaneceu até o fim da revolta.
Participou, ainda, dos combates contra os rebeldes em Porto Alegre, Caçapava do Sul e Herval.
Tornou-se capitão em 1838 e major em 1842. Em 1844 solicitou a sua reforma, mas o Exército não querendo dispensá-lo, nomeou-o tenente-coronel e comandante do 2º Regimento de Cavalaria de Linha.
Auxiliou Caxias na elaboração da paz de Poncho Verde que ocorrida em 25 de fevereiro de 1845.
Com o fim da Revolução Farroupilha o imperador Dom Pedro II ainda muito jovem, decidira visitar a Província com o objetivo de consolidar a paz firmada.
Caxias confiou a Osório a delicada missão. Em 1856, tornou-se general e, nove anos depois, marechal de campo, depois de ter organizado, no Rio Grande do Sul, o Exército brasileiro que participou da guerra do Paraguai (1865-1870). Comandou as tropas brasileiras que invadiram o Paraguai, em 16 de abril de 1866. Em maio, planejou a estratégia que permitiu ao Brasil vencer a batalha de Tuiuti, a maior do conflito. Recebeu o título de Barão e depois Marquês do Herval.
Voltou ao campo de batalha em 1868 e mais uma vez demonstrou competência, conquistando a fortaleza de Humaitá e vencendo a batalha de Avaí.
Osório era um homem simples, nada aristocrático, que se dava bem com os soldados e, assim como eles, estava sempre pronto para entrar em ação.
Mais tarde foi chamado pelo imperador a ocupar uma cadeira no senado e promovido ao posto de marechal de exército. Em 1878, foi nomeado ministro da guerra, com a ascensão do Partido Liberal ao poder. Permaneceu no cargo até a morte.
O General Osório conquistou a fama e reconhecimento nacional e até conquistou certa fortuna. Faleceu no Rio de Janeiro em 4 de outubro de 1879, sendo seu nome, homenageado em vários locais do Brasil, entre eles seu nome no município em que nasceu.
Hoje Osório é o patrono da Arma de Cavalaria do Exército brasileiro.
Contam os historiadores da época que, certa vez, despachando juntamente com outros ministros diante do imperador, percebeu que Dom Pedro II cochilava, sem dar atenção ao que eles diziam. Aborrecido, Osório deixou cair estrondosamente seu sabre ao chão. Abruptamente despertado, o imperador o admoestou: "Acredito que o senhor não deixava cair suas armas quando estava no Paraguai, marechal". "Não, majestade", respondeu Osório, "mesmo porque lá nós não cochilávamos em serviço".
Diones Franchi

Fontes:
DORATIOTO, Francisco. General Osório. Companhia das Letras, 2008
FLORES, Moacyr. Historia do Rio Grande do Sul, 1986.

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02/07/2025

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A Revolução Farroupilha (1835-1845)A Revolução Farroupilha foi a mais longa guerra civil da história brasileira, durando...
02/07/2025

A Revolução Farroupilha (1835-1845)

A Revolução Farroupilha foi a mais longa guerra civil da história brasileira, durando de 1835 até 1845.
Foram dez anos de batalhas entre Imperialistas e Republicanos, os primeiros defendiam a manutenção do império e os segundos lutavam pela proclamação da república brasileira.

Porque a Revolução Farroupilha aconteceu:

No final do século XVIII, os ideais iluministas e liberais eram apresentados ao mundo. Na Europa a burguesia chegava ao poder após a Revolução Francesa, e na América, os norte-americanos conheciam a independência, após uma longa Guerra Civil.
Os iluministas e os revolucionários franceses defendiam a liberdade e a igualdade de todos perante a lei, a livre iniciativa e o direito à propriedade privada.
Quando essas ideias chegaram ao Brasil, no início do século XIX, a monarquia brasileira passou a ser vista como um atraso ao desenvolvimento econômico do país, principalmente pela burguesia que se formava.
Devido a isso, diversas revoltas - denominadas de Rebeliões Regenciais - estouraram em todo o país.
No Rio Grande do Sul iniciava a Revolução Farroupilha.

Como começou a Revolução:

As ideias de autonomia e federalismo, encantam a elite brasileira e ganham força ao natural na província de São Pedro do Rio Grande do Sul.
A distância do poder central, a condição de produtor de alimentos, os elevados impostos pagos ao Império e a recente vivência de guerras impulsionaram o estado gaúcho a não aceitar a submissão que lhe era imposta.
Para piorar o governo central resolveu baixar o imposto sobre a importação de charque estrangeiro.
Medida que afetava diretamente as oligarquias gaúchas, já que na época o Rio Grande do Sul era um grande produtor deste item.
Isto somado ao fato da elite rural gaúcha estar cansada dos desmandos do centro do país e do descaso político com o estado, decidiu se rebelar contra o Império.

A Revolução:

No dia 20 de setembro de 1835, tropas farroupilhas marcham sobre Porto Alegre, tomando o poder da cidade.
No dia seguinte Bento Gonçalves, líder do levante, entrou triunfante na capital.
Bento deu posse ao vice-presidente da província, Marciano Ribeiro, e acalmou a população declarando: "Em nossas mãos, a oliveira substitui a espada".
Alguns dias depois praticamente todo o estado estava em mãos farroupilhas.
Somente as cidades de Rio Pardo, São Gabriel e Rio Grande f**aram em poder do Império.
No dia 15 de julho de 1836, os imperialistas reconquistaram Porto Alegre.
Bento Gonçalves, líder dos farrapos, tentou a reconquista da capital mas foi frustrado após três horas de luta.
A perda de Porto Alegre foi uma derrota decisiva, pois a capital nunca seria reconquistada pelos revolucionários.
Em 09 de setembro de 1836, iniciou a primeira grande batalha. Antônio de Souza Netto, a figura mais respeitada das forças farroupilhas depois de Bento Gonçalves, venceu as tropas imperiais na Batalha do Seival.
A vitória foi tão entusiasmante, que Netto, instigado pelos republicanos radicais, proclamou em 11 de setembro de 1836 a República Rio-Grandense. A decisão emancipava o estado gaúcho do restante do Brasil.
A medida deu novos rumos ao levante, configurando o caráter revolucionário do movimento farroupilha.
General Netto proclamou dizendo:
"Camaradas!
Nós, que compomos a Primeira Brigada do exército liberal, devemos ser os primeiros a proclamar, como proclamamos, a independência dessa província, a qual f**a desligada das demais do Império e forma um Estado livre e independente, com o título de República Rio-Grandense, e cujo manifesto às nações civilizadas se fará oportunamente. Camaradas!
Gritemos pela primeira vez:
Viva a República Rio-Grandense! Viva a independência! Viva o exército republicano rio-grandense!".
Outra medida muito importante foi que todos os escravos que se alistassem nas tropas farrapas seriam libertos. Com isso, o número de soldados farroupilhas dobrava de tamanho.
Contudo, em outubro do mesmo ano, na Batalha do Fanfa, os farroupilhas foram derrotados pelas forças imperialistas. Bento Gonçalves e outros oficiais farroupilhas foram presos e enviados para o Rio de Janeiro, capital do Império.
Na capital, Bento Gonçalves acaba conhecendo o revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi.
O italiano resolve aderir ao movimento farroupilha.
Garibaldi e seus seguidores navegam em direção a o sul do Brasil onde são recebidos como reforços ao exército revolucionário.
As forças imperiais, acreditando que a revolta havia sido sufocada, oferece anistia aos derrotados.
Mas Antônio de Souza Netto, agora líder absoluto do movimento, mantém-se rebelado.
Em 05 de novembro de 1836, a câmara municipal da cidade de Piratini oficializa a proclamação da República Rio-Grandense. Mesmo feito prisioneiro, Bento Gonçalves é declarado presidente do novo país, como vice-presidente é nomeado José Gomes Jardim, que assume a presidência interinamente.
Em outubro de 1837, Bento Gonçalves foge da prisão, dois meses depois chega ao Rio Grande do Sul onde assume a presidência da República.
O ano seguinte foi péssimo para os rebelados.
Os farroupilhas não tiveram sucesso na reconquista de Porto Alegre e Rio Grande, além disso, sofrem importantes baixas militares.
Em 1839, Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro conquistam as cidades catarinenses de Laguna e Lages, e proclamam a "República Catarinense" ou "República Juliana".
Entretanto, poucos meses depois da conquista de Santa Catarina, os farrapos foram surpreendidos e Laguna voltou para o controle do Império.
As embarcações farroupilhas foram destruídas, somente Garibaldi escapou.
A cavalaria de Canabarro foge pelo litoral, escondendo-se na cidade de Torres.
De 1840 em diante, dois terços do exército brasileiro passou a lutar em território gaúcho.
Em sua ofensiva final, o exército imperial contava com 11.400 combatentes, números elevadíssimos para a época.
Para se ter uma ideia da expressividade deste contingente, basta lembrar que a população total do Rio Grande do Sul era de 70 mil habitantes aproximadamente.
A Revolução também teria o polêmico episódio sobre o Combate de Porongos, onde se aponta a suspeita de traição aos lanceiros negros.
Em primeiro de março de 1845, os imperialistas, liderados por Duque de Caxias e os republicanos farroupilhas assinam um tratado de paz, o "Tratado de Poncho Verde". Oficialmente a guerra está terminada.

Principais pontos assinados no Tratado de Poncho Verde:

- O império pagaria as dívidas do governo republicano;
- Os oficiais republicanos seriam incorporados ao exército brasileiro;
- Eram declarados livres todos os escravos que haviam lutado nas tropas republicanas;
- Seriam devolvidos todos os prisioneiros de guerra;
- Foram elevadas as taxas alfandegárias para importação do charque estrangeiro, o que favoreceu ao charque gaúcho.

Pós Guerra:

- Antônio de Souza Netto muda-se para o Uruguai;
- Davi Canabarro luta ao lado das forças brasileiras na Guerra do Paraguai;
- Após deixar o Rio Grande do Sul, Giuseppe Garibaldi voltou à Itália onde foi um dos grandes heróis da unif**ação deste país.
- Bento Gonçalves morre dois anos após a guerra.

A assinatura do Tratado de Poncho Verde trouxe benefícios para ambos os lados, mas nem tudo foi cumprido. Por isso, é fato que os farroupilhas não venceram a guerra, da mesma forma que os imperiais. Por outro lado, também não podemos dizer que foram derrotados. A verdade é que os dois lados alcançaram parte de seus objetivos. Se o Império Brasileiro não perdeu sua importante província fronteiriça, os farrapos também lucravam com o aumento do imposto sobre o charque importado.
Entretanto o mais importante e polêmico sobre o final da Guerra dos Farrapos está na discussão que envolve o seu desfecho.
A Guerra dos Farrapos foi diferente das outras Rebeliões Regenciais que ocorreram na mesma época, pois houve um caráter revolucionário. Isto é, o rompimento com o Império e a luta pela República e pela abolição da escravatura. Fatores que tornavam o levante gaúcho uma revolução.
Contudo, quanto a este caráter revolucionário, os farroupilhas não obtiveram sucesso. Pois o Brasil manteve-se uma monarquia e o Rio Grande do Sul voltou a condição de província brasileira. Mas o pior de tudo foi que a escravidão foi mantida, mesmo os que haviam lutado na guerra, poucos foram os que mantiveram sua liberdade após a declaração de paz.
A revolução farroupilha ficou eternizada na memória e cultura dos gaúchos devido ao MTG - Movimento Tradicionalista Gaúcho, que cultivou os valores de uma guerra, constituindo personagens em heróis farroupilhas.
Diones Franchi

Fontes:

Urbin, Carlos. Os Farrapos, 2001
Flores, Moacyr. História do Rio Grande do Sul, 1986
Faber, Marcos Emílio Ekman, 2016

Os primeiros habitantes do Rio Grande do Sul - Os ÍndiosOs índios foram os primeiros habitantes do Rio Grande do Sul, an...
02/07/2025

Os primeiros habitantes do Rio Grande do Sul - Os Índios

Os índios foram os primeiros habitantes do Rio Grande do Sul, antes da ocupação européia, sendo dividido em três grupos: Jês, Pampeano e Guarani.
As expansões povoadoras eram formadas por portugueses e espanhóis, que se articulavam no espaço indígena de maneira diferente.
No oeste do estado os missionários jesuítas, criaram as reduções com o objetivo de transformar os índios em cristãos. Havia também os bandeirantes que buscavam mão de obra para o cultivo de cana de açúcar, sempre deixando um rastro de sangue, por onde passavam, chegando a dizimar povoações, tanto por assassinatos como por doenças contagiosas. Nesse mesmo período, ao leste surgiam as sesmarias, dando início ao processo de povoamento, através de fazendas de criação de gado.
Já na região da campanha, viviam os índios pampeanos, que eram aproveitados como soldado, peão e tropeiro.
Os jês habitavam a parte norte junto a Santa Catarina, os guarani ocupavam o litoral e a parte central até a fronteira com a Argentina, e os pampeanos se localizavam ao sul junto do Uruguai.

Índios Guarani

Os guarani também conhecidos como tapes, arachane e carijó eram o grupo indígena mais numeroso da região. Habitavam principalmente os vales dos rios e as margens das lagoas, onde a caça e a pesca eram mais abundantes.
O guarani coletava diversos tipos de moluscos, frutos, erva-mate e raízes e cultivavam principalmente o milho e o aipim, mas também plantavam feijão, abóbora, batata, fumo e algodão.
Viviam em aldeias com varias casas dispostas em círculo.
Cada clã ocupava uma casa de forma alongada, com uma porta para os homens e outra para as mulheres.
Suas moradias tinham uma estrutura de madeira coberta com fibras vegetais, em geral de base circular.
Essas habitações denominadas de ocas eram habitadas por diversas famílias com grau de parentesco entre si.
Uma aldeia, normalmente era formada por três a seis ocas.
Os guarani foram o grupo que formariam mais tarde, os povos missioneiros, catequizados pelos jesuítas espanhóis.

Índios Jês

Os índios Jês que ocupavam o planalto norte do estado viviam em aldeias de cinco a seis cabanas com 20 a 25 famílias, dirigido por um chefe que praticava feitiçaria.
Viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos e raízes.
Também praticavam a agricultura, cujo principal produto era o milho, além de comer e cultivar o pinhão.
Para se proteger do frio alguns moravam em casas “subterrâneas”. Eles cavavam buracos no chão, que tinham aproximadamente dois metros de profundidade e cinco metros de largura e protegiam o buraco com um telhado feito de galhos de árvores cobertos por ramos de palmeira.
A terra pertencia à comunidade, com território de caça marcado.
Os jês foram sendo expulsos de suas terras pelos brancos que iam chegando ao território. Em 1882 os jês fora chamados de caingangues (kaingang – habitantes do mato). Muitos de suas aldeias foram simplesmente massacradas durante a colonização.
No século XIX, os poucos jês que sobraram e que haviam sido um dia os senhores do planalto, foram obrigados a viver em pequenas reservas. Os kaingang que constituem a maior parte dos indígenas que vivem hoje em terras gaúchas faziam parte desse grupo.

Índios Pampeanos

Os pampeanos, grupo formado principalmente pelos charruas e minuanos, eram o povo indígena menos numeroso.
Viviam principalmente nos campos e em áreas com bastante água, pois nelas havia abundancia de recursos para a pesca e caça.
Diferentemente dos guarani e jês, os pampianos não praticavam a agricultura. Viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos e raízes e logo incorporaram os animais trazidos pelos europeus à sua vida.
Viviam na região da campanha, sendo os cavalos utilizados como meio de transporte para auxiliar na caça.
O gado bovino servia de alimento, onde havia em abundancia na região. Praticavam a poligamia e quando a mulher envelhecia era trocada por uma mais jovem.
O homem em sua maioria, não se importava se a china (mulher) tivesse relações com outro e trocava ela por qualquer outro objeto.
Usavam botas de garrão de potro, e com o contato com espanhóis começaram a usar poncho, chiripá e se cobriram com chapéu de couro de “barriga de burro”.
Com a ocupação de suas terras por portugueses e espanhóis, os pampeanos foram obrigados a ir cada vez mais para o interior.
A escassez de recursos provocou a fome, e a situação se agravou com as epidemias e as guerras.
Muitos deles foram trabalhar nas fazendas dos colonizadores europeus. Os pampeanos que restaram foram massacrados por tropas uruguaias na década de 1830.
Na cultura gaúcha seus vocábulos são utilizados na linguagem coloquial tais palavras como cancha, china, chiripá, poncho, guacho, charque, chasque, chiru, guaiaca, guampa, guasca, inhapa, lechiguana, mate, pampa, tambo e vincha.

Atualmente os grupos indígenas que habitam o Rio Grande do Sul chegam a aproximadamente 40 mil, dos quais somente 23 mil vivem nas reservas ou em aldeias. Os pampeanos foram completamente dizimados ainda no século XIX.
Os poucos jês que restaram pertencem ao grupo kaingang e os guarani tentam sobreviver e enfrentam diversas dificuldades, principalmente em relação a demarcação de suas terras.
A importância dos índios no Rio Grande do Sul, esta presente até hoje, através dos costumes mais tradicionais dos gaúchos como o churrasco e tomar chimarrão oriundo da herança indígena.
Diones Franchi

Fontes:

- Flores, Moacyr. História do Ro Grande do Sul. Martins Livreiro, 1986
- Povos indígenas - Coleção: História Geral do Rio Grande do Sul, Ed. Méritos, 2009

Piratini – A Primeira Capital FarroupilhaPiratini é um município brasileiro localizado no Rio Grande do Sul, sendo desta...
02/07/2025

Piratini – A Primeira Capital Farroupilha

Piratini é um município brasileiro localizado no Rio Grande do Sul, sendo destaque no estado por ter sido a primeira capital farroupilha e também a primeira capital de princípios republicanos no Brasil.
Antes da chegada dos europeus, o território gaúcho era habitado por povos indígenas, entre eles os índios Tapes (guaranis) que habitavam a região de Piratini. Sua cultura era baseada na produção e cultivo da horticultura tecnicamente muito simples.
Piratini" ou "Piratinin" (denominação primitiva) na língua tupi-guarani que signif**a "peixe barulhento".
A história do município de Piratini se inicia de fato em 1777, quando os primeiros militares portugueses instalaram-se às margens do rio Piratini. No entanto a fundação aconteceu, mais tarde em 6 de julho de 1789, quando chegaram a região 48 casais açorianos. As terras onde foram colocados os casais faziam parte de uma estratégia de ali barrar possíveis caminhos de invasão por espanhóis ao Rio Grande do Sul, ao longo do divisor da serra dos Tapes, a partir de Cerro Largo (atual Mello), e através do passo Centurión (então Passo Nossa Senhora da Conceição) do rio Jaguarão. Os casais se estabeleceram em Piratini, de 1789 a 1807, com o objetivo de intensif**ar a ocupação portuguesa em todo território. Um dos motivos foi o Tratado de Santo Ildefonso, imposto pela Espanha a Portugal, que não agradava os rio-grandenses.
A tradição guerreira da cidade iniciou-se já em 1827, quando muitos habitantes da Freguesia tomaram parte na campanha da Guerra da Cisplatina.
A insegurança na fronteira que se transitava, elegeu Piratini, situada sob a proteção da serra dos Tapes, como local seguro para se viver. As famílias açorianas que migraram construíram boas casas, inclusive palacetes e sobrados até hoje mantidos.
Piratini foi instalada a categoria de Vila em 7 de junho de 1832, pelo conselheiro Antônio Rodrigues Fernandes Braga, decorridos 42 anos de sua fundação, sendo eleita e empossada a primeira Câmara Municipal. Dos 40 signatários da ata de fundação registramos entre eles, Bento Gonçalves da Silva.
No decorrer do tempo, Piratini se desenvolveu e passou a ser um local estratégico devido principalmente ao seu relevo.
Durante a Revolução Farroupilha, Piratini teve um importante destaque no confronto. No dia 20 de setembro de 1835, os farrapos atacam a capital da província, Porto Alegre, destituindo do poder o presidente Antônio Rodrigues Fernandes Braga, que fugiu para Rio Grande. Um grupo de rebeles farroupilhas ocupou Porto Alegre, enquanto outros cem homens deflagravam o movimento na Vila Piratini, comandados pelo capitão de milícia Antônio José de Oliveira Nico e por Domingos de Souza Neto, rendendo e destituindo as autoridades imperiais na cidade.
As primeiras colunas de farrapos marcharam pelas ruas estreitas da vila, em 8 de outubro de 1835, sob a aclamação dos piratinienses. Por sua localização estratégica, no alto da Serras do Sudeste, e pela existência de dezenas de prédios próximos para a instalação dos comandos revolucionários, a vila tornou-se o centro de operações do movimento.
Em 10 de setembro de 1836, Antônio de Souza Neto, venceu o combate do Seival com sua Divisão Liberal Integrada. No outro dia, em 11 de setembro, Neto apareceu a galope, postou-se ao centro da tropa, ergueu a espada e anunciou a proclamação da República Rio-Grandense. Em 11 de novembro de 1836 foi instalada em Piratini, a capital da República Farroupilha, sendo elevada em 1837, ao título de "Mui Leal e Patriótica Cidade de Nossa Senhora da Conceição de Piratinym". Na Câmara da cidade houve a posse de Bento Gonçalves na Presidência da República Rio-Grandense em 16 de dezembro de 1837. Piratini esteve sede oficial da República Rio-Grandense ou República do Piratini, entre os períodos de 11 de novembro de 1836 e 15 de julho de 1842.
Nos dias atuais Piratini conserva, em suas ruas, os casarões da época do povoamento e da revolução, sendo patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul, tais como o Museu Histórico Farroupilha, a Igreja Nossa Senhora da Conceição, o Palácio da República Rio Grandense, o Sobrado da Dorada, a Casa da Camarinha, construções do final do século XVIII até à primeira metade do século século XIX, entre outros.
É considerada, uma das cidades mais importantes do Rio Grande do Sul, por possuir uma signif**ativa concentração de monumentos tombados pelo IPHAN e IPHAE, considerado dessa maneira um dos centros históricos mais completos e homogêneos do Brasil.
Diones Franchi

Fontes:

- Anais do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul. Porto Alegre,1981. 12 volumes
- Portal - http://turismopiratini.com.br – Prefeitura de Piratini - RS
- PORTAL - http://www.ahimtb.org.br/piratini.htm
- Piratini- Um Sagrado Símbolo Gaúcho Farrapo - Cel Cláudio Moreira Bento

Endereço

Rua Vicente Manoel De Deus, 197
Santo Ângelo, RS
98807160

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