06/09/2025
Ela tinha apenas 16 anos quando entrou em uma galáxia que mudaria sua vida, e a de milhões de pessoas.
Natalie Portman ainda era uma adolescente quando foi escolhida, entre mais de 200 candidatas, para viver Padmé Amidala em Star Wars: A Ameaça Fantasma (1999). Não conhecia a saga, mas logo entendeu o tamanho do desafio. Sob o olhar de George Lucas, deixaria de ser apenas uma atriz promissora para se transformar em uma figura mítica: a jovem rainha de Naboo, símbolo de poder, diplomacia e, no fim, tragédia.
Para dar vida a Padmé, Natalie mergulhou em referências. Inspirou-se na postura elegante de Audrey Hepburn e Lauren Bacall, e até no teatro Kabuki japonês, cuja rigidez corporal ajudou a criar a imponência da personagem. Cada traje, criado por Trisha Biggar e inspirado em culturas como a japonesa, mongol e tibetana, traduzia uma fase de sua jornada: as coroas e mantos pesados expressavam formalidade política; os vestidos fluidos de Ataque dos Clones (2002) simbolizavam o despertar do romance com Anakin; e as roupas simples de A Vingança dos Sith (2005) refletiam vulnerabilidade e maternidade, em meio à queda da galáxia.
Nos bastidores, Natalie levava uma vida oposta à de sua personagem. Enquanto filmava batalhas espaciais, estudava para entrar em Harvard, onde se formaria em psicologia em 2003. “Prefiro ser inteligente a famosa”, declarou, mostrando que, mesmo em meio à fama, mantinha os pés firmes no chão.
A história de Padmé é, em si, uma das mais marcantes de Star Wars: uma líder que lutou pela paz, amou intensamente e perdeu tudo, até sua vida, para dar à luz Luke e Leia, os gêmeos que mudariam o destino da galáxia.
E hoje, mais de 20 anos depois, Padmé continua viva na memória dos fãs. Não apenas pelas roupas e pela ligação com Anakin Skywalker, mas porque Natalie Portman deu à rainha de Naboo algo raro em uma saga galáctica: humanidade.
E talvez seja por isso que muitos sonham em vê-la voltar. Até Natalie já disse que toparia, quem sabe, empunhando um sabre de luz.