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Recebi o diagnóstico de TDAH depois dos 30 Anos: Uma jornada de autodescoberta e aceitaçãoAos 30 e poucos anos, eu estav...
27/08/2024

Recebi o diagnóstico de TDAH depois dos 30 Anos: Uma jornada de autodescoberta e aceitação

Aos 30 e poucos anos, eu estava em um ponto da vida onde já havia estabelecido algumas rotinas e uma certa ideia de quem eu era. Tinha um trabalho, uma rotina e uma maneira de lidar com as coisas na minha vida. Foi então que tudo mudou com um simples, mas profundo, diagnóstico: TDAH.

A primeira coisa que eu senti foi um misto de alívio e confusão. Alívio, porque finalmente uma explicação fazia sentido para tantas coisas que eu não conseguia compreender. Confusão, porque a ideia de TDAH parecia algo reservado para crianças, não para adultos que já haviam aprendido a “lidar com a vida”.

“De uma forma ou de outra, estava tentando manter as coisas sob controle, mas no fundo eu sempre soube que havia alguma coisa diferente em mim. Eu sempre me senti diferente.”

A Descoberta
Eu sempre achei que o fato de ser desorganizada, perder coisas com frequência e ter dificuldade para focar fosse apenas uma parte da minha personalidade. Desde criança, eu me destacava na escola, mas lutava para manter a atenção durante aulas longas, principalmente quando se tratava de matemática, quimíca e física. Meus amigos e colegas achavam que eu estava sempre no “modo turbo”, pulando de uma tarefa para outra sem muito foco. A ideia de que isso pudesse ser um transtorno nunca me ocorreu. Meus pais também não tinham ideia, ou não prestaram atenção nesses detalhes.

Mas, com o tempo, comecei a perceber que esses traços não eram apenas peculiaridades. Eles estavam impactando a minha vida profissional e pessoal. Os desafios diários estavam se acumulando, e eu estava começando a sentir um peso emocional que não conseguia mais ignorar. Decidi procurar ajuda.

A Jornada do Diagnóstico
O processo para obter um diagnóstico não foi fácil. Envolveu uma série de consultas, questionários e, o mais difícil, olhar para mim mesma de uma maneira que nunca havia feito antes. Tive o apoio de diversos profissionais que me ajudaram a entender que o TDAH não se limita às crianças. Na verdade, muitas pessoas adultas convivem com isso, muitas vezes sem saber.

O diagnóstico veio como uma luz em meio a uma névoa. A partir dele, eu passei a compreender as razões por trás das minhas dificuldades. As pequenas distrações, a dificuldade em seguir rotinas e a constante sensação de estar em um estado de sobrecarga eram parte de algo muito maior e, de certa forma, isso trouxe um sentimento de validação.

Aceitação e Adaptação
Aceitar o diagnóstico foi um processo contínuo. Havia dias em que eu me perguntava se isso era apenas uma desculpa para minhas falhas ou se realmente era uma condição legítima que merecia compreensão e tratamento. Mas, conforme eu mergulhei mais fundo na aprendizagem sobre o TDAH, comecei a perceber que não se tratava de uma falha pessoal, mas de uma maneira diferente de processar o mundo.

“Hoje eu entendo que o TDAH é meu superpoder. Uma maneira diferente de enxergar a vida, o mundo e tudo ao meu redor.”

Eu passei a adotar algumas estratégias que ajudaram a tornar a vida mais gerenciável. A criação de rotinas visuais, o uso de lembretes e a prática de técnicas de organização foram essenciais. Além disso, o apoio emocional de amigos e familiares foi fundamental para me ajudar a ajustar minha percepção e lidar melhor com os desafios.

Hoje, ao refletir sobre minha jornada, eu vejo que o diagnóstico de TDAH, embora desafiador, também me ofereceu uma nova perspectiva sobre mim mesma e sobre a vida.

A experiência me ensinou que cada um de nós possui formas únicas de interagir com o mundo e que é possível encontrar um equilíbrio entre as nossas dificuldades e nossas forças. Eu ainda tenho dias difíceis, mas agora tenho ferramentas e um entendimento melhor para enfrentar esses desafios.

Receber um diagnóstico de TDAH depois dos 30 anos foi um marco na minha vida. Não é uma solução mágica, mas é uma abertura para entender e aceitar a mim mesma de uma maneira mais completa. Se você se identifica com algumas dessas experiências ou está passando por algo semelhante, saiba que você não está sozinho. Há uma jornada de autodescoberta e de adaptação que, apesar dos desafios, pode trazer um profundo senso de realização e paz interior.

E, no final, a vida é sobre aprender a se aceitar, não importa quando ou como, você sempre descobre quem realmente é.

Se você leu até aqui, me conta com quandos anos você recebeu o diagnóstico e como foi a sua experiência.

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