24/07/2025
EDITORIAL AFROBRAS:
A Federação das Religiões Afro Brasileiras – AFROBRAS, com profundo pesar e indignação, vem a público manifestar sua posição diante do crime bárbaro recentemente noticiado, praticado por um indivíduo que se identifica como sacerdote afro umbandista, na cidade de Esteio, no estado do Rio Grande do Sul.
O fato, por si só, já seria lamentável. Porém, sua gravidade se amplia quando se trata de uma pessoa que ocupava o lugar de sacerdote, alguém que, por princípio, deveria representar valores como respeito, ética, responsabilidade espiritual e humana.
Reiteramos com veemência: o cargo religioso não define, por si só, o caráter de um ser humano. Assim como em qualquer setor da sociedade, infelizmente, também existem maus religiosos, que não devem e não podem ser confundidos com a coletividade das nossas tradições, cultos e sacerdócios.
Esse crime impactou profundamente não apenas a comunidade de Esteio, mas toda a população gaúcha e o universo religioso afro brasileiro, que agora sofre duplamente: pela brutalidade do ocorrido e pelo modo como os meios de comunicação vêm tratando o caso.
É extremamente preocupante e inaceitável que a grande mídia, ao reportar o fato, insista em destacar o título religioso do autor do crime, ignorando que se trata de um criminoso que deve responder pelos seus atos na forma da lei, e não de uma religião ou de uma coletividade espiritual inteira. Essa prática, reiterada e sistemática, revela um viés ra***ta estrutural e um claro exemplo de intolerância religiosa, ao buscar vincular o crime a uma tradição ancestral, culturalmente rica e historicamente perseguida, como são as religiões de matriz africana e a Umbanda.
Ao invés de noticiar com responsabilidade e neutralidade, muitos veículos de comunicação reforçam estigmas que há séculos nos acompanham, associando nossas práticas ao mal, à violência e ao crime, quando, na realidade, nossas religiões são pilares de resistência, acolhimento, espiritualidade, justiça e paz.
A AFROBRAS repudia com firmeza esse comportamento sensacionalista e preconceituoso da imprensa. Repudiamos também toda tentativa de criminalização dos nossos cultos, bem como a generalização leviana que coloca toda uma religião sob suspeita por conta da conduta de um indivíduo.
Nos solidarizamos com as vítimas e com toda a população abalada por este triste episódio. Reafirmamos nosso compromisso com a ética religiosa, com os princípios sagrados dos nossos Orixás, guias e mentores, e com a luta permanente por justiça, respeito e dignidade para as religiões afro umbandistas.
LAMENTÁVEL!
EDITORIAL AFROBRAS:
A Federação das Religiões Afro Brasileiras – AFROBRAS, com profundo pesar e indignação, vem a público manifestar sua posição diante do crime bárbaro recentemente noticiado, praticado por um indivíduo que se identifica como sacerdote afro umbandista, na cidade de Esteio, no estado do Rio Grande do Sul.
O fato, por si só, já seria lamentável. Porém, sua gravidade se amplia quando se trata de uma pessoa que ocupava o lugar de sacerdote, alguém que, por princípio, deveria representar valores como respeito, ética, responsabilidade espiritual e humana.
Reiteramos com veemência: o cargo religioso não define, por si só, o caráter de um ser humano. Assim como em qualquer setor da sociedade, infelizmente, também existem maus religiosos, que não devem e não podem ser confundidos com a coletividade das nossas tradições, cultos e sacerdócios.
Esse crime impactou profundamente não apenas a comunidade de Esteio, mas toda a população gaúcha e o universo religioso afro brasileiro, que agora sofre duplamente: pela brutalidade do ocorrido e pelo modo como os meios de comunicação vêm tratando o caso.
É extremamente preocupante e inaceitável que a grande mídia, ao reportar o fato, insista em destacar o título religioso do autor do crime, ignorando que se trata de um criminoso que deve responder pelos seus atos na forma da lei, e não de uma religião ou de uma coletividade espiritual inteira. Essa prática, reiterada e sistemática, revela um viés ra***ta estrutural e um claro exemplo de intolerância religiosa, ao buscar vincular o crime a uma tradição ancestral, culturalmente rica e historicamente perseguida, como são as religiões de matriz africana e a Umbanda.
Ao invés de noticiar com responsabilidade e neutralidade, muitos veículos de comunicação reforçam estigmas que há séculos nos acompanham, associando nossas práticas ao mal, à violência e ao crime, quando, na realidade, nossas religiões são pilares de resistência, acolhimento, espiritualidade, justiça e paz.
A AFROBRAS repudia com firmeza esse comportamento sensacionalista e preconceituoso da imprensa. Repudiamos também toda tentativa de criminalização dos nossos cultos, bem como a generalização leviana que coloca toda uma religião sob suspeita por conta da conduta de um indivíduo.
Nos solidarizamos com as vítimas e com toda a população abalada por este triste episódio. Reafirmamos nosso compromisso com a ética religiosa, com os princípios sagrados dos nossos Orixás, guias e mentores, e com a luta permanente por justiça, respeito e dignidade para as religiões afro umbandistas.
LAMENTÁVEL!