10/07/2025
Onda de calor na Europa pode ter causado 2.300 mort3s, estimam cientistas.
Um levantamento realizado por cientistas do Imperial College London e da London School of Hygiene and Tropical Medicine apontou que cerca de 2.300 pessoas perderam a vida em decorrência das temperaturas extremas registradas recentemente em 12 cidades da Europa. A análise abrangeu os 10 dias mais quentes da última onda de calor, que terminou na semana passada, e identificou que 1.500 dessas mortes estão diretamente relacionadas aos efeitos das mudanças climáticas.
Durante esse período, os termômetros ultrapassaram os 40 °C em diversas regiões da Europa Ocidental. De acordo com Ben Clarke, pesquisador do Imperial College, o aquecimento global intensificou a gravidade da onda de calor, tornando-a mais perigosa. “A mudança climática elevou consideravelmente as temperaturas durante o evento, o que aumentou seu impacto sobre a saúde das pessoas”, afirmou.
Cidades como Londres, Milão, Madri e Barcelona fizeram parte do estudo. Nessas localidades, os pesquisadores constataram que o aquecimento global pode ter elevado as temperaturas em até 4 °C. Para chegar aos números, a equipe utilizou modelos epidemiológicos e registros históricos de mortalidade, considerando casos em que o calor agravou doenças pré-existentes.
Os especialistas ressaltaram que a maioria das mortes relacionadas ao calor não aparece nas estatísticas oficiais, motivo pelo qual usaram metodologias revisadas por pares para produzir estimativas mais rápidas e confiáveis.
Samantha Burgess, representante do programa climático Copernicus, alertou que o cenário pode se agravar nos próximos anos: “Com o avanço do aquecimento global, as ondas de calor tendem a se tornar mais comuns, mais severas e atingir um número maior de pessoas em todo o continente.”
Fonte: CNN Brasil