18/03/2025
Fundada em 18 de março de 1872 na cidade de Campinas, a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro foi criada para a expansão da cultura do café em direção ao interior do estado de São Paulo. Permaneceu em atividade de maio de 1875 até outubro de 1971. Teve quase 2.000km de extensão em seu período de atividade.
No dia 1 de julho de 1872, reuniram-se em Assembleia Geral os acionistas da nova empresa. A reunião realizada visava a discussão e aprovação do projeto e de seus estatutos, assim como a eleição da diretoria provisória que deveria gerir os negócios da empresa até a sua organização definitiva. Finalizada a reunião, ficou constituída a Companhia Mogiana com o capital de três mil contos de réis; ou, aproximadamente, R$ 369.000.000,00 (trezentos e sessenta e nove milhões de reais) em valores convertidos, levando em consideração a inflação e cotação do ouro.
As obras da ferrovia foram iniciadas em 28 de agosto de 1873. E em 3 de maio de 1875 era concluída a primeira etapa entre Campinas e Jaguari (atual Jaguariúna), numa distância de 34 quilômetros. Mais três meses e a ferrovia chegava em Mogi Mirim, com a presença de Dom Pedro II.
Após diversas extensões estado adentro, finalizando a linha em Ribeirão Preto, a Mogiana partiu para a construção do trecho que levaria seus trilhos ao Triângulo Mineiro (sendo seu ponto final na cidade de Araguari) e Sul de Minas Gerais (ponto final em Passos).
As oficinas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro foram das maiores e mais bem equipadas do país. Nelas se produziram vagões de carga, carros de passageiros, locomotivas a v***r, entre outros componentes.
Em 1888 recebeu o nome de Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação, quando iniciou o serviço de navegação fluvial pelo Rio Grande.
Em agosto de 1892, recebeu autorização para prolongar suas linhas até Santos, mas essa linha nunca foi construída.
Em 1936, criou a Companhia Mogiana de Transportes, mais tarde Rodoviário da Cia. Mogiana.
Na década de 1930, com o declínio da produção de café e os problemas econômicos originados pela Segunda Guerra Mundial, a Mogiana entrou em dificuldades financeiras e passou a ser controlada pelo Governo do Estado de São Paulo em 1952.
Em 1971 foi incorporada pela FEPASA - Ferrovia Paulista S/A.
Sendo extinta logo em seguida.
Atualmente, boa parte da malha segue ativa sob concessão para a VLI, com algumas mudanças no traçado original.
Sendo que o trecho entre Campinas e Jaguariúna, circula o trem turístico da ABPF Campinas, que conta inclusive com algumas locomotivas com a icônica pintura da Mogiana, como a EMD GL8 da foto.