09/05/2025
O Prefeito Maurício de Oliveira Santos assinou na edição desta quinta-feira, 8, do Jornal Oficial do município de Socorro, a portaria nº 10944/2025 que desligou o servidor público Amado Paula de Moraes Filho, mais conhecido como Amadinho. Apesar de constar como desligamento a pedido do próprio servidor, a exoneração acontece, curiosamente, após vereadores denunciarem a contratação de Amadinho ao Ministério Público do Estado de São Paulo por irregularidades, contrariando a Lei da Ficha Limpa Municipal.
Conforme apurado pelos vereadores Tiago Faria, Marcos Preto, Patrícia Toledo, José Adriano e Professor Xuxa, o ex-chefe do Serviço de Gestão e Equipe de Obras de Maurício foi condenado pela prática do crime de tráfico de entorpecentes (art. 33 § 4º da Lei 11.343/2006), tendo a sentença transitado em julgado em 06 de março de 2020, com pena fixada em 1 (um) ano e 8 (oito) meses de reclusão.
Porém, a nomeação feriu diretamente a Lei Municipal nº 3.747/2013 a qual veda expressamente a nomeação de condenados por tráfico de dr**as para cargos em comissão pelo prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, conforme redação do art. 1º, §2º, inciso VII.
Na representação protocolada em abril de 2025 no Ministério Público, os vereadores pediram a apuração das responsabilidades do Prefeito Municipal, Maurício de Oliveira Santos, responsável pela nomeação ilegal.
Amadinho foi um dos principais militantes de Maurício durante a campanha eleitoral de 2024, principalmente nas redes sociais, defendendo seu candidato e atacando os adversários.
Uma incoerência no discurso de Amadinho foi em relação aos cargos de confiança. De crítico radical dos “cabides”, Amadinho acabou se tornando um no início da administração de Maurício e deixou de estar tão presente nas redes sociais, não tecendo mais críticas aos cargos em comissão, nem após Maurício descumprir promessas e nomear diversas pessoas indicadas através da política partidária, prática também conhecida como “toma lá dá cá”.