18/10/2025
Geralmente, um ditado popular traz muitas verdades, principalmente nas entrelinhas e na forma livre de interpretação. Vamos pegar um exemplo: “Quem não deve, não teme”. À primeira vista, a frase parece carregar uma lógica imbatível: se alguém é inocente, não teria motivo para temer qualquer investigação. É um raciocínio simples, moralmente atraente e amplamente difundido, tanto nas conversas cotidianas quanto no discurso político e policial. Mas, quando examinada com mais cuidado, essa máxima revela suas limitações e riscos.
De fato, há um fundo de verdade moral: quem vive com retidão tende a ter a consciência tranquila e, portanto, não teme ser exposto. Em sociedades democráticas, a integridade pessoal e a honestidade devem mesmo ser valores de orgulho. Nesse sentido, o ditado reflete um ideal ético, o de que a transparência é a melhor defesa de quem age corretamente.
O problema é que o Brasil atravessa, mais uma vez, um momento de tensão entre o que se exige da política e o que a política de fato entrega. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades no INSS está diante de uma encruzilhada essencial: avançar ou recuar diante de suspeitas envolvendo pessoas próximas ao poder. E é nesse ponto que se insere o caso de José Ferreira da Silva, o Frei Chico, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), filiado à Força Sindical, e irmão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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