13/09/2025
Influencer e familiares são condenados por morte de empresário
Mandante do crime, conhecida como “Tina”, recebeu a pena mais alta: 21 anos de prisão em regime fechado
Depois de mais de quatro anos de espera, a Justiça paraense deu uma resposta ao caso que abalou o sul e sudeste do estado. O assassinato do empresário Edilson Pereira de Sousa, em abril de 2021, foi finalmente julgado em Belém, e cinco dos seis acusados foram condenados.
O julgamento, que começou na manhã da última quarta-feira (11) e se estendeu até a madrugada desta sexta (13), teve a leitura das sentenças de cada um dos envolvidos no crime brutal contra o empresário.
As condenações
A maior pena foi aplicada a Oinotna Silva Ferreira, a “Tina”, apontada como mandante do crime, que terá de cumprir 21 anos de prisão em regime fechado. Sua mãe, Maria da Paz Ferreira, de idade avançada, recebeu 12 anos de prisão, mas obteve redução de pena por conta da condição etária.
A filha de Tina, a influenciadora digital Gabryella Ferreira Bogéa, também foi condenada a 12 anos. Já Rafael Ferreira de Abreu, irmão de Gabryella, recebeu 17 anos, e Bruno Glender, namorado da influenciadora, foi sentenciado a 9 anos de prisão.
O único absolvido foi Matheus Mendes, que deixou o julgamento sem condenação. Com a decisão do júri, mandados de prisão foram expedidos contra os réus.
Julgamento transmitido
Durante o júri popular, 28 testemunhas foram ouvidas, incluindo peritos, delegados e vizinhos do condomínio onde o empresário morava. A sessão foi transmitida ao vivo pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), permitindo que familiares e a sociedade acompanhassem cada etapa.
O crime gerou forte repercussão e comoção no município de Conceição do Araguaia, onde Edilson morava, e em toda a região. A condenação encerra um dos casos de maior repercussão criminal no estado nos últimos anos.
Relembre o caso
13 de abril de 2021: Edilson desaparece em Marabá. Seu carro é encontrado abandonado, com manchas de sangue, faca e sinais de incêndio.
15 de abril: O corpo é localizado boiando no rio Itacaiunas, com uma toalha enrolada no pescoço. A identidade é confirmada no mesmo dia.
Após cinco meses: A Polícia Civil deflagra a Operação Golden, que prende sete suspeitos em quatro estados.
Investigações: O crime teria sido motivado por uma dívida milionária e pelo roubo de joias avaliadas em mais de R$ 1 milhão.
Por: DOL