20/09/2025
📜 Notas de uma observadora atenta da página Se Liga Tapiratiba
Na augusta Câmara de Vereadores de Tapiratiba, a última sessão extraordinária ficará marcada não apenas pela aprovação da Lei nº 49, destinada a trazer benefícios concretos para comerciantes e ambulantes, mas também por uma cena que revelou muito mais do que aparenta.
O presidente da Câmara, vereador Cabelinho, ao ver aprovada a matéria, tentou puxar uma comemoração. Suas mãos se levantaram em palmas, esperando eco. Mas o eco não veio. Nenhum vereador o acompanhou. Nem mesmo os secretários ou o vice-presidente, postados à sua direita e esquerda, se moveram. Apenas o silêncio.
Diante do constrangimento, o presidente soltou uma frase que ficará registrada:
❝Ué, vocês parecem que estão dormindo…❞
Pois bem, caros leitores, dormindo é exatamente como parecem estar. Não apenas na hora de aplaudir uma conquista inédita para a cidade, mas também quando se trata de agir pelo município. Onde estão os esforços reais para buscar verbas, especialmente para a saúde, que clama por socorro? Onde estão as iniciativas de uma Câmara que deveria ser o coração pulsante das demandas populares?
Esse silêncio não é apenas incômodo, é simbólico. O que era para ser um momento de união e comemoração coletiva acabou se transformando no retrato fiel do racha e do isolamento dentro da própria Câmara de Tapiratiba. Um presidente batendo palmas sozinho, enquanto os demais permanecem imóveis, como se cada gesto calculado revelasse mais sobre os bastidores do que qualquer discurso.
Em política, até os silêncios falam alto. E este silêncio, em meio a uma vitória legislativa que deveria ser celebrada, soa como um grito abafado de estagnação. Tapiratiba não precisa de vereadores que “parecem estar dormindo”, mas de representantes vivos, atuantes, capazes de levantar a voz e as mãos em favor da população — especialmente quando a saúde pública agoniza e espera por respostas.
Se o aplauso foi negado, a dúvida persiste: o que, afinal, esses silêncios escondem? 🎭
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