03/09/2025
Vivemos, no mundo e no Brasil, uma conjuntura política polarizada, de grandes riscos, mas também de possibilidades.
Essa conjuntura atinge nesse momento o Brasil em cheio. O tarifaço e as medidas retaliatórias de Trump abriram uma nova conjuntura que deu fôlego à extrema direita. Essa passou à contra ofensiva após a prisão domiciliar de Bolsonaro. Voltaram às ruas em ações massivas, ocuparam o Congresso Nacional e ameaçam inviabilizar até mesmo o único projeto progressivo do atual governo — a isenção fiscal para quem ganha até 5 mil reais.
Enquanto isso, o governo liberal-social de Lula 3 não toma nenhuma medida efetiva para responder ao ataque imperialista. Em vez de medidas anticapitalistas — como expropriar empresas que demitam, quebrar patentes ou suspender o pagamento da dívida pública — o que se vê como resposta da parte é quase que exclusivamente mais crédito subsidiado para empresários.
Um dos grandes problemas políticos que temos hoje é que a possível prisão de Bolsonaro é tomada pela esquerda, tanto a da ordem como a independente, como se fossem favas contadas e como se a simples punição fosse derrotar a extrema direita.
Ledo engano, camaradas! A extrema direita segue forte no parlamento, mantém capacidade de mobilização de massas, conta com apoio de setores da burguesia, conserva uma base social em torno de um terço da população e possui figuras públicas competitivas em todas as esferas eleitorais.
A extrema direita está ainda mais reforçada pelo governo imperialista de Trump, que seguirá apoiando os golpistas e atacando a soberania popular — com ou sem Bolsonaro no páreo político-eleitoral. Além do mais, não é porque o STF pode punir Bolsonaro e outros golpistas que os direitos democráticos estão garantidos. Uma punição feita por cima, sem a luta direta, não signif**ará uma derrota categórica da extrema direita.
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