06/04/2024
O começo do fim!
É estranho falar do final. Mas, diferente daquilo que falsos positivistas falam, a vida não é pra todos, o sol também não nasce para todos e muito menos as estrelas brilham para todos. É muito, mas muito complicado lutar, lutar, lutar e descobrir em um dado momento que você lutou sozinho, em simplesmente tudo.
Até na mais pura inocência em acreditar que os mais próximos possam te dar o apoio necessário, e não falo em dinheiro, chega um determinado momento que você descobre que nunca estiveram contigo, em hipótese alguma. O que adianta lutar?
Para alguns existe o resultado, a satisfação, a alegria e a festa. Para outros sobram a tristeza, a frustração e a decepção de sempre fracassar, como já observado por alguns anteriormente.
O ditado mais correto para a vida é o de que você não faz nada sozinho. Esse é o maior de todos eles. E quando você é um imprestável, inútil e sem valor sobra ouvir o é melhor do que nada ou é melhor pingar do que secar.
Desde o dia 08 de fevereiro de 2006, data em que ingressei na universidade e escrevi o meu primeiro artigo jornalístico para o portal da instituição que conclui a minha graduação, tive a falsa sensação de que seria o jornalismo a minha profissão e de onde poderia tirar o meu sustento.
Ledo engano. E no mundo em que as pessoas estão dominadas por suas verdades sem ao mesmo viver, sentir o conhecer contextos, eu não estou culpando o jornalismo. Este desabafo é para dizer que cansei de lutar em uma batalha inglória e em vão. Os olhares estão direcionados para outras direções e não para aqueles que querem de fato fazer algo diferente e honesto. O ego, a vaidade e a busca pelo status ocupam o lugar mais alto do pódio.
Cabe, a partir desta data, aguardar o dia 27 de abril de 2024 para colocar um ponto final nesta história melancólica e sem brilho. Ainda tenho três episódios do PodCast Bastidores da Bola para apresentar e depois seguir outras trilhas, que não estavam no roteiro, mas é o que sobrou. A esperança de fazer o que gosta foi substituída, de maneira agressiva e feroz, pela simples obrigação de cumprir com suas obrigações corriqueiras.
Não quero palavras de apoio, até por que já é tarde demais e os anos passam. Também não quero receber ligações hipócritas, mesmo por que o time já passou. Não quero compaixão, isso porque passa a ser um tremendo oportunismo. Os fracassos ao longo desses anos foram colecionados como um álbum de figurinhas. Só me arrependo do instante em que não acreditei de fato nas pessoas que me disseram a verdade sobre eu ser um fracassado.
ADEUS JORNALISMO!