Jovens Força de Mudança

Jovens Força de Mudança Somos Jovens Ativistas Engajados Pela Redução Das Desigualdades Sociais!

Lutamos para Igualdade de Direitos, Pela destribuição equitativa dos recussos de Cabo Verde, (Ativismo Social)

 !Contra o Conselho de Administração da TCV e o Governo de Cabo VerdeEm Defesa da Liberdade de Imprensa e da Dignidade J...
07/11/2025

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Contra o Conselho de Administração da TCV e o Governo de Cabo Verde

Em Defesa da Liberdade de Imprensa e da Dignidade Jornalística Nacional

A Jovens Força de Mudança vem, por meio desta, manifestar o seu mais absoluto repúdio contra o Conselho de Administração da Televisão de Cabo Verde (TCV) e contra o Governo de Cabo Verde, pelos atos reiterados de censura, intimidação e manipulação política da comunicação social pública, que configuram um verdadeiro ataque à liberdade de imprensa e à própria democracia cabo-verdiana.

1. UM ATAQUE PREMEDITADO À LIBERDADE DE IMPRENSA

O que se tem verificado na TCV não é mera divergência administrativa ou conflito interno.
É um ataque calculado e orquestrado contra o jornalismo independente, uma tentativa de subordinar a informação pública ao poder político, numa clara afronta à Constituição da República e aos princípios que regem o Estado de Direito Democrático.
O Conselho de Administração da TCV tem atuado como braço comunicacional do poder governativo, promovendo a censura seletiva, o silenciamento de vozes críticas e a perseguição de profissionais que insistem em exercer o jornalismo com ética, coragem e compromisso com a verdade.

2. CONIVÊNCIA E RESPONSABILIDADE DO GOVERNO

É inaceitável a cobardia e conivência do Governo de Cabo Verde, que ao invés de defender a autonomia da imprensa pública, fecha os olhos e consente a captura ideológica da TCV.
Esse silêncio cúmplice transforma o Governo num agente ativo do autoritarismo, minando a credibilidade das instituições e corrompendo o princípio da separação entre Estado e partido.

3. O “APITO DE CACHORRO ” E A VIOLÊNCIA DOS MILITANTES

Nos últimos meses, tem-se assistido a ataques covardes e violentos contra jornalistas, ameaças, difamações e campanhas de ódio promovidas por militantes do MpD, nas redes sociais e fora delas.
Essas ações não são atos isolados. São consequência direta de um “apito de cachorro” fascista vindo do topo: um sinal de autorização simbólica, transmitido pelo comportamento do Conselho de Administração e sustentado pelo silêncio do Governo, que encoraja os militantes a atacarem jornalistas sem pudor, sem ética e sem limites.
Trata-se de um padrão fascista clássico, em que o poder instiga a violência de seus seguidores e depois finge neutralidade institucional, uma tática repugnante, indigna de uma democracia.

4. O ELO FASCISTA ENTRE O PODER E A VIOLÊNCIA

O elo entre o Conselho da Administração da TCV, o Governo e os militantes do MpD é hoje evidente e alarmante.
Expressa-se na manipulação da verdade, na tentativa de uniformizar o pensamento, no ódio à crítica e no ataque sistemático à imprensa livre.
É a repetição, com novas roupagens, do autoritarismo fascista que, noutras épocas, tentou subjugar povos inteiros através da censura e do medo.
Em Cabo Verde, cinquenta anos depois da independência, não aceitaremos o retorno dessa mentalidade totalitária, travestida de democracia e revestida de slogans partidários.

5. EXIGÊNCIAS IMEDIATAS

Em nome da liberdade, da ética e da memória democrática de Cabo Verde, exigimos:
• A demissão imediata do Conselho de Administração da TCV, pela sua conduta antidemocrática e atentatória à liberdade de imprensa;
• Um pronunciamento público e inequívoco do Governo de Cabo Verde, repudiando a violência contra jornalistas e reafirmando o compromisso com a autonomia dos órgãos públicos de comunicação;
• A abertura de inquéritos e processos criminais contra os autores de ataques virtuais à profissionais da comunicação social;
• A mobilização urgente da sociedade civil, sindicatos, associações de jornalistas e entidades democráticas para travar esta deriva autoritária antes que se torne irreversível.

6. CONCLUSÃO

A liberdade de imprensa não é uma dádiva do poder, é um direito conquistado.
E nenhum governo, partido ou administrador terá força suficiente para calar a verdade ou intimidar quem a serve.
Cabo Verde não voltará às trevas do medo e da censura de década de 90.
Os que hoje tentam subjugar a comunicação social devem saber: a história é implacável com os cúmplices do silêncio e com os inimigos da liberdade.
A liberdade não se negocia. Defende-se. Sempre.

Praia, 7 de novembro de 2025
Jovens Força de Mudança

O CREPÚSCULO DA JUSTIÇA CABO-VERDIANA50 ANOS DE ESPERA POR UM ESTADO DE DIREITO REAL!“Sem o império da lei, a liberdade ...
06/11/2025

O CREPÚSCULO DA JUSTIÇA CABO-VERDIANA
50 ANOS DE ESPERA POR UM ESTADO DE DIREITO REAL!

“Sem o império da lei, a liberdade é uma miragem; sem ética, a democracia é um teatro; sem justiça, a pátria é uma mentira bem ensaiada.”



Em qualquer democracia verdadeira, o Poder Judicial é o farol da integridade nacional, a bússola moral da República, o guia nas noites mais sombrias do poder.
Mas em Cabo Verde, cinco décadas após a Independência, esse farol parece ter-se apagado e a bússola gira sem norte.
O que deveria ser o símbolo da imparcialidade e da equidade tornou-se um pilar do imobilismo e da cumplicidade institucional.
A Justiça cabo-verdiana é hoje lenta, submissa, seletiva e desigual, curva-se diante dos poderosos e pisa os desprotegidos.
Paz sem justiça é ilusão. É apenas silêncio entre duas crises.
A verdadeira paz exige presença de justiça, dignidade, desenvolvimento e coragem moral.

: Meio Século Depois

Cinquenta anos após a proclamação da Independência, continuamos órfãos de uma justiça que funcione.
O sonho de um verdadeiro Estado de Direito foi sequestrado pela burocracia, pela corrupção e pela mediocridade institucional.
O Poder Judicial, que deveria ser o mais livre, tornou-se o mais acorrentado, refém do Executivo, cúmplice do partidarismo e submisso ao poder económico.
É um poder que fecha os olhos ao crime dos ricos e abre as prisões para o erro dos pobres.
Uma justiça que se faz de cega para a verdade, mas que enxerga nitidamente o poder do dinheiro.

A JUSTIÇA QUE PRECISAMOS E NÃO TEMOS

A justiça verdadeira não é a que se veste de toga, mas a que se reveste de coragem.
Deve ser voz dos que não têm voz e espelho ético de uma nação.
Uma justiça digna desse nome deve:
• Onde houver repressão, levar liberdade;
• Onde houver tirania, impor democracia;
• Onde houver corrupção, restaurar ética;
• Onde houver impunidade, garantir justiça e segurança;
• Onde houver trevas, semear luz e esperança.
Mas o que se vê é o contrário: um poder judicial omisso e conivente, que escuta o poder e ignora o povo.
Promete ser justo e célere, mas tornou-se mecanismo de privilégio, onde a justiça é mercadoria rara, distribuída conforme o peso do bolso, não da razão.

POR UM NOVO PACTO MORAL

Cabo Verde precisa renascer moralmente.
Sem o império da lei, a liberdade é uma miragem; sem ética, a democracia é um teatro; sem justiça, a pátria é uma mentira bem ensaiada.
É tempo de dizer basta.
De devolver ao povo a esperança de que a justiça possa finalmente ser justa.



Quero viver o suficiente para presenciar a ressurreição moral e ética do nosso povo, um povo que não se calará perante a corrupção, que exigirá a verdade mesmo quando ela doer, e que fará da justiça o pilar dos próximos 50 anos de soberania nacional.

05/11/2025

Recebi mais de 300 reações numa das minhas publicações na última semana! Agradeço a todos o vosso apoio! 🎉

MANIFESTO: A VERGONHA NACIONAL E A SUBVERSÃO DA JUSTIÇA!  A “Jovens Força de Mudança” não tem por tradição intervir em m...
05/11/2025

MANIFESTO: A VERGONHA NACIONAL E A SUBVERSÃO DA JUSTIÇA!



A “Jovens Força de Mudança” não tem por tradição intervir em matérias de natureza jurídica ou penal. Reconhecemos os limites da nossa formação, e respeitamos o campo técnico do Direito. Mas o Direito, antes de ser uma ciência, é um instrumento de justiça social e quando esse instrumento é pe******do e usado como arma política, o silêncio deixa de ser prudência e passa a ser cumplicidade.
Hoje, sentimo-nos moralmente obrigados a romper esse silêncio.
O caso do Deputado Nacional Amadeu Oliveira constitui uma das mais graves afrontas ao Estado de Direito Democrático desde a independência de Cabo Verde. Trata-se de um episódio que expõe, com brutal clareza, o colapso ético e institucional da justiça cabo-verdiana, e a sua submissão ao poder político.

Amadeu Oliveira foi preso ilegalmente, violando frontalmente os princípios mais elementares do e do , ambos consagrados na Constituição da República de Cabo Verde. O artigo 27.º garante que “ninguém pode ser privado da liberdade senão nos casos e segundo as formas previstos na lei”; o artigo 32.º assegura o direito à defesa e à presunção de inocência; e o artigo 72.º protege a imunidade parlamentar, precisamente para evitar perseguições políticas contra representantes do povo.

Ora, no caso de Amadeu Oliveira, todos esses direitos foram pisoteados com arrogância e impunidade. O deputado foi detido quando ainda detinha imunidade, sem autorização da Assembleia Nacional. Foi mantido em prisão preventiva prolongada, sem decisão judicial fundamentada em tempo útil. Foi-lhe negado o acesso adequado à defesa técnica, e as garantias constitucionais que deveriam proteger qualquer cidadão foram simplesmente ignoradas.
Mais grave ainda, após a prisão já consumada e amplamente criticada por juristas independentes e observadores a Assembleia Nacional da República decidiu, numa manobra política vergonhosa, retirar-lhe a imunidade , tentando revestir de legalidade um ato que já nascia ilegal. Tal decisão constitui uma violação explícita do princípio da separação de poderes e uma usurpação do poder judicial pelo poder político, corroendo o equilíbrio institucional que sustenta qualquer democracia moderna.

O processo contra Amadeu Oliveira é, portanto, nulo de pleno direito, não apenas por vício formal, mas por violar garantias materiais e estruturais da Constituição. A detenção e condenação de um parlamentar sem observância da imunidade é, em si, um ato de arbítrio, e representa uma ruptura com o princípio da legalidade penal, segundo o qual não há crime nem pena sem lei anterior que o defina.
A justiça cabo-verdiana, ao agir desta forma, transformou-se em instrumento de perseguição e intimidação política. Deixou de ser o poder neutro e imparcial que a Constituição concebeu e tornou-se refém da conveniência política e da obediência institucional.
A detenção de Amadeu Oliveira é, pois, um atentado à democracia, uma demonstração de que o Estado de Direito em Cabo Verde foi corrompido, e de que os princípios que deveriam proteger o cidadão se tornaram armas nas mãos do poder.
Esta não é apenas uma injustiça contra um homem; é uma injustiça contra a própria República.
É a negação da ideia de justiça como valor fundante da ordem democrática.
Por isso, como jovens conscientes e livres, declaramos:
1 - Nenhuma democracia pode sobreviver quando a justiça é seletiva.
2 - Nenhum povo é livre quando os seus representantes são presos por dizer a verdade.
3 - Nenhum Estado é legítimo quando a lei serve o poder, e não o cidadão.

O caso Amadeu Oliveira permanecerá como ferida aberta na história judicial de Cabo Verde, um aviso sombrio de como a legalidade pode ser manipulada para legitimar o abuso.
Nós, Jovens Força de Mudança, exigimos a reabilitação da verdade, a responsabilização institucional dos autores desta vergonha nacional e a refundação moral do sistema judicial cabo-verdiano.
● Porque sem justiça, não há liberdade; sem liberdade, não há democracia; e sem democracia, Cabo Verde não tem futuro.
A juventude não calará. A juventude resistirá.
Assinado:

Jovens Força de Mudança – Cabo Verde
Praia, novembro de 2025

CABO VERDE: UM PAÍS CADA VEZ MAIS DESIGUAL, INJUSTO E DESUMANO!Cabo Verde está a transformar-se, a olhos vistos, num paí...
04/11/2025

CABO VERDE: UM PAÍS CADA VEZ MAIS DESIGUAL, INJUSTO E DESUMANO!

Cabo Verde está a transformar-se, a olhos vistos, num país onde a desigualdade já não é uma consequência: é um projeto. Um país onde o Estado serve cada vez menos o povo e cada vez mais os interesses particulares de quem domina o poder político e económico.
Hoje, a riqueza está concentrada em poucas mãos, uma minoria que vive entre privilégios e impunidades, enquanto a maioria luta diariamente pelo pão, por abrigo e pela dignidade. O discurso oficial fala de progresso, mas o que o povo sente é fome, desemprego, precariedade e abandono.



● Concentração indecente da riqueza em grupos próximos do poder;
● Negação sistemática do acesso a serviços básicos como saúde, educação, habitação, transporte e segurança;
● Desemprego real mascarado por estatísticas manipuladas;
● Pobreza extrema em pleno século XXI;
● Salários de fome que insultam a Constituição;
● Relações laborais precárias e desumanas;
● Hospitais sem condições, profissionais sobrecarregados e doentes esquecidos;
● Escolas degradadas, professores desmotivados e jovens sem futuro;
● Famílias inteiras sem teto digno;
● Justiça social transformada em miragem.



Em Cabo Verde, o Estado perdeu a alma. Tornou-se uma máquina de propaganda, um palco onde se encena a democracia enquanto se governa com autoritarismo disfarçado. Fala-se de desenvolvimento, mas o desenvolvimento que aí está serve apenas aos que já têm tudo, políticos de carreira, empresários protegidos, diretores nomeados por compadrio, todos ligados pelo fio invisível da conveniência e do silêncio.
A corrupção é tratada com normalidade, o nepotismo virou cultura, e a impunidade é a regra de ouro. A cada escândalo, o povo ouve a mesma ladainha: “vamos apurar”, “abriremos um inquérito”, “a justiça fará o seu trabalho”. Mas nunca faz. Em Cabo Verde, quem tem poder não é julgado; quem é pobre, é punido até pelo erro de nascer pobre.



A maior tragédia cabo-verdiana não é apenas a pobreza e sim a mentira. É o cinismo com que os poderosos olham para o povo e dizem que tudo vai bem. É a manipulação constante dos meios de comunicação, é o uso da propaganda para anestesiar consciências e fazer crer que vivemos numa democracia plena.
a). Mas de que serve uma democracia onde o povo vota e continua escravo?

b). De que serve uma Constituição se ela não protege o cidadão comum?

d). De que servem as leis, se só se aplicam aos fracos e nunca aos poderosos?

A verdade nua e crua é esta: Cabo Verde é governado por uma elite que se serve do Estado, não serve o Estado; que se alimenta do povo, mas não o alimenta; que fala em nome da justiça, mas vive da injustiça.

: um Perigo Silencioso

O povo está cansado, Desiludido, Desmoralizado, e os Políticos Sabem Disso.
Sabem que quanto mais o povo desacredita, mais fácil é dominá-lo.
É por isso que as elites têm interesse na apatia, querem um povo resignado, descrente, incapaz de reagir. Querem um povo que só se recorda da política no dia da eleição, que troca o voto por promessas vazias e continua na mesma pobreza que o mata lentamente.
Mas um povo que perde a esperança é um povo em risco de extinção moral.



Cabo Verde precisa acordar e depressa.
● Porque não há democracia verdadeira onde há fome, injustiça e desigualdade;
● Porque não há liberdade quando o medo cala;
● Porque não há justiça quando o poder é refúgio de criminosos de colarinho branco;

- É tempo de o povo recuperar o seu país;
- É tempo de romper o silêncio;
- É tempo de fazer da indignação uma força de mudança;

Jovens Força de Mudança
Por um Cabo Verde Justo, Digno e Verdadeiramente Livre.

04/11/2025
A PRIORIDADE DE CABO VERDE DEVERIA SER O BEM-ESTAR DO NOSSO POVO!As privatizações e as empresas privadas não vão resolve...
03/11/2025

A PRIORIDADE DE CABO VERDE DEVERIA SER O BEM-ESTAR DO NOSSO POVO!

As privatizações e as empresas privadas não vão resolver o nosso problema de desemprego, de baixos salários, de pobreza, muito menos o da miséria como se quer fazer crer.
O discurso da “eficiência do setor privado” tem servido apenas de cortina para encobrir um dos maiores crimes económicos do nosso tempo: a transferência sistemática do património público para mãos privadas.
Durante décadas, tem-se seguido o mesmo guião: sucateiam deliberadamente as empresas públicas, criam a ideia de que “o Estado é Mau Gestor” e, em seguida, vendem ativos estratégicos a preços simbólicos, quase sempre por menos de 14% do seu valor real, a empresas e indivíduos próximos do poder.
Chamam-lhe “Reforma Económica”, mas o nome verdadeiro é roubo institucionalizado.



As consequências estão à vista: desemprego crescente, precariedade laboral, desmonte das conquistas sociais e erosão da dignidade dos trabalhadores.
Sob a bandeira da modernização, o que se impôs foi um modelo que concentra a riqueza e empobrece o país, promovendo uma elite que vive à custa da exploração de todos.
Cabo Verde é hoje um país rico em potencial, mas empobrecido por um sistema que serve poucos e abandona muitos.
Se a solução estivesse no dinheiro externo, já teríamos resolvido os nossos problemas. Entraram milhares de milhões de escudos em ajudas e doações ao longo de 50 anos, e ainda assim, mais da metade da população continua a lutar pela sobrevivência.
A verdade é dura, mas simples: o problema de Cabo Verde não é falta de recursos, é falta de vontade, de competência e de integridade.
Um país que perdeu mais do que recebeu
As perdas acumuladas na exploração dos nossos recursos marinhos são estarrecedoras.
Se os cálculos forem corretos, só em pesca Cabo Verde perdeu cinco vezes o valor do Plano Marshall, o mesmo plano que reconstruiu a Europa depois da guerra.
Como é possível que um país com tal riqueza natural continue refém da pobreza?
Porque o verdadeiro problema chama-se
.

Durante meio século, falámos de progresso, mas fugimos do compromisso com ele.
Perdemos tempo, talentos e oportunidades, enquanto o país se afunda num modelo económico que já provou não funcionar.



É tempo de mudar de rumo.
Propomos a criação de uma Aliança Nacional Contra a Fome, a Pobreza e a Miséria, que una governo, sociedade civil, movimentos juvenis e comunidades em torno de uma causa comum: o bem-estar do povo cabo-verdiano.
A pandemia da Covid-19 mostrou de forma brutal a fragilidade social do país e a ausência de mecanismos de proteção.
Por isso, o movimento Jovens Força de Mudança defende a declaração de uma Emergência Social Nacional, acompanhada da criação de um Fundo Nacional de Combate à Fome e à Pobreza, financiado com parte das receitas das pescas (9,5 milhões de escudos anuais nos primeiros 10 anos), com previsão de aumento progressivo.
Esta não é uma proposta simbólica. É um ato de soberania e de justiça social.

As Perguntas que Cabo Verde Precisa Encarar

• Quando é que o país tomará o controlo real dos seus recursos marinhos?

• Quando teremos uma verdadeira reforma agrária, que devolva à terra o seu povo e ao povo a sua dignidade?

• Quando começaremos a combater, de forma séria e transparente, a corrupção que mina as instituições e rouba o futuro da Nação?



Cabo Verde não precisa de mais promessas.
Precisa de líderes comprometidos com a verdade e com o povo.
O verdadeiro desenvolvimento não se mede em discursos, mas em vidas transformadas.
A prioridade nacional tem de ser a dignidade humana, não o lucro privado.
Porque nenhuma Nação é livre enquanto o seu povo vive de migalhas e nenhum governo é digno enquanto o seu povo vive sem esperança.

SALÁRIO DIGNO EM CABO VERDE: DA SOBREVIVÊNCIA À DIGNIDADE!Uma Proposta Para Transformar o Salário Mínimo em Instrumento ...
02/11/2025

SALÁRIO DIGNO EM CABO VERDE: DA SOBREVIVÊNCIA À DIGNIDADE!

Uma Proposta Para Transformar o Salário Mínimo em Instrumento de Justiça Económica e Coesão Social

Quando o mínimo já não basta para viver

Em Cabo Verde, trabalhar já não é sinónimo de viver com dignidade. O salário mínimo nacional, fixado atualmente em 17.000 escudos, foi criado como um escudo social uma barreira contra a pobreza. Contudo, há muito deixou de cumprir esse papel.
A inflação acumulada, o encarecimento da habitação, o aumento dos transportes e o peso crescente da alimentação tornaram o mínimo legal num valor que mal garante a sobrevivência.

Hoje, milhares de cabo-verdianos empregados formalmente continuam pobres. Trabalham, produzem, pagam impostos, mas não conseguem cobrir o custo mensal da sua “sesta básica” o conjunto de bens e serviços indispensáveis para viver com dignidade. É o retrato de uma economia que cresce, mas não redistribui; de um trabalho que sustenta o sistema, mas não sustenta quem o faz funcionar.



O Equador, sob a liderança de , foi pioneiro em enfrentar esse dilema com coragem política e rigor técnico.
Em 2008, introduziu o conceito de “Salário Digno”, definido com base no custo real da sesta básica familiar e no número médio de provedores por lar.
A lógica era simples, mas revolucionária: nenhum trabalhador deve receber menos do que o necessário para viver com dignidade.

A medida foi acompanhada de um mecanismo de compensação as empresas que não atingissem o valor do “Salário Digno” ao longo do ano eram obrigadas a ajustar a diferença até ao final do exercício.
O resultado surpreendeu: o país reduziu a pobreza laboral, aumentou o consumo interno e criou uma nova cultura de responsabilidade social empresarial, sem comprometer a estabilidade macroeconómica.



Cabo Verde possui as condições institucionais e a maturidade económica necessárias para adotar um modelo semelhante, adaptado à sua realidade.
Propõe-se a criação de um Salário Digno Nacional (SDN), calculado e atualizado anualmente com base em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e validado pelo Governo.

A aplicação Poderia Seguir um Modelo Progressivo e Transparente:

● Cálculo da Sesta Básica Nacional: o INE apura anualmente o custo médio mensal de alimentação, habitação, energia, transporte, saúde e educação;

● Fixação do Salário Digno Nacional: determinado com base nesse custo e no número médio de provedores por família;

● Publicação Oficial: o valor do SDN é divulgado até 31 de janeiro de cada ano;

● Compensação Anual: as empresas que não atingirem o SDN durante o ano compensam os trabalhadores até 31 de março do ano seguinte;

● Incentivos e Fiscalização: micro e pequenas empresas beneficiam de incentivos fiscais temporários; a inspeção laboral assegura a transparência e o cumprimento.

Num horizonte de cinco a sete anos, o salário mínimo evoluiria de forma gradual até convergir com o SDN, tornando o trabalho formal verdadeiramente suficiente para garantir uma vida digna.

Mais do que uma Medida Económica um Pacto Civilizacional

O salário digno não é apenas uma reforma técnica, é um ato de justiça social.
É reconhecer que o trabalho não pode ser visto como custo, mas como o núcleo da dignidade humana e o motor real do desenvolvimento.

Os Benefícios são Amplos e Tangíveis:

● Aumento do poder de compra interno, fortalecendo o comércio local e as pequenas economias insulares;

● Redução da pobreza laboral, permitindo que o emprego se torne instrumento de mobilidade social;

● Maior produtividade e formalização, pois empresas que valorizam o trabalhador atraem talento e comprometimento;

● Reforço da coesão social, elemento indispensável para a estabilidade política e o crescimento sustentável.

Ao contrário do que muitos temem, a experiência internacional mostra que salários mais justos não destroem economias fortalecem-nas.
O consumo cresce, o setor privado ganha dinamismo e o Estado arrecada mais receitas fiscais.
Trata-se, portanto, de um investimento na dignidade que se traduz em retorno económico e estabilidade social.



É natural que surjam resistências, sobretudo do setor privado, face a uma proposta que redefine a base salarial nacional.
Mas as grandes reformas exigem visão, coragem e compromisso ético.
Com políticas de transição equilibradas como incentivos fiscais, linhas de crédito específicas e programas de apoio técnico é possível garantir que a mudança seja sustentável e justa.

Cabo Verde já provou ser capaz de inovar em políticas públicas, desde a digitalização fiscal até à modernização administrativa.
Adotar o Salário Digno seria o próximo passo lógico: uma política de dignidade económica, capaz de unir produtividade, equidade e justiça social.

: O Valor da Dignidade

O desafio do Salário Digno não é apenas financeiro é moral.
A verdadeira medida do progresso de uma nação não está no crescimento do PIB, mas na sua capacidade de assegurar a cada cidadão um nível mínimo de segurança económica e respeito pela vida humana.

Um país que paga o suficiente para sobreviver ainda não é desenvolvido.
Um país que paga o suficiente para viver esse sim é um país que respeita o seu povo.

– Como funcionaria o Salário Digno Nacional (SDN)

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1. Cálculo da Sesta Básica - O INE apura anualmente o custo médio mensal de alimentação, habitação, energia, transporte, saúde e educação.

2. Fixação do SDN - Valor determinado com base na sesta básica e no número médio de provedores por família.

3. Publicação Oficial - O Governo divulga o SDN até 31 de janeiro de cada ano.

4. Compensação Anual - Empresas que não atingirem o SDN compensam os trabalhadores até 31 de março do ano seguinte.

5. Incentivos e Fiscalização - Pequenas empresas recebem apoio fiscal temporário; a inspeção laboral assegura transparência e cumprimento. |

01/11/2025

Por: João Serra Em Cabo Verde, fala-se muito de liderança, mas pratica-se pouco. O discurso sobre o mérito, a eficiência e a responsabilização tornou-se um exercício retórico que esconde uma realidade bem mais dura: a de um país onde os lugares de direção e chefia são, demasiadas vezes, ...

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