Jovens Força de Mudança

Jovens Força de Mudança Somos Jovens Ativistas Engajados Pela Redução Das Desigualdades Sociais!

Lutamos para Igualdade de Direitos, Pela destribuição equitativa dos recussos de Cabo Verde, (Ativismo Social)

15/06/2025

🏥🚨 URGENTE: HOSPITAL PSIQUIÁTRICO NO BARLAVENTO, SOBRETUDO EM SÃO VICENTE, JÁ! 🧠🆘

Estamos a assistir a uma emergência de saúde pública, social e humana no Barlavento — com São Vicente no centro desta crise!
📉 Pessoas com doenças mentais, muitas em estado de surto, a viver nas ruas, sem apoio, sem rumo, em sofrimento constante. 😢

Mas o drama é ainda maior:
💥 A miséria extrema está a alastrar, com bairros inteiros a viverem sem acesso a saúde, alimentação digna ou condições básicas de vida.
🍶 Ao lado disso, o consumo descontrolado de álcool e dr**as, especialmente o crack, está a destruir vidas dia após dia — provocando desorientação, agressividade, surtos, e levando muitos à marginalização total.

⚠️ Essas pessoas estão a ser transformadas em fantasmas urbanos — ignoradas, temidas ou usadas como bode expiatório.
Mas são vítimas de um sistema que falhou com elas.



⚠️ O QUE ESTAMOS A VER HOJE:

❌ Pessoas com distúrbios psiquiátricos completamente desassistidas
❌ Aumento de crimes violentos ligados a surtos e dependência química
❌ Famílias desesperadas, sem recursos para ajudar os seus
❌ Crianças a crescer em ambientes de medo, exclusão e abandono

🏥 E tudo isso com o único hospital psiquiátrico do país em Santiago — longe, sobrecarregado, e atualmente em obras.



📢 A RESPOSTA URGENTE:

👉 CONSTRUÇÃO IMEDIATA DE UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO NO BARLAVENTO, COM SEDE EM SÃO VICENTE!

📍 São Vicente tem:
• A maior concentração populacional do Barlavento
• A localização mais estratégica para servir a região
• Os casos mais graves e mais visíveis a céu aberto



🚨 ISTO É UMA QUESTÃO DE VIDA OU MORTE!

🔴 Já ocorreram assassinatos evitáveis provocados por surtos sem acompanhamento.
🔴 A criminalidade e a insegurança crescem onde há abandono.
🔴 A dignidade humana está a ser enterrada debaixo de silêncio, pobreza e crack.



💪 A SOCIEDADE CIVIL TEM DE AGIR:

✔️ Exigir do Governo a construção do hospital
✔️ Apoiar centros de reabilitação para álcool e dr**as
✔️ Reivindicar mais psicólogos, psiquiatras e apoio social
✔️ Mobilizar abaixo-assinados, ações públicas e redes sociais



📣 Basta de desculpas! Basta de invisibilidade!

💬 “O silêncio institucional é cúmplice da tragédia.”
🧠 “Sem saúde mental, não há segurança. Nem justiça. Nem humanidade.”



📌 SÃO VICENTE MERECE RESPEITO!
📌 O BARLAVENTO ESTÁ EM COLAPSO!
📌 O TEMPO DE ESPERAR JÁ ACABOU!

🧠💥🔥

QUERER FICAR E TER QUE PARTIR: A NOVA DIÁSPORA E O ESTADO QUE ABANDONA OS SEUS! Entre a memória da seca e a modernidade ...
08/06/2025

QUERER FICAR E TER QUE PARTIR: A NOVA DIÁSPORA E O ESTADO QUE ABANDONA OS SEUS!

Entre a memória da seca e a modernidade que não cumpre, Cabo Verde volta a expulsar os seus filhos. Mas desta vez, não pela fome — pela ausência de horizontes. A nova diáspora jovem é uma denúncia silenciosa do fracasso de um Estado que se diz democrático, mas governa como se o povo fosse um obstáculo.

Um ciclo que se repete com rostos diferentes
Na primeira metade do século XX, os cabo-verdianos partiram por necessidade vital. A terra secava, o milho não nascia, a água era um luxo e a vida, uma resistência. A literatura Claridosa traduziu esse grito mudo em palavras eternas. , ao deixar a ilha, deixava também a inocência, o pertencimento, o chão que o formara.
Hoje, quase cem anos depois, o jovem cabo-verdiano continua a partir. Não mais por fome, mas por asfixia. Uma fome nova, que corrói por dentro: fome de dignidade, de justiça, de reconhecimento, de oportunidades verdadeiras. A partida permanece forçada — apenas mudaram os motivos e os meios. Trocaram-se os barcos pelos aviões, as cartas pelas mensagens de WhatsApp e Messenger. Mas o sentimento é o mesmo: ficar é morrer aos poucos.

: o que mudou… e o que não mudou
• Ontem, o colonizador fechava as portas à esperança.
• Hoje, é o próprio Estado livre que fecha as portas aos seus filhos, enquanto abre janelas a interesses externos e elites protegidas.
• Ontem, os cabo-verdianos partiam com a cabeça baixa e o olhar esperançoso.
• Hoje, partem de cabeça erguida, mas com o coração revoltado. Sabem que o país poderia oferecer mais — mas escolhe não o fazer.
• Ontem, era a miséria física.
• Hoje, é a miséria moral e institucional: a corrupção normalizada, a impunidade seletiva, a precariedade como política de juventude.

— e continua a falhar!

Os números confirmam: a juventude cabo-verdiana está a partir em massa. E não é por acaso. É consequência direta de anos de governação centrada na autopreservação das elites, com políticas superficiais, assistencialistas e descoladas da realidade.
Enquanto se gasta em campanhas, fóruns e estratégias de “branding institucional”, a juventude vive entre o desemprego, o desalento e a ansiedade de quem sabe que não é visto nem ouvido.
Os programas para jovens são planos de PowerPoint que morrem nas gavetas. As políticas de retenção de talento são peças de teatro mal encenadas. O mérito não é critério. O mérito é ameaça.
E quem governa sabe disso. Mas o silêncio oficial não é ignorância — é indiferença.
Partir tornou-se protesto
Cada jovem que parte é um voto de desconfiança na democracia que construímos. É um ato de protesto sem bandeira. Não se grita nas ruas, não se parte vidro — parte-se do país.
Emigrar, hoje, não é mais apenas um ato de sobrevivência — é uma recusa. Uma rejeição da mentira institucional. Uma fuga da humilhação de saber que se é capaz, mas que nunca se terá lugar.

?

Será Cabo Verde um país para ser visitado… ou vivido?
Será o nosso maior ativo a juventude… ou apenas mais um slogan?
Será que governamos para as próximas gerações… ou para os próximos ciclos eleitorais?
Enquanto isso não for enfrentado com seriedade e coragem, continuaremos a construir aeroportos cheios de despedidas, e praças vazias de futuro.

: O GRITO SILENCIOSO DE UMA JUVENTUDE TRAÍDA

A nova geração lê o mundo, domina tecnologias, pensa criticamente. Não aceita mais migalhas, nem a chantagem emocional de “Amar a Pátria”. Amar é construir. Amar é incluir. Amar é cuidar. E o Estado, hoje, não cuida. Abandona.
Se a geração da Claridade lutava por existir, a geração de hoje luta por permanecer. E está a perder. Estamos a perder.
Ou reformamos de raiz a nossa forma de governar, distribuir, ouvir e incluir — ou perderemos o mais precioso que temos: os nossos filhos.

Nota dos autores: Este artigo é uma análise crítica da realidade social cabo-verdiana, fundamentada na memória histórica, na literatura nacional e na experiência vivida por milhares de jovens.

Jovens Força de Mudança

ENTRE A ROÇA E O AEROPORTO: A FUGA QUE NUNCA ACABOU!Um País Que Empurra os Seus Para Fora, Não Governa — Administra o Ab...
07/06/2025

ENTRE A ROÇA E O AEROPORTO: A FUGA QUE NUNCA ACABOU!

Um País Que Empurra os Seus Para Fora, Não Governa — Administra o Abandono.

A história de Cabo Verde, tantas vezes celebrada pela sua “resiliência”, esconde nas entrelinhas uma realidade crua: somos um povo historicamente forçado a partir. Ontem, com contratos para as roças de São Tomé. Hoje, com passaportes em mão para aeroportos rumo à Europa e à América.
A migração, em Cabo Verde, deixou de ser exceção. Tornou-se sistema. Tornou-se política não assumida.

No século XX, milhares de cabo-verdianos partiram para São Tomé e Príncipe sob contratos coloniais que os transformavam em mão de obra barata nas plantações de cacau. Partiam por fome, por desespero, por falta de alternativa.
A expressão “santa praça” não escondia o que era: uma condenação social disfarçada de contrato legal. Trabalhavam sob vigilância, viviam sem liberdade, e carregavam nas costas o silêncio cúmplice do Estado colonial.

Hoje, passadas décadas e sob um regime democrático, voltamos a viver um ciclo trágico.
Mais de 60% dos cabo-verdianos pensam em emigrar. Entre os jovens, esse número ultrapassa os 75%. Não porque querem aventuras no estrangeiro. Mas porque sentem que ficar é ser condenado à estagnação, à humilhação ou ao esquecimento.

: A Continuidade da Exclusão

A migração atual é, em teoria, voluntária. Mas em sociologia, aprendemos que a liberdade sem opções não é liberdade — é coação disfarçada.
O jovem cabo-verdiano, tal como o contratado de outrora, parte não porque deseja, mas porque foi ensinado que só fora de Cabo Verde há horizonte.
O aeroporto tornou-se símbolo nacional. Lugar de despedidas, lágrimas, esperança e exílio. Tudo ao mesmo tempo.



Enquanto isso, o atual governo multiplica promessas, fóruns e discursos sobre juventude, inovação e “retorno da diáspora”. Mas o que realmente entrega?

● Escolas degradadas,
● Bairros periféricos esquecidos,
● Juventude sem acesso à terra, ao crédito, à habitação,
● Projetos piloto que nunca se tornam políticas públicas reais.

É uma gestão de ilusão. Uma governação que se contenta em alimentar relatórios para doadores internacionais enquanto a juventude abandona o país em busca de dignidade.

E mais grave: criou-se uma retórica oficial que romantiza a diáspora, como se emigrar fosse um sinal de sucesso nacional. Não é. É o maior atestado de fracasso do Estado.
Quando o país mais exporta juventude do que cultura, ciência ou tecnologia, está a desmoronar por dentro — mesmo que as estatísticas escondam.

: Tornou-se Coragem

Num país verdadeiramente democrático, a juventude é prioridade de Estado, não uma estatística eleitoral. Mas em Cabo Verde, os jovens são tratados como um grupo de risco: risco político, risco de protesto, risco de questionamento.
Não se criam políticas para a juventude — cria-se contenção.

O resultado é visível: famílias desfeitas, comunidades despovoadas, interior abandonado, talento desperdiçado. A cada partida, perde-se um agricultor, um engenheiro, um artista, um técnico, um sonhador. E com eles, vai-se também o futuro do país.

: A Urgência de um Novo Pacto Social

A migração cabo-verdiana, passada e presente, não é uma escolha livre — é um diagnóstico social.
É preciso encarar com seriedade: enquanto a única alternativa de vida digna for a fuga, Cabo Verde será um território de fuga, não de futuro.
Não bastam palavras. O país exige uma reconstrução profunda da justiça social, da soberania económica e da dignidade das comunidades.

. Estamos a perder a esperança.
E isso já não é uma questão migratória — é uma questão de sobrevivência nacional.

06/06/2025
06/06/2025

Em resposta à proibição dos Estados Unidos ao Chade, o Governo do Chade impôs a proibição da entrada de todos os cidadãos dos EUA no Chade.

Diplomaticamente isto pode ser explicado como; Façam-me eu vos faço.

MANIFESTO DE REPÚDIO AO DECRETO-LEI Nº 15/2025: SUBMISSÃO AOS INTERESSES EURO-AMERICANOS E AMEAÇA À SOBERANIA NACIONALNó...
06/06/2025

MANIFESTO DE REPÚDIO AO DECRETO-LEI Nº 15/2025: SUBMISSÃO AOS INTERESSES EURO-AMERICANOS E AMEAÇA À SOBERANIA NACIONAL

Nós, cidadãos conscientes e comprometidos com a Independência e a Autonomia de Cabo Verde, expressamos, de forma clara e firme, o nosso repúdio absoluto à aprovação do Decreto-Lei nº 15/2025, que estabelece regras para a entrada de aviões de Estado, navios de guerra e forças militares estrangeiras no nosso território. Este decreto, aprovado sem o devido debate público e sem considerar as aspirações do povo cabo-verdiano, não é apenas um atentado à soberania nacional, mas também uma submissão direta aos interesses euro-americanos.

1. : Interesses Euro-Americanos em Primeiro Lugar

O Decreto-Lei nº 15/2025, ao permitir a entrada e a permanência de **forças militares estrangeiras no nosso território, reflete claramente uma agenda externa e neocolonial, que coloca Cabo Verde como um peão nas disputas geopolíticas entre potências euro-americanas. Em vez de preservar a nossa autossuficiência e independência, o governo de Cabo Verde está submetendo-se aos interesses de potências estrangeiras, especialmente as europeias e norte-americanas, que visam garantir controle estratégico sobre a região, em nome das suas próprias agendas políticas e económicas.

A aprovação deste decreto não é mais do que uma forma de subordinação ao poderio militar e político euro-americano. Estamos a abrir as portas para um domínio externo, permitindo que forças estrangeiras operem no nosso território sem restrições, violando a nossa autonomia política e colocando-nos numa posição vulnerável diante de pressões internacionais que não têm relação com as reais necessidades do povo cabo-verdiano.

2. : Cabo Verde não é um Campo de Batalha

Cabo Verde sempre foi um símbolo de paz e estabilidade numa região marcada por tensões e conflitos. A entrada de forças militares estrangeiras, como navios de guerra e aeronaves de combate, além de expor o nosso país a riscos de conflitos externos, pode também instigar a violência interna e gerar divisões sociais e políticas. A história recente tem demonstrado que intervenções militares externas, especialmente quando motivadas por interesses de potências estrangeiras, resultam em instabilidade e destruição de países que, como Cabo Verde, eram, antes de tudo, pacíficos.

Ao permitir a instalação de forças militares estrangeiras, Cabo Verde corre o risco de ser arrastado para conflitos externos, sem que haja qualquer benefício para nossa população, nem mesmo em termos de segurança. O país pode se tornar um campo de te**es para a agenda bélica de potências estrangeiras, comprometendo nossa neutralidade e segurança nacional.

3. : Em vez de Investir no Bem-Estar do Povo, Abre-se para a Exploração Externa

Em vez de investir em soluções para os desafios internos que enfrentamos — como a desigualdade social, falta de infraestrutura, e problemas no setor da saúde e educação — o governo de Cabo Verde decide abrir espaço para atividades militares que não trazem retorno algum para o povo. Essa medida ignora as necessidades urgentes da nossa população e prioriza os interesses de potências externas em detrimento das políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida dos cabo-verdianos.

O governo de Cabo Verde, ao permitir esse tipo de intervenção, está desviando recursos e atenção de áreas prioritárias e permitindo que potências estrangeiras decidam por nós o rumo de nossa segurança e desenvolvimento. Estamos abrindo mão de nossa capacidade de tomar decisões políticas de forma soberana, ao aceitar que interesses externos, muitas vezes estranhos à nossa realidade, ditem nossas regras.

4.

Uma das consequências diretas dessa medida é a perda de controle sobre os nossos próprios recursos naturais. Ao permitir que forças militares estrangeiras se instalem em nosso território, corre-se o risco de que nossos recursos pesqueiros, minerais e áreas costeiras sejam explorados sem que haja qualquer benefício para o povo de Cabo Verde. A exploração desenfreada por empresas e potências estrangeiras, sem a devida supervisão local, pode resultar em danos ambientais irreversíveis, sem qualquer contrapartida para a economia nacional.

Cabo Verde, ao submeter-se aos interesses de potências externas, corre o risco de se tornar uma colônia moderna, onde suas riquezas são saqueadas e sua capacidade de decidir seu destino econômico é enfraquecida. O país perde sua autonomia, tornando-se refém dos interesses econômicos e estratégicos de grandes potências.

5.

O Decreto-Lei nº 15/2025 não é apenas uma abertura para a presença militar estrangeira; é uma dependência estratégica que compromete a independência de Cabo Verde. Ao se submeter às exigências de potências estrangeiras, Cabo Verde abre as portas para um controle externo, onde nossas decisões internas serão moldadas pelos interesses de quem exerce o poder político e militar em nosso território.

A entrada de forças estrangeiras e a construção de bases militares em Cabo Verde não representam proteção, mas sim uma submissão a interesses euro-americanos. Estamos deixando de ser um país soberano para nos tornar mais uma peça em um tabuleiro de xadrez geopolítico que não tem como objetivo o bem-estar da nossa população, mas sim a preservação de interesses externos.

6. Nº 15/2025

Exigimos a revogação imediata do Decreto-Lei nº 15/2025 e um debate nacional genuíno e transparente sobre o futuro da segurança e defesa em Cabo Verde. A soberania de nosso país não pode ser negociada. A segurança de nosso povo deve ser decidida internamente, sem a imposição de pressões externas que busquem controlar nossas decisões políticas, econômicas e militares.

● Cabo Verde não pode ser submisso aos interesses euro-americanos. Nossa soberania é inegociável!

● Dizemos NÃO à imposição de uma agenda externa que fragiliza nossa independência!

● Sim à paz, à soberania, à autonomia e ao futuro sustentável de Cabo Verde!
● Cidadãos Unidos em Defesa da Soberania Nacional

.

A FARSA DA DEMOCRACIA EM CABO VERDE: Exclusão, Injustiça e Desigualdade! Em Cabo Verde, o discurso sobre democracia é pr...
05/06/2025

A FARSA DA DEMOCRACIA EM CABO VERDE: Exclusão, Injustiça e Desigualdade!

Em Cabo Verde, o discurso sobre democracia é proferido em todos os cantos, mas, na prática, essa democracia se revela uma farsa. Aquele conceito de liberdade, justiça e igualdade de direitos que deveria ser universal, está restrito a uma elite que, dia após dia, perpetua um sistema de exclusão e privilégio. A democracia em Cabo Verde não é para todos, é para poucos. A maioria da população continua à margem, sem acesso a direitos básicos e fundamentais, e longe de um verdadeiro exercício de cidadania.

É fundamental entender que democracia não é apenas um termo usado em discursos políticos; ela deve ser um princípio estruturante da sociedade, acessível a todos os cidadãos, sem exceção. Não podemos continuar a afirmar que somos uma democracia quando, na realidade, o Estado e as suas instituições estão distantes da grande maioria da população. Uma democracia real exige que todos os cidadãos tenham acesso à justiça, à liberdade, à dignidade e aos direitos garantidos pela constituição de qualquer país democrático. Quando esses direitos são negados, estamos, na verdade, diante de uma falsa democracia, que serve apenas aos interesses de uma minoria privilegiada.

A dignidade humana, a verdadeira base para a liberdade e a justiça, continua a ser um privilégio de poucos em Cabo Verde. Sem dignidade, não há liberdade. A liberdade verdadeira não se resume à simples ausência de restrições ou à possibilidade de votar em eleições que, muitas vezes, não refletem as reais necessidades do povo. A liberdade, como um direito fundamental, só pode ser alcançada quando se garante a igualdade de oportunidades em áreas essenciais como saúde, educação, emprego e segurança.

Sem justiça, não há dignidade. E a falta de justiça em Cabo Verde se reflete no sistema de distribuição de recursos, na educação pública falida, no acesso limitado à saúde de qualidade e na perpetuação da pobreza. A grande maioria da população cabo-verdiana não tem acesso à dignidade e, consequentemente, à liberdade, pois não pode exercer os seus direitos de forma plena, sem obstáculos e sem a constante luta contra a marginalização social e económica.

Se a democracia não é para todos, então, não podemos mais falar de um regime democrático. O que temos é uma estrutura que se esconde atrás da retórica democrática para manter um status quo que favorece uma minoria que continua a g***r de privilégios enquanto a maioria se vê cada vez mais à margem da sociedade. Não podemos continuar a permitir que a democracia seja usada como um mecanismo de manipulação para manter o poder concentrado nas mãos de poucos, em detrimento da liberdade e dignidade de muitos.

O país precisa de uma transformação radical, que vá além das palavras vazias e das promessas políticas. A verdadeira democracia é aquela que assegura igualdade de direitos e oportunidades a todos os seus cidadãos, sem discriminação, sem privilégios, sem classes. Para que isso aconteça, é preciso repensar e reformular profundamente as políticas públicas, garantindo que a justiça social seja uma realidade para todos. E, acima de tudo, que a democracia, em Cabo Verde, não seja apenas um conceito vazio, mas um direito que se concretize no cotidiano de cada cidadão.

Assim, o desafio é claro: ou abraçamos uma verdadeira democracia que sirva a todos, ou continuamos a perpetuar a exclusão e a desigualdade em nome de um regime que, na prática, só beneficia uma minoria. O que se exige não é apenas a mudança de discurso, mas a transformação da realidade social e política do país. Até lá, a democracia, tal como a entendemos, continuará a ser uma miragem para a maioria dos cabo-verdianos.

Texto de Jovens Força de Mudança

Endereço

Terra Branca
Praia

Website

Notificações

Seja o primeiro a receber as novidades e deixe-nos enviar-lhe um email quando Jovens Força de Mudança publica notícias e promoções. O seu endereço de email não será utilizado para qualquer outro propósito, e pode cancelar a subscrição a qualquer momento.

Compartilhar