25/02/2025
Roupa, para mim, nunca foi apenas sobre vestir. Eu arquiteturo meus looks. Cada escolha tem um motivo, um encaixe, um diálogo com o todo. Esse look é exatamente sobre isso: camadas, contraste e estrutura, com uma releitura das roupas tradicionais japonesas, reinterpretadas no meu próprio estilo.
O obi, ou melhor, a faixa que amarrei na cintura, não está ali apenas como um detalhe estético. Ela amarra a narrativa, conectando as referências japonesas à minha própria interpretação do que é vestir-se de forma consciente e expressiva. Ele quebra a rigidez da alfaiataria, trazendo uma fluidez inesperada ao look.
O casaco abóbora entra como o grande ponto de cor, adicionando profundidade e calor ao conjunto. É um contraste que não grita, mas também não se apaga. Os tênis trazem a quebra proposital: o utilitário encontra o sofisticado, e o conforto se insere sem esforço na construção.
E então vem a bolsa. Minha versão de um furoshiki – uma adaptação minha, que respeita a estética tradicional sem abrir mão da estrutura e da funcionalidade que eu gosto. Peguei uma bolsa estruturada e a envolvi no lenço, criando uma fusão entre o artesanal e o contemporâneo.
Se eu fosse definir meu estilo, diria que ele transita entre o contemporâneo, experimental e narrativo. Eu não sigo regras rígidas, mas também não visto apenas pelo vestir. Cada peça conversa com a outra, cada textura acrescenta camadas à história que eu quero contar. E, para mim, a moda sempre foi isso – um meio de expressão arquitetado com precisão, mas com espaço para a experimentação.
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