30/07/2025
Os livros falam 📚
👉Os momentos do passado que a historiografia escolhe para a sua análise e os silêncios que pesam sobre outros momentos são, em grande medida, tão significativos como a elaboração de um discurso ideologicamente marcado. A historiografia é feita por pessoas com ideologia e contextos que forçam a determinadas escolhas. Não existe a historiografia neutral.
✍️Elabora-se na procura duma explicação ou justificação para o presente e, mesmo, para o futuro.
🔸Nos países sem estado, a tónica geral é o silêncio ou, no melhor dos casos, a história costuma estar submetida à interpretação doutros, moldada ao discurso oficial. O caso galego é paradigmático de uma historiografia submetida a um projeto alheio que nos nega. Os silêncios interesseiros, as meias-verdades e as mentiras no relato, desarticulado, da nossa história vêm de longe, como a leitora poderá ver neste livro.
Eis o motivo de mais uma entrega de historiografia, com uma análise e centrada no nosso contexto histórico, útil para rever o que fomos e somos.
✏️ AUTORIA
Henrique Egea Lapina (1963). Licenciado em Filologia Clássica pola Universidade de Compostela, foi professor de Língua em Ponte Vedra durante mais de 30 anos. Interessado desde a juventude na história da Galiza, especialmente a medieval, dedicou boa parte do seu tempo ao estudo das fontes e, como consequência, apercebeu-se de várias incongruências no relato oficial. Resultante deste labor, além de diversas colaborações na revista digital Terra e Tempo, publicou, em parceria, 40 datas que fizeram a História da Galiza (Através, 2019) e Todas mortas e (quase) esquecidas (Através, 2020), e, em solitário, Remover Roma por Santiago (Igalhis, 2022).
A maioria de nós acredita que a historiografia nasça da análise do passado, baseada nos dados disponíveis. Mas a historiografia, e nomeadamente a destinada à...