08/05/2025
PJ DESMANTELA REDE DE TRÁFICO DE PESSOAS E PRENDE SETE SUSPEITOS ESTRANGEIROS LIGADOS À REDE
A Polícia Judiciária (PJ) desencadeou, ontem, uma "mega" operação em vários bairros da cidade de Bissau, visando desmantelar uma estrutura criminosa "altamente" organizada, liderada por cidadãos estrangeiros, dedicada ao tráfico de pessoas e auxílio emigração ilegal.
Informações partilhadas na página oficial de Facebook da PJ referem que durante a operação, os agentes conseguiram resgatar mais de cem vítimas estrangeiras, provenientes de diversos países da sub-região, maioritariamente da Costa do Marfim e do Mali.
As vítimas, segundo a mesma fonte, eram mantidas em condições desumanas em várias residências dispersas pela cidade, onde eram submetidas a situação de penúria e abuso.
"Investigações revelaram que a rede criminosa utilizava vídeos partilhados nas redes sociais, simulando indivíduos a bordo de navios de carga com destino à Europa, partindo do Porto de Bissau, para atrair e enganar as vítimas. Além disso, os criminosos faziam-lhes crer que, após sua chegada a Guiné-Bissau, seriam colocados a bordo de embarcações clandestinas rumo a Portugal", lê-se da mesma publicação.
A PJ escreve ainda que cada candidato à emigração ilegal pagava uma soma que rondava um milhão de FCFA, valor que alimentava o esquema criminoso.
Sabe-se ainda que "uma vez em Bissau, as vítimas eram agrupadas em residências com mais de 60 pessoas, onde aguardavam meses a fio por uma oportunidade de embarque clandestino. Posteriormente, eram transferidas de residências para diferentes bairros, dificultando a ação das autoridades e prolongando o sofrimento das vítimas".
A PJ garante, no entanto, que a operação permitiu também a apreensão de documentos, materiais e equipamentos utilizados na organização do esquema, além de deter 7 suspeitos estrangeiros ligados à rede.
A PJ reafirma o seu compromisso na luta contra o tráfico de pessoas e o auxílio à imigração ilegal, reforçando a necessidade de cooperação internacional e a denúncia de atos suspeitos pela população.
Rádio Sol Mansi / Polícia Judiciária da Guiné-Bissau
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