17/05/2025
ENTRE A HONRA E A TRAIÇÃO: A Escolha que Define os Verdadeiros Patriotas da Guiné-Bissau
Num momento crucial da vida política nacional, o Bureau Político do PAIGC deu ao país uma lição exemplar de coerência, dignidade e profundo respeito pelos princípios estatutários que regem os grandes partidos democráticos. Ao recusar corajosamente alinhar-se com manobras obscuras contra o seu líder legítimo, Domingos Simões Pereira — ausente do país por razões de força maior —, os dirigentes do PAIGC demonstraram que ainda existem em Bissau homens e mulheres dispostos a defender a ética, a lealdade e a soberania da vontade coletiva, mesmo quando confrontados com tentações e pressões aliciantes do poder.
Este gesto de maturidade e coragem política não passou despercebido. Muito pelo contrário: foi um claríssimo desmascaramento público de um ex-Presidente da República, que, num exercício tardio de reflexão, parece agora confrontar-se com os erros graves que cometeu ao tentar subverter, instrumentalizar e controlar as estruturas partidárias do país em benefício de um projeto pessoal falhado.
O povo guineense assistiu, sem surpresa, à tentativa de golpe político conduzido por um grupo movido não por princípios, mas por interesses pessoais, ambições desmedidas e — o que é mais grave — por uma lógica de captura do Estado. Estes mesmos atores, que outrora fingiam defender a moral e a justiça contra Braima Camará e o MADEM-G15, demonstraram agora que a sua luta nunca foi pelos valores republicanos, mas sim por lugares, contratos, prebendas e impunidade.
Hoje, os guineenses sabem quem é quem. De um lado, estão os que permanecem fiéis ao país, ao partido, aos estatutos, à história e à luta por um Estado digno e soberano. Do outro, estão os que se venderam por um punhado de promessas, os que se deixaram seduzir pelo cheiro do poder e pela lógica do "toma-lá-dá-cá", contribuindo assim para a degradação institucional, a humilhação pública das nossas instituições e o afundamento moral da vida política nacional.
O caso do PRS, onde também um punhado de dirigentes optou por seguir a mesma linha de submissão cega e desprovida de visão patriótica, reforça o retrato sombrio de uma elite política divorciada das aspirações do povo.
A história não perdoará. E o povo, cada vez mais vigilante, começa a distinguir com nitidez os que colocam o país acima de si próprios, e os que colocam os seus interesses acima da pátria.
É tempo de restaurar a honra. É tempo de resgatar a política como missão nobre e não como oportunidade de enriquecimento. É tempo de estar do lado certo da história.