Tradition Intolerance Militia

Tradition Intolerance Militia ᛉ ℑ𝔫𝔱𝔢𝔯𝔳𝔦𝔢𝔴𝔰, ℜ𝔢𝔳𝔦𝔢𝔴𝔰 𝔞𝔫𝔡 𝔄𝔯𝔱𝔦𝔠𝔩𝔢𝔰 𝔬𝔣 𝔇𝔢𝔞𝔱𝔥 ᛟ

Entrevista: Abhorrence (Brazil)Português/EnglishEvocamos a abominação através das palavras de Rangel Arroyo, mente criat...
12/12/2025

Entrevista: Abhorrence (Brazil)
Português/English

Evocamos a abominação através das palavras de Rangel Arroyo, mente criativa da banda brasileira Abhorrence.
Para todos os fãs de death metal old-school, esta banda (infelizmente extinta) é imperdível!

1-Rangel, bem-vindo ao nosso Bunker. É um grande prazer entrevistá-lo.
Antes de voltarmos no tempo, gostaria de perguntar se você está trabalhando em um novo projeto musical.

RA: Desde que encerrarei as atividades com o ABHORRENCE em 2009, eu fiz participações em albums do Impiety, Hellish God e mais recentemente Wargrinder. Além desses não tenho trabalhado em nenhum projeto ou participação musical. Nos dias de hoje, apenas atualizando meu rig e tocando por hobby como de costume, isso é uma válvula de escape, mas sem compromissos.

2-Vamos falar sobre uma das melhores bandas de death metal, sem dúvida: Abhorrence.
Você se lembra do que te inspirou a criar essa criatura?

RA: Quando decidimos montar o ABHORRENCE, eu e o Fernando tínhamos diversas inspirações, desde as bandas mais antigas tipo Slayer, Kreator e S***m, assim como bandas mais tradicionais do estilo tipo Death, Morbid Angel e Deicide. Porém, fomos diretamente influenciados por Sepultura e Sarcófago daquela época principalmente. Na realidade a idéia basicamente era ter uma banda de Death Metal para tocar da forma mais agressiva possível.

3- Em 1997, a primeira blasfêmia foi forjada com uma demo muito sólida chamada Ascencion. Em 1998, foi relançada pela importante gravadora Wild Records.
Que memórias você tem daquela época?

RA: Foi uma época muito fértil, muitas bandas famosas surgindo, muito história sendo escrita, muitas obras sendo lançadas. Porém, na prática, foi uma época diícil, onde cada conquista tinha um significado maior, se comparado com os dias atuais. Tudo era feito na força de vontade, sem recursos de gravação e de divulgação. Então quando lançamos a demo e rapidamente obtivemos interesse da Wild Rags, ficamos muito empolgados pela oportunidade de divulgação daquele material fora do Brasil. Isso só já foi uma grande conquista para o ABHORRENCE com apenas uma demo de estréia no underground.

4-Com sua primeira demo, sua música era um death metal furioso, rápido e direto!
Como você chegou a esse estilo e quais foram suas principais inspirações?

RA: Como mencionado anteriormente, as inspirações e influências eram diversas, mas certamente Slayer em suma, sempre foi o ato principal. Entendo ser comum para uma estréia, com a primeira gravação, a banda ainda não ter estilo apropriado e asssim sofrer diversas influências no som. No caso do ABHORRENCE, aquele Death Metal mais rápido e furioso, veio mesmo da época que vivíamos, com a escalada dos blastbeats, buscando brutalidade incessante. Dessa forma fomos aprimorando nosso estilo a cada nova tentativa. Se você ouvir em sequencia cada um dos trabalhos, ao final sentirá a necessidade de ouvir mais e mais daquela brutalidade.

5- Evoking the Abomination (2000), na minha opinião, um marco do gênero. 28 minutos de blasfêmia e violência sonora.
Por que você não escreveu nada depois de um álbum desse calibre?

RA: Talvez não exista uma justificativa concreta, foram diversos percausos que a banda passou após o lançamentodo álbum que fragmentaram a nossa jornada. A banda passou por mudança na formação e até encontrarmos um membro a altura para poder se ajuntar a batalha, perdemos shows e oportunidades de tournês. Muitos não sabem dessa história, mas quando reformamos a line up, já estavamos ensaiando em preparação para tour com o Krabathor e Evil Incarnate na América do Norte, quando recebemos a notícia de cancelamento dos shows, devido aos ataques no 11 de Setembro 2001. Assim perdemos o embalo na campanha de divulgação do álbum Evoking no exterior entre 2001 e 2002. Em meio a tudo, a gravadora Evil Vengeance encerrou as atividades. Acabamnos por ficar sem contrato. A Listenable Records que detinha os direitos do álbum na Europa nos cobrava a gravação de um novo trabalho, mas nada concreto aconteceu. Foi quando gravamos o EP Shatterer Merciless em 2004 para mostrar que estávamos aqui, ativos e prontos para um novo acordo para um novo álbum. Após isso, fizemos diversos shows e então, novamente, passamos por baixa na formação. Decidimos tirar um tempo para reestruturação da banda, estudar técnicas e desenvolver melhor o próprio estilo. Foi assim que em 2008 chegamos ao split Two Brarbarian com Impiety pela Agonia Records. Esse trabalho representa a essencia do ABHORRENCE e a extremidade que traríamos para um segundo album carregado no calibre de Evoking, um próximo nível.

6-Na sua opinião, por que este álbum conseguiu resistir à erosão do tempo após 26 anos?

RA: Acho que o álbum carrega a aura, nele está contido uma dose cavalar das características extremas que um álbum de Death Metal essencialmente deve possuir. Vocais agressivos, riffs cortantes e pesados, tonelada de blastbeats, dive bombs e solos shred no estilo clássico. Visual ameaçador e a sonoridade violenta, eu acho que todos esses elementos somatizados fizeram do álbum uma experiência brutal e memorável em cada aspecto.

7- Entre as décadas de 1990 e 2000, o Brasil foi o berço de bandas excepcionais de death metal. Para citar algumas: Krisiun, Rebaelliun, Horned God, Be***al, Abhorrence, etc.
Hoje, parece que essa aura de violência e rebeldia está se dissipando.
Quais são as causas, na sua opinião?

RA: Acho que tudo é cíclico. Tudo acontece de tempos em tempos. A música de forma global não está passando por um momento criativo. Na atualidade, as coisas parecem soar automáticas, produções padronizadas e sonoridade sem feeling. Entendo que isso não é intencional, é algo inconciente que reflete o mundo que nos cerca. No Brasil, antes daquele período de 90´s a 2000, aconteceu dilema parecido, tudo estava engatilhado, haviam dezenas de bandas talentosas trabalhando no underground, até que a cena Death Metal estourou com a ascensão do Krisiun e então com as demais bandas como você citou. Então, certamente neste momento atual existem muitas bandas fazendo seus trabalhos firmes e contribuindo para o Detah Metal com a mesma força e honra de sempre. Realmente existe esse desafio, manter a chama e o legado de violencia sonora característica do Brasil acima de tudo. Certamente ainda veremos grandes bandas surgirem daqui.

8- Em 2009, você participou como guitarrista principal do devastador álbum do Impiety, Terroreign - Apocalyptic Armageddon Command!! Como foi essa experiência?

RA: Após o lançamento do split Two Brarbarians em 2008, Shyaithan me chamou para fazer parte da nova campanha do Impiety. Conversamos algumas idéias e então participei do álbum apenas com a criação e gravação dos solos. Também definimos mudar a afinação para o album soar mais pesado. Então Shyaiyhan me enviava as composições e eu trabalhava em cima das idéias de solos para cada faixa. Quando tudo ficou pronto, gravei aqui no Brasil e mandei os arquivos para ele mixar. Também juntos fizemos apresentações ao vivo no México com os irmãos Edgar e Oscar Gracia na formação. Foi uma expreriência muito loca. Uma honra. Honestamente considero Terroreign o álbum definitivo do Impiety.

9- Rangel, dando um salto ao passado, quais álbuns e guitarristas te guiaram para este universo amaldiçoado do metal?

RA: Sempre admirei trabalhos de duplas de guitarristas como K. K. Downing e Tipton, Kerry King e Hanneman, Chuck Schuldiner e Murphy, Trey Azagthoth e Brunelle, Brian e Eric Hoffman. Também sou admirador de nomes como Gene Palubicki, Eric Rutan, Phil Fasciana e Moises Kolesne para mim também são monstros do Death Metal. Tecnicamente, Malmsteen sempre foi o tipo de guitarra solo que eu gosto de estudar. Em termos de albuns, são incontáveis obras, mas principalmente Reign in Blood, Covenant, Exterminate, Legion, Black Force Domain e I.N.R.I. Quando eu me preparo para compor, são estes os álbuns que alimentam o meu espírito.

10- Nossa entrevista terminou. Obrigado pela oportunidade!
Encerre a entrevista com uma última mensagem!

RA: Obrigado pelo apoio de sempre. Agradeço pelo chamado e a participação. Prazer atender e voltar a falar sobre música extrema após tantos anos de retiro. Recentemente montei as páginas nas redes sociais para publicação de imagens, mercandise e divulgação de qualquer novidade que seja. A todos interessados sigam e confiram o conteúdo oficial. Fico exaltado pela quantidade de apoio que sempre recebi dos maníacos em Death Metal ao redor do mundo. Eles nunca cessam! Força e honra!! Um salve a todos!!!

English

We evoke abomination through the words of Rangel Arroyo, the creative mind behind the Brazilian band Abhorrence.
For all fans of old-school death metal, this (sadly defunct) band is a must-hear!

1- Rangel, welcome to our Bunker. It's a great pleasure to interview you.
Before we go back in time, I'd like to ask if you're working on a new musical project.

RA: Since I ended my activities with ABHORRENCE in 2009, I've participated in albums by Impiety, Hellish God, and more recently Wargrinder. Besides those, I haven't been working on any other musical projects or collaborations. Nowadays, I'm just updating my rig and playing as a hobby as usual; it's an escape, but without commitments.

2- Let's talk about one of the best death metal bands, without a doubt: Abhorrence.
Do you remember what inspired you to create this creature?

RA: When we decided to form ABHORRENCE, Fernando and I had several inspirations, from older bands like Slayer, Kreator, and S***m, as well as more traditional bands of the style like Death, Morbid Angel, and Deicide. However, we were directly influenced by Sepultura and Sarcófago from that era, mainly. In reality, the basic idea was to have a Death Metal band that played as aggressively as possible.

3- In 1997, the first blasphemy was forged with a very solid demo called Ascension. In 1998, it was re-released by the important label Wild Records. What memories do you have of that time?

RA: It was a very fertile time, many famous bands emerging, a lot of history being written, many works being released. However, in practice, it was a difficult time, where each achievement had a greater significance compared to today. Everything was done through sheer willpower, without recording or promotional resources. So when we released the demo and quickly gained interest from Wild Rags, we were very excited about the opportunity to promote that material outside of Brazil. That alone was a great achievement for ABHORRENCE with just a debut demo in the underground.

4- With your first demo, your music was furious, fast, and direct death metal! How did you arrive at this style and what were your main inspirations?

RA: As mentioned before, the inspirations and influences were diverse, but certainly Slayer, in short, was always the main act. I understand it's common for a debut, with the first recording, for the band not yet to have an appropriate style and thus suffer various influences on the sound. In the case of ABHORRENCE, that faster and more furious Death Metal really came from the time we were living in, with the rise of blastbeats, seeking relentless brutality. In this way, we refined our style with each new attempt. If you listen to each of the works in sequence, at the end you will feel the need to hear more and more of that brutality.

5- Evoking the Abomination (2000), in my opinion, a landmark of the genre. 28 minutes of blasphemy and sonic violence.
Why didn't you write anything after an album of that caliber?

RA: Perhaps there isn't a concrete justification; there were several setbacks the band went through after the album's release that fragmented our journey. The band went through lineup changes, and until we found a suitable member to join the battle, we lost shows and tour opportunities. Many don't know this story, but when we reformed the lineup, we were already rehearsing in preparation for a tour with Krabathor and Evil Incarnate in North America when we received the news of the shows' cancellation due to the attacks on September 11, 2001.
Thus, we lost momentum in the promotional campaign for the album Evoking abroad between 2001 and 2002. In the midst of all this, the Evil Vengeance label ceased operations. We ended up without a contract. Listenable Records, which held the rights to the album in Europe, pressured us to record a new work, but nothing concrete happened. That's when we recorded the EP Shatterer Merciless in 2004 to show that we were still active and ready for a new deal for a new album. After that, we played several shows and then, again, experienced a change in the lineup. We decided to take some time to restructure the band, study techniques, and further develop our own style. That's how, in 2008, we arrived at the split Two Barbarian with Impiety on Agonia Records. This work represents the essence of ABHORRENCE and the extreme level we would bring to a second album of the same caliber as Evoking, a next level.

6- In your opinion, why has this album managed to withstand the test of time after 26 years?

RA: I think the album carries an aura; it contains a massive dose of the extreme characteristics that a Death Metal album should essentially possess. Aggressive vocals, sharp and heavy riffs, tons of blastbeats, dive bombs, and classic-style shred solos. A menacing visual style and a violent sound—I think all these elements combined made the album a brutal and memorable experience in every aspect.

7- Between the 1990s and 2000s, Brazil was the birthplace of exceptional death metal bands. To name a few: Krisiun, Rebaelliun, Horned God, Be***al, Abhorrence, etc. Today, it seems that this aura of violence and rebellion is dissipating.
What are the causes, in your opinion?

RA: I think everything is cyclical. Everything happens from time to time. Music globally is not going through a creative moment. Currently, things seem to sound automatic, standardized productions and a sound without feeling. I understand that this is not intentional, it is something unconscious that reflects the world around us. In Brazil, before that period from the 90s to 2000, a similar dilemma occurred, everything was in motion, there were dozens of talented bands working in the underground, until the Death Metal scene exploded with the rise of Krisiun and then with the other bands as you mentioned. So, certainly at this current moment there are many bands doing their work firmly and contributing to Death Metal with the same strength and honor as always. There really is this challenge: to keep the flame and legacy of sonic violence characteristic of Brazil alive above all else. We will certainly still see great bands emerge from here.

8- In 2009, you participated as lead guitarist on Impiety's devastating album, Terroreign - Apocalyptic Armageddon Command!!
What was that experience like?

RA: After the release of the split Two Barbarians in 2008, Shyaithan called me to be part of Impiety's new campaign. We discussed some ideas and then I participated in the album only by creating and recording the solos. We also decided to change the tuning to make the album sound heavier. So Shyaithan would send me the compositions and I would work on the solo ideas for each track. When everything was ready, I recorded here in Brazil and sent the files to him to mix. We also did live performances together in Mexico with the brothers Edgar and Oscar Gracia in the lineup. It was a very crazy experience. An honor. I honestly consider Terroreign the definitive Impiety album.

9- Rangel, jumping into the past, which albums and guitarists guided you to this cursed universe of metal?

RA: I've always admired the work of guitar duos like K.K. Downing and Tipton, Kerry King and Hanneman, Chuck Schuldiner and Murphy, Trey Azagthoth and Brunelle, Brian and Eric Hoffman. I also admire names like Gene Palubicki, Eric Rutan, Phil Fasciana, and Moises Kolesne; for me, they are also monsters of Death Metal. Technically, Malmsteen has always been the type of guitar solo I like to study. In terms of albums, there are countless works, but mainly Reign in Blood, Covenant, Exterminate, Legion, Black Force Domain, and I.N.R.I. When I prepare to compose, these are the albums that feed my spirit.

10- Our interview has ended. Thank you for the opportunity!
End the interview with one last message!

RA: Thank you for your continued support. I appreciate the invitation and your participation. It's a pleasure to speak about extreme music again after so many years of retreat. I recently created the pages on social media to publish images, merchandise, and announce any news. Everyone interested can follow and check out the official content. I am overwhelmed by the amount of support I have always received from Death Metal maniacs around the world.
They never stop! Strength and honor!! A salute to all!!!

Entrevista: Abnue (Ecuador)Desde el corazón oscuro de Ecuador emerge una fuerza despiadada: Abnue. Su sonido fusiona la ...
07/12/2025

Entrevista: Abnue (Ecuador)

Desde el corazón oscuro de Ecuador emerge una fuerza despiadada: Abnue. Su sonido fusiona la ferocidad primigenia del death metal con la atmósfera cruda y blasfema del black metal.
En esta entrevista, Reino Mora (vocalista) nos adentra en su mundo, moldeado por la oscuridad, el misticismo y la filosofía.

1- Reino Mora, bienvenido a nuestro búnker.
Comencemos este viaje hablando del artista/persona, Reino Mora.

R: Reciban un cordial saludo de la División Abnue, te agradezco por el espacio.
Soy Bryan Moisés Reino Mora, Quiteño de 31 años aficionado al tabaco, el licor, la literatura y el metal extremo; mi premisa es hacer un sonido áspero, cavernoso y enfermo acompañado de mis ideas sobre la vida y poder expandir la palabra del Chacal sobre la tierra.

2- Eres el vocalista de Abnue, una fusión primigenia de Death/Black Metal. El peculiar nombre de la banda hace referencia al chacal, un depredador salvaje e implacable, venerado incluso como un dios en algunas culturas.
¿Qué elementos de este animal se entrelazan con tu personalidad y tu arte?

R: En el chacal siempre vi algo más que un carroñero nocturno. Es un sobreviviente nato, astuto, silencioso, pero letal cuando debe serlo, Esa dualidad es la que se entrelaza conmigo y con lo que hago en Abnue. En el escenario muestro ese lado salvaje, primigenio, casi ritual… una voz que ruge desde las entrañas, como si invocara a un dios antiguo.
Fuera del ruido, soy más calculador, más observador, como el chacal que mide cada paso antes de atacar. Esa mezcla de instinto y conciencia es la esencia de mi arte: ferocidad con intención, oscuridad con propósito.

3- Abnue es una mezcla de Death/Black Metal con sonidos que rozan el abismo.
¿Cómo definirías la identidad de la banda?

R: Guerra, Fuego y Sangre.
Un panzer avanzando en suelo enemigo, llevando su estandarte entre cadáveres putrefactos.
Un ruido enfermo, ensordecedor, pero con un mensaje real detrás. No caemos en el cliché absurdo; nosotros tocamos temas históricos, filosóficos, y escupimos nuestra visión sobre esta mentira llamada vida.
Más que intentar dar un mensaje, exponemos lo que llevamos dentro… y si eso le agrada a la gente, perfecto. Y si no, también.

4- La discografía de la banda consta de dos demos, un EP y varios splits.
Su trayectoria comenzó en 2021 con su primer lanzamiento: Promocional MMXXI.
De cara al futuro, ¿están trabajando en un álbum de larga duración y qué podemos esperar?

R: Tenemos planes para el 2026, pactamos con el sello colombiano Iron Goat Comando una compilación de nuestro trabajo del año pasado; se prevé que esté lista para el primer trimestre de 2026. Llevará como título "IN NOMINE SCIACALIS (Compilación MMXXIV)”, la cual constará de seis temas que abarcan el sencillo y el split cuatro vías, más un bonus de cuatro temas, dos temas inéditos y dos nuevas versiones de temas de nuestro primer EP.
También estamos trabajando en nuestro primer álbum, titulado "TRADITIO. SANGUINIS. MORS", cuyo proceso de grabación está planificado para el mes de marzo.
Será un trabajo cargado de devoción al Black Death Metal, con letras que abarcan algunos temas históricos y filosóficos, en la misma línea que venimos trabajando desde nuestros inicios.

5- Me parecieron muy interesantes las ilustraciones de las siguientes obras: Mors Vincint Omnia (2022), 322 (2024) y Peregrinatio Animarium Purgatorii IV.XII.MMXXIV (2024).
¿Por qué elegiste estas pinturas en concreto y qué significado tiene para ti el arte vinculado a tu música?

R: El arte de la carátula del EP "Mors Vincint Omnia" es obra del artista ecuatoriano Vladimir Orbe; representa la Virgen de Legarda siendo atacada por Chacales. El trasfondo de la obra es el mostrar algo característico de San Francisco de Quito, la ciudad que nos vio nacer; siendo devorada por cinco chacales hambrientos, desgarrando a la virgen, asesinándola en su trono, saciando su sed de sangre en lo alto de la ciudad.
El arte de la compilación "322" es una obra de Louis Loeb, titulada "Demóstenes ante el concilio de Atenas".
Utilizamos este arte y ese nombre en honor a Demóstenes, el gran orador ateniense, quien falleció el 12 de octubre de 322 a. C.
Ya que con esta compilación se ponía fin a una era en la banda; aquello que denominamos ERA I, la finalización de un proceso de trabajo que duró siete años en el que se fundamentó la búsqueda de un sonido y de una identidad propia.
No fue solo un cambio de alineación o la retroalimentación sónica, fue también una reafirmación de ideas y del compromiso inquebrantable que tengo con Abnue.
Por último, la fotografía que se muestra en el sencillo "Peregrinatio Animarium Purgatorii IV.XII.MMXXIV", corresponde a una tumba que se encuentra en el cementerio general de Guayaquil, y hace referencia a un ángel inhalando "polvo blanco", que es uno de los placeres que más disfrutan los Chacales.

6- Hoy en día, crear una nueva catarsis sonora es una tarea ardua, dado que, a lo largo de los años (en lo que respecta al metal extremo), casi todo se ha dicho ya. Sin embargo, mantenerse fiel a las raíces y ser radical en ellas es sinónimo de libertad, sobre todo en una escena donde abunda la palabrería y escasea la sustancia.
¿Cuáles son, para ti, los elementos esenciales a la hora de dar forma a tu arte sonoro y conceptual?

R: Principalmente ser fiel a tus ideales tanto sónicos como ideológicos.
Buscar y explotar en los rincones de la mente para extraer el caos que yace dentro.

7- En cada uno de tus proyectos (que analizaremos en las próximas preguntas), exploras diversos conceptos relacionados con la filosofía, la mitología y el lado oscuro de la humanidad, a modo de narrativa cultural expresada a través de este «ruido infernal».
¿Qué reacción quieres provocar en el alma de quienes escuchan tu arte?

R: Honestamente no quiero provocar nada en la mente del escucha, tan solo quiero hacer un ruido enfermo y poder gritar todo aquello que da vueltas en mi cabeza.
Llevar ese ruido a todos los lugares que me sea posible, esa es la misión.
Comprendo que esa es una respuesta algo inmadura.
Pero si el escucha puede sentir lo que hacemos como una patada en la cara, eso está bien.

8- Hablemos del proyecto Black Metal Sigfrido. El nombre evoca la leyenda de Sigfrido y sus hazañas.
¿Qué nos puedes contar al respecto?

R: Sigfrido es un proyecto que nació en 2022; su formación nace de la necesidad de explorar otros sonidos, haciendo especial énfasis en el Black Metal Europeo de los 90.
Este año editamos en demo "Horus" bajo el sello Ad Mortem Prods. EC, también estamos trabajando en el primer álbum que llevará como título "Sigfrido".
En cuanto a la temática lírica, lo que te podría comentar es que está enfocada en algunos mitos europeos, odas a la muerte y al insipiente sin sentido de la vida; quizás eso es lo que lo diferencia de mis otros proyectos.

9- Para quienes conocen la historia de Sigfrido, su talón era su punto débil, debido a una hoja (para decirlo sin rodeos). En tu análisis, en un mundo constantemente al borde de la autodestrucción, ¿cuáles son los puntos débiles de la raza humana?

R: Yo diría que la esperanza y la expectativa son el peor punto débil que poseemos.
A lo largo de la historia la humanidad siempre buscamos explicarnos la razón de nuestra existencia, el "para qué estoy aquí", "de dónde vengo y a donde voy".
Ya sea a través de la Ciencia, la Biblia o el arte. Pero, a la final nada alcanza; una vez que te despojas de la fe, de los conceptos heredados, solo te queda el vacío.
Pero no el vacío trágico, metafórico y poético, sino el vacío como estado crudo de las cosas: estamos acá, no sabemos para qué, no sabemos por qué, no existe recompensa y castigo al final, tarde o temprano te mueres y ya, no pasa nada más.
Como diría el Sr. Miguel Hernández:
"Ante la vida, sereno,
y ante la muerte, mayor;
sí me matan, bueno:
sí vivo, mejor."

10- Hace unos días tuve el placer de entrevistar a Destructa (Sofía Palacios). En una de las preguntas, hablamos sobre el grupo de noise/black metal Empty Core. Sofía me dio su opinión sobre la banda.
¿Qué puedes añadir al respecto?

R: Para mí, Emptycore es parte fundamental de mi vida, al igual que Abnue y Sigfrido.
Lo veo como una extensión de mis ideas; por ejemplo, la canción " Ex Nihilo Nihil Fit" inicialmente fue compuesta para Abnue, pero no se terminó usando en aquel entonces.
En 2024 volví a escribir algo que continuaba con la misma idea; principalmente era compuesto para Emptycore, pero esta vez se terminó utilizando en Abnue. El tema lleva por título " Ex Nihilo Nihil Fit parte II", de una u otra manera los tres proyectos están entrelazados a través de las letras.
Son una amalgama de las cosas que tengo en mente.

11- Parafraseando una de tus canciones: Ex Nihilo Nihil Fit, (de la nada no surge nada).
Quisiera preguntarte, ¿cómo funciona el proceso creativo de tus diversos proyectos y de dónde sacas la inspiración para plasmar tus sentimientos?

R: Creo que principalmente la inspiración viene de la lectura y del vacío que experimento; es decir en medio del absurdo, busco algo en lo que me pueda entretener, y siempre aparece algo en las páginas de un viejo libro o al recorrer las calles del centro histórico.
Y bueno, también por el abuso de sustancias.

12- La escena underground sudamericana es pura energía, y a pesar de los recursos limitados, siempre hay una pasión férrea y un grito de guerra que nunca se apaga.
¿Cuáles son los retos y las oportunidades para una banda como la vuestra?

R: En Sudamérica el underground es una batalla diaria, y eso lo convierte en un terreno sagrado. Los retos son claros: falta de espacios, escasos recursos, equipos que a veces fallan más que aciertan, y un circuito que se sostiene casi a puro corazón. Pero justamente ahí nace la oportunidad: en la crudeza.
En Abnue vemos esa precariedad como un filtro natural; solo sobrevive quien realmente arde por esto. La pasión aquí es más feroz, más auténtica, sin maquillaje ni poses. Cada tocada es un ritual, cada público es una hermandad.
La oportunidad está en esa energía indomable: colaborar entre bandas, levantar escenas desde cero, crear nuestro propio sonido sin depender de nadie. En un continente donde todo es cuesta arriba, cada logro sabe a guerra ganada… y eso hace que la música resuene con más verdad

13- Helhest y yo creamos esta página y pronto publicaremos nuestro propio fanzine, con el objetivo de entrevistar y reseñar, sin filtros ni censura, a las bandas underground que admiramos y apoyamos.
Sin embargo, notamos una falta general de interés por la lectura; quizás porque hoy en día la gente está saturada de imágenes y vive en la superficialidad.
¿Qué opinas al respecto?

R: Creo que lo que ustedes hacen con Helhest es más necesario que nunca. Hoy la gente está sobrecargada de imágenes rápidas, de estímulos vacíos que duran segundos y se olvidan igual de rápido. La lectura exige algo que muchos ya no practican: detenerse, respirar, profundizar.
Pero justo ahí está el valor del fanzine; no busca agradar al algoritmo ni competir con la inmediatez; es resistencia pura. Es una trinchera contra la superficialidad.
El underground siempre se ha construido desde la contracultura, desde ir contra la corriente. Si la mayoría ya no lee, entonces quienes sí lo hacen se convierten en una élite de verdaderos devotos, los que de verdad sienten y entienden el espíritu de la escena.
Así que, para mí, publicar sin filtros ni censura no solo es un acto de amor por la música, sino un acto de insurrección; es decirle al mundo: ‘Aquí aún pensamos, aquí aún escuchamos de verdad, aquí aún importa el contenido, no la pose.

14. Preguntas y respuestas rápidas

- 5 libros de filosofía esenciales para ti...
1.- El Quijote
2.- La feria de los discretos de Pío Baroja
3.- Ibis de José María Vargas Villa
4.- Lobo Estepario de Herman Hesse
5.- La Biblia
(Si bien es cierto que no todos los libros citados son de filosofía, en su momento estos libros me marcaron.)

- Si fueras una criatura mitológica, ¿cómo te describirías?

Un ser invisible que habita en medio del gentío, que gusta del buen tabaco y el Whisky.
Un ser que no interviene, ni ayuda a nadie, simplemente está y nada más.

- Un cuadro y un álbum que representen tu personalidad.

El entierro de la sardina del maestro Francisco de Goya.

Y el álbum que a mi parecer es el estandarte del Black Death Metal Ecuatoriano
Sado Perverser Goat Insulter de Nihil Domination

15- Reino Mora, nuestra entrevista ha finalizado. Te deseamos lo mejor.
Para concluir, un último mensaje para la Legión Negra.

R: Nada más por agregar, una vez más te agradezco por el espacio y te deseo lo mejor para esta y futuras ediciones.
A B N U E
BE***AL Y CORROSIVO METAL NEGRO DE MVERTE
SALVE NYUJOS
SALVE METAL & HELL (H.M.F.C)

Vornag, is a Mexican black/death metal band that embodies dark and primal atmospheres channeled through savage black/dea...
02/12/2025

Vornag, is a Mexican black/death metal band that embodies dark and primal atmospheres channeled through savage black/death metal. A malignant embryo that is developing an interesting plot!
You'll find the link to the song in the comments...
Share and support!!

Vornag es una banda mexicana de black/death metal que encarna atmósferas oscuras y primitivas canalizadas a través del black/death metal salvaje. ¡Un embrión maligno que está desarrollando una trama interesante!
Encontrarás el enlace a la canción en los comentarios...
¡Comparte y apoya!

Indirizzo

Reggio Nell Emilia

Notifiche

Lasciando la tua email puoi essere il primo a sapere quando Tradition Intolerance Militia pubblica notizie e promozioni. Il tuo indirizzo email non verrà utilizzato per nessun altro scopo e potrai annullare l'iscrizione in qualsiasi momento.

Contatta L'azienda

Invia un messaggio a Tradition Intolerance Militia:

Condividi

Digitare