Hanif CRV -Media

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Hanif CRV -Media//Mahamad Hanif Mussa: notícias, computação gráfica, publicidade e ‘marketing’, baseado na Cidade da Beira, Moçambique. Hanif CRV -Media é seguimento do suspenso órgão de comunicação social moçambicano Jornal Magazine CRV, na Beira (ver aqui: https://www.facebook.com/CRVmagazine/).

Moz | Crítica Sinistralidade:SUSPENSÃO DA CITYLINK APÓS ACIDENTE NA MANHIÇA: DECISÃO NECESSÁRIA, MAS INSUFICIENTE?------...
10/12/2025

Moz | Crítica Sinistralidade:
SUSPENSÃO DA CITYLINK APÓS ACIDENTE NA MANHIÇA: DECISÃO NECESSÁRIA, MAS INSUFICIENTE?
------ >> Governo reage à tragédia que matou sete pessoas. Sociedade questiona se o problema está nos condutores ou no próprio sistema rodoviário
Beira, Moçambique, 10 de Dezembro de 2025 (Hanif CRV – Media | “Verdade pela Verdade”) – O acidente na Manhiça que resultou na morte de sete pessoas voltou a colocar em destaque a vulnerabilidade das estradas nacionais e a insuficiência das medidas de segurança. A suspensão da CityLink é uma resposta imediata, mas levanta questões sobre se o problema é apenas das empresas de transporte ou da própria infraestrutura rodoviária.

O Governo anunciou, no dia 10 de Dezembro, a suspensão imediata da actividade de transporte de passageiros da Transportes IDEAL, Lda (CityLink), depois do acidente ocorrido na Manhiça, província de Maputo, que provocou sete mortos e deixou um rasto de destruição. A decisão abrange também o motorista da viatura envolvida. A medida foi tomada com base no Código da Estrada e no Regulamento de Transporte em Veículos Automóveis, enquanto decorre uma peritagem para decisão final.

A interrupção surge na sequência da divulgação, nas redes sociais, de imagens captadas por câmaras de vigilância privada que mostram o autocarro a realizar uma ultrapassagem irregular em sentido contrário — num momento em que a via parecia não oferecer as mínimas condições para tal manobra. A colisão frontal com uma viatura de passageiros de menor porte foi inevitável. Sete vidas perderam-se em poucos segundos.

A frieza factual é conhecida. O que falta, porém, é a resposta para a pergunta maior que se repete a cada tragédia: "como evitar que isto continue a acontecer?

O VÍDEO QUE FECHA UMA DISCUSSÃO E ABRE OUTRA

As imagens viralizadas reduziram o espaço para dúvida quanto ao comportamento do condutor. Ainda assim, o Governo abriu uma comissão de inquérito, com prazo de quinze dias, para clarif**ar responsabilidades e recomendar medidas. Parte da opinião pública considerou o procedimento redundante, dada a evidência visual; outras vozes defendem que, mesmo com provas claras, é necessário processo formal para não comprometer decisões legais subsequentes.

A questão subjacente é maior do que o vídeo: será que o sistema está preparado para prevenir ou apenas para reagir depois da tragédia?

ENTRE A PUNIÇÃO E O IMPACTO SOCIAL

A suspensão da empresa teve reacção imediata, mas divide opiniões. Por um lado, protege o princípio de responsabilização no sector e sinaliza que a segurança rodoviária não pode ser negociável. Por outro, pode signif**ar paralisação de salários e instabilidade para famílias cuja renda depende da transportadora. É uma decisão dura — inevitável para muitos, insuficiente para outros.

A suspensão resolve o acidente que já ocorreu. Não impede o próximo.

UMA ESTRADA QUE NÃO ACOMPANHA O VOLUME DE VIDA QUE NELA CIRCULA

Num país onde longos troços da EN1 mantêm formato linear e estreito — e onde camiões lentos, autocarros lotados e viaturas ligeiras disputam o mesmo espaço — ultrapassagens forçadas tornam-se frequentes. Quando não há separação de faixas ou alternativas de fluxo, o erro humano transforma-se, facilmente, em tragédia colectiva.

Alguns analistas insistem que a raiz do problema não está apenas no motorista que falha, mas num modelo viário que não absorve o trânsito real. Expansão da EN1, separadores físicos, vias adicionais e zonas de ultrapassagem seguras seriam, segundo esta linha de pensamento, medidas estruturantes para reduzir o risco.

TECNOLOGIA, CONTROLO E RESPONSABILIZAÇÃO: O DEBATE REACENDE

A discussão pública reacendeu-se com força. Transportadores de mercadorias, que operam com sensores de fadiga, GPS, registos de velocidade e alertas automáticos, questionam por que razão empresas que transportam vidas — e não carga — continuam a circular com padrões inferiores de controlo.

Entre as sugestões defendidas no debate:

- instalação obrigatória de 'dashcams' internas e externas;
- monitorização centralizada em tempo real pelo INATRO e PRM;
- registo nacional unif**ado de condutores profissionais, impedindo que motoristas com histórico grave mudem de empresa sem rastreabilidade;
- travão electrónico que limite velocidade acima de determinado limiar;
- penalizações severas para entidades que ignorem manutenção ou lotação.

Mais do que tecnologia, o público questiona a "vontade institucional". Um sistema que existe mas não é fiscalizado funciona apenas no papel.

RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL? SIM. MAS A COLECTIVA PESA MAIS

Culpar o motorista é simples — e, neste caso, inevitável à luz do vídeo. Mas acidentes repetidos, com matrículas diferentes, apontam para uma responsabilidade mais ampla: Estado, operadores, fiscalização, manutenção de estradas, cultura de circulação, pressão comercial sobre horários e até o comportamento de passageiros, que muitas vezes silenciam perante práticas de risco.

O erro humano pode ser o gatilho. O ambiente que o permite é o pavio.

O PAÍS NÃO PODE ACOSTUMAR-SE A CONTAR VÍTIMAS

Hoje foi CityLink. Amanhã será outra chapa. O país acumula números que parecem estatística, mas são famílias destruídas, sonhos enterrados, vidas interrompidas na EN1. A suspensão pode ser correcta como gesto, mas será apenas simbólica se não for acompanhada de reforma estrutural.

A verdadeira pergunta não é quantos serão punidos. É quantos serão salvos. (🖋️ © 2025 | Hanif CRV – Media | Texto elaborado sob curadoria de Hanif CRV (nome legal: Mahamad Hanif M***a – MhM) | 📧 mhm.b.mz@gmail | 📱 +258 84/87 5728092 | 📷 Reprodução/Ilustração)

Foto&GrafiaBEIRA EMTRÊS CAMADAS------ >>  Há ângulos que salvam a memória — água do Chiveve, verde do mangal que sustent...
07/12/2025

Foto&Grafia
BEIRA EM
TRÊS CAMADAS
------ >> Há ângulos que salvam a memória — água do Chiveve, verde do mangal que sustenta, cimento da cidade que insiste em equilíbrio momentâneo. A Beira cabe aqui, mas só em parte. O resto, sente-se fora da moldura. (Hanif CRV)

Moz | Após “Building Bridges”:QUANDO O BARULHO NÃO ERA BARULHO------ >> M***i Menk, bilhetes pagos, polémica e o debate ...
06/12/2025

Moz | Após “Building Bridges”:
QUANDO O BARULHO NÃO ERA BARULHO
------ >> M***i Menk, bilhetes pagos, polémica e o debate maior: quem deve sustentar o conhecimento islâmico?
Beira, Moçambique, 6 de Dezembro de 2025 (Hanif CRV – Media | “Verdade pela Verdade”) – O evento "Building Bridges" (Construindo Pontes), promovido pela Associação Muçulmana de Empresários e Empreendedores Moçambicanos (AMEEM), passou, foi notícia, lotou a sala, uniu multidões e levou M***i Menk diante da mais alta figura parlamentar do país.

A polémica que o antecedeu — bilhetes pagos, cadeiras VIP, lugares diferenciados e receios de elitização do conhecimento islâmico — parecia coisa do passado, ultrapassada pelos aplausos.

Mas o debate não morreu. Apenas adormeceu.

E acaba de ser reaberto, com impacto surpreendente, por uma reflexão interna da própria comunidade — vinda de um teólogo moçambicano.

ANTES DAS PONTES, HOUVE BARULHO

A discussão foi intensa, quase emocional:

- “Pode-se pagar para ouvir o Qur’an?”,

- “O conhecimento pode ter bilheteira?”,

- “Não estaremos a transformar o Isslam num produto?”.

O evento aconteceu, funcionou, e mostrou competência organizacional rara em Moçambique. Mas a crítica que o antecedeu nunca teve resposta final. Até agora, talvez.

SURGE UMA NOVA PEÇA DO PUZZLE: A VOZ DO SHEIKH TACUANE

Agora, após o evento "Building Bridges" do M***i Menk, o "Espaço Islâmico" publicou hoje (6) uma reflexão do Sheikh Muhammad Tacuane — não sobre o evento em si, mas sobre a realidade por trás dele: a precariedade económica dos pregadores em Moçambique.

> “Os pregadores não são pobres porque a comunidade é pobre."

> "São pobres porque a comunidade perdeu a consciência do seu dever religioso."

> "Financia-se pedra e cimento, mas negligencia-se quem educa e preserva a fé."

> "Quem investe em mesquitas sem investir em quem nelas ensina, está a construir paredes vazias.”

Link de origem: "Espaço Islâmico" / Sheikh Muhammad Tacuane
(https://www.facebook.com/share/p/1K6yX4mqsB/)

Esta reflexão reabre a ferida e devolve a questão ao centro do debate: afinal… aquele barulho todo tinha fundamento?

O EVENTO PAGO ERA UM SINTOMA, NÃO O PROBLEMA

Se pregadores, estudiosos e centros islâmicos carecem de sustento digno, então grandes eventos exigem financiamento externo — e, por vezes, bilheteira. Não por luxo, mas por sobrevivência.

Se a comunidade não sustenta os seus próprios eruditos, eles f**am dependentes de empresários, de bilhetes, de patrocinadores e de favores. E quando a daʿwah depende de quem a financia, o conhecimento deixa de ser totalmente livre. A autonomia perde espaço, o discurso adapta-se ao conforto de quem paga, e a verdade f**a com voz mais curta.

O Sheikh Muhammad Tacuane resume esta preocupação: a dependência financeira obriga o pregador a medir as palavras, e quando isso acontece, a voz da verdade enfraquece.

O QUE O M***I MENK EXPÔS SEM DIZER

O evento lotado, o entusiasmo colectivo, a força institucional conquistada — tudo isso é real. Contudo, o ruído inicial não foi fantasia colectiva. Ele expôs um nervo vivo na comunidade muçulmana moçambicana.

Porque a questão nunca foi apenas o preço do bilhete. Foi — e continua a ser — quem paga o preço do conhecimento.

A polémica revelou tensões antigas sobre se o ensino religioso deve ser financiado como serviço, se a fé pode criar distinções sociais em função de bilhetes, se o conhecimento está a tornar-se privilégio económico e se os pregadores vivem da fé ou dos fiéis.

O texto do Sheikh acrescenta uma interpretação importante: talvez o problema não seja pagar; talvez o problema seja não existirem mecanismos sustentáveis para que não seja preciso pagar.

A PERGUNTA QUE AGORA PERTENCE À COMUNIDADE

Se o Isslam em Moçambique quer pregadores livres, independentes e firmes, então terá de decidir:

- Vai continuar a financiar eventos, mas não quem ensina?

- Vai construir mesquitas, mas não pagar quem guia nelas?

- Vai exigir conhecimento, mas ignorar quem o produz?

- Vai criticar bilhetes, mas nunca criar fundos permanentes para a daʿwah?

Uma ponte não se sustenta com entusiasmo. Sustenta-se com compromisso.

CONCLUSÃO

O ruído de M***i Menk foi sintoma. O texto do Sheikh Muhammad Tacuane pode ser diagnóstico. O futuro da daʿwah será o tratamento — se a comunidade assim o decidir.

O evento construiu palco. A reflexão constrói base. A comunidade — só ela — pode construir o resto. A ponte começou. Mas falta cimento. (🖋️ © 2025 | Hanif CRV – Media | Texto elaborado sob curadoria de Hanif CRV (nome legal: Mahamad Hanif M***a – MhM) | 📧 mhm.b.mz@gmail | 📱 +258 84/87 5728092 | 📷 Canva)

Moz | No Cenário Político:O NOVOACTOR ANAMOLA------ >>  Uma génese turbulenta: do grito popular ao registo oficial digit...
06/12/2025

Moz | No Cenário Político:
O NOVO
ACTOR ANAMOLA
------ >> Uma génese turbulenta: do grito popular ao registo oficial digital, da projecção juvenil (com concursos infantis) ao eco além-fronteiras
Beira, Moçambique, 6 de Dezembro de 2025 (Hanif CRV – Media | “Verdade pela Verdade”) — O partido ANAMOLA — resultante da transformação do movimento originalmente conhecido como ANAMALALA — emergiu em 2025 como uma força que capitalizou um descontentamento alargado. Venâncio Mondlane, rosto mais visível do processo, sustenta que a formação representa “o início formal da revolução moçambicana”.

CRESCIMENTO METEÓRICO: DO DIGITAL PARA A RUA

A adesão inicial deu-se sobretudo através de canais digitais, onde o partido obteve um volume expressivo de registos que rapidamente o posicionou como fenómeno novo no ecossistema político. A captação massiva de membros via formulário online tornou-se argumento visível para desafiar estruturas tradicionais.

O desafio, porém, nasce na etapa seguinte: converter cliques em presença territorial, e entusiasmo em militância real.

ESTRATÉGIA COMUNICACIONAL: INOVAÇÕES QUE PROVOCAM DEBATE

A ANAMOLA adoptou uma estratégia de marketing político contemporâneo, com campanhas de adesão agressivas, cartões de membro com preços promocionais — reduzidos de 400 meticais para 100 Meticais, e ainda uma modalidade conjunta inscrição + cartão por 200 Meticais, numa campanha pontual anunciada a 05 de Dezembro. Esta estratégia aproxima o partido de lógicas comerciais de captação, procurando transformar simpatia digital em filiação formal.

Entre as iniciativas confirmadas está também o concurso “A Voz Infantil do ANAMOLA 2025", dirigido a crianças entre 5 e 12 anos, com participação mediante inscrição do responsável e envio de vídeos verticais de até um minuto, onde o menor interpreta o hino do partido na posição oficial.

A competição terá fases de selecção pública, votação digital e atribuição de prémios escolares aos finalistas. Tal abordagem amplia o alcance geracional e introduz famílias no circuito político, mas simultaneamente levanta debates éticos sobre a participação de menores em campanhas partidárias.

PLATAFORMA POLÍTICA: PROMESSAS DE RUPTURA INSTITUCIONAL

A ANAMOLA apresenta um pacote de reformas que inclui:

- reconfiguração do sistema político, com maior protagonismo parlamentar
- criação de órgãos eleitorais independentes
- despartidarização das instituições do Estado

A retórica assenta na ruptura com o status quo: combate à corrupção, revisão das elites políticas e reposicionamento do cidadão como centro do poder. A capacidade de transformar discurso em estrutura é o verdadeiro teste histórico que se aproxima.

ECO INTERNACIONAL: DIÁSPORA, COBERTURA E ELOGIO

O fenómeno ultrapassou fronteiras. Comentários, crónicas e análises da diáspora têm interpretado a ascensão do movimento como parte de uma vaga continental de contestação.

Como escreveu Peter Ndiang’ui em The Diaspora Times Kenya (04.12.2025):

“Em Moçambique, em 2025, a ruptura chegou através de uma única palavra, intransigente — ANAMALALA: ‘basta’, ‘acaba aqui’".

Este tipo de leitura fortalece o capital simbólico do projecto, mas não substitui o escrutínio interno: fact-checking, crítica pública e exigência de responsabilidade política permanecem como eixos centrais para avaliar a solidez do partido no terreno.

DESAFIOS ESSENCIAIS: DO AUGE À MATURAÇÃO

Se não consolidar estrutura, estratégia e ética de governação, a ANAMOLA arrisca tornar-se fenómeno de ciclo curto — um clarão mobilizador sem continuidade institucional. O futuro dependerá menos da viralidade e mais de capacidade organizativa, quadros competentes e cultura democrática interna.

CONCLUSÃO

A ANAMOLA representa um sentimento acumulado de frustração colectiva e promete refundação política. A ascensão é visível, o entusiasmo é mensurável e o eco internacional existe — mas agora entra em cena o exame real: traduzir adesão em organização, e promessa em responsabilidade de governação.

O país observa. O tempo dirá. (🖋️ © 2025 | Hanif CRV – Media | Texto elaborado sob curadoria de Hanif CRV (nome legal: Mahamad Hanif M***a – MhM) | 📧 mhm.b.mz@gmail | 📱 +258 84/87 5728092 | 📷 Reprodução)

Moz | M***i Menk em Maputo:EVENTO “BUILDING BRIDGES”: DA CONSTRUÇÃO DO BARULHO À CONSTRUÇÃO DA PONTE------ >>  Um sucess...
30/11/2025

Moz | M***i Menk em Maputo:
EVENTO “BUILDING BRIDGES”: DA CONSTRUÇÃO DO BARULHO À CONSTRUÇÃO DA PONTE
------ >> Um sucesso unânime, coroando o esforço da AMEEM na realização de um encontro histórico em Maputo
Beira, Moçambique, 30 de Novembro de 2025 (Hanif CRV – Media | “Verdade pela Verdade”) – Quando tudo começou com ruído e polémicas sobre bilhetes pagos e acessos diferenciados, o evento anunciado sob o cartaz “BUILDING BRIDGES” — traduzido livremente como “Construindo Pontes” — promovido pela Associação Muçulmana de Empresários e Empreendedores Moçambicanos (AMEEM), já mostrava sinais de gerar expectativas, dentro e fora da comunidade muçulmana em Moçambique.

O slogan não era apenas um mote, mas uma promessa de união, diálogo e aprendizagem que se estenderia para além do espaço físico do encontro.

Antes de se erguer a ponte, ergueu-se o barulho. E foi muito.

A polémica que antecedeu o evento de M***i Menk tornou-se, por si só, um fenómeno mediático. A discussão sobre bilhetes pagos, lugares diferenciados, e sobretudo a suspeita de elitização comercial do conhecimento islâmico, criou uma tempestade que parecia destinada a comprometer o programa antes mesmo do seu início.

Entre as vozes que inflamaram o debate estava a de Mussá Mohamad Ibrahimo, que, em reflexões partilhadas na sua página, não poupou ironias nem desconfortos:

- “Grandes negócios de Quran e hadith! Isslam virou uma academia onde até quem não é muçulmano encontra nicho. Deixou de ser uma questão de fé faz tempo.”

- “Nunca ouvi que no masjid Cauçar há cadeira para este e tapete para aquele que pagou 200. Senta-se junto e em harmonia.”

- “O Isslam é ra***ta. Os indianos, paquistaneses e os dessa origem ditam as regras. É tabu dizer isto, mas todos sabem.”

- “Nós temos problemas reais. E continuamos a encher auditórios para bayans de show off…”

Estas críticas, duras e desconfortáveis, funcionaram como espelho. A comunidade viu-se reflectida num debate que, apesar de ruidoso, era real. E foi nesse ambiente de tensão que o evento teve de se construir.

O DIA EM QUE A PONTE SE ERGUEU

Apesar das pedras, areia e poeira lançadas, a ponte — improvável para muitos — acabou por se erguer. E ergueu-se com cerca de 3.000 pessoas, aplausos e euforia. Os bilhetes esgotaram “como final da Champions League”, diziam alguns. Outros comentavam: “Acredito que, nas próximas edições, não haverá reclamações sobre os valores cobrados.”

A recepção ao evento foi amplamente positiva, como mostram intervenções de participantes e notas elogiosas estampadas nas plataformas digitais, considerando o encontro um marco no país, destacando impacto religioso, comunitário e organizacional pouco comum em Moçambique.

As transmissões ao vivo levaram o evento a milhares. As plataformas ITV Televisão, Smart Bilal, Al-Hidayah Moçambique, Al-Furqan, Espaço Islâmico e Dawat-Naeem Gulamo asseguraram que Moçambique inteiro — e parte da diáspora — acompanhasse a palestra.

No local, as imagens falam por si: espaço amplo, limpo, esteticamente cuidado; palco simples mas funcional; duas grandes telas; bancas (feirantes) organizadas; e, como registámos, no salão, uma disposição de cadeiras que criava duas realidades: a frente com algum conforto e a retaguarda com cadeiras de plástico comuns. Não era luxo, mas também não era igualdade plena.

Com outra visão, o evento poderia ter sido ainda mais inclusivo — num pavilhão, com bilhetes simbólicos e capacidade triplicada — porém, a execução possível foi inegavelmente eficiente.

A PONTE SEGUNDO O PRÓPRIO M***I MENK

O centro do programa não foi o ruído, mas sim a mensagem.

M***i Menk veio a Moçambique com um discurso claro: construção de pontes.

- “A maior dádiva que temos é a paz, e a paz nasce de boa comunicação.”

- “Somos pessoas que ensinam a construir pontes. A unir-nos. A reparar o que está quebrado.”

- “Precisamos preservar a calma e o amor que há entre as pessoas.”

A palestra sublinhou valores que Moçambique vive de forma particularmente sensível: perdão, convivência, harmonia, responsabilidade social e capacidade de reparar laços rompidos.

A sua satisfação com o país foi evidente:

- “Moçambique é lindo. As pessoas são lindas. Quero voltar com mais tempo. Em breve, se Deus quiser.”

NOS BASTIDORES: SILÊNCIOS, ENCONTROS E AGENDAS

À margem do programa público, M***i Menk foi recebido pela Presidente da Assembleia da República, Margarida Adamugi Talapa. Junto de uma delegação com forte presença empresarial, religiosa e comunitária, discutiu-se o terrorismo em Nampula e a necessidade de reforçar a assistência humanitária.

A AMEEM, em conjunto com parceiros, já havia, antes deste encontro, procedido à entrega de dez toneladas de alimentos a famílias deslocadas de Memba, e mantém em curso uma campanha de angariação de recursos para apoio a estas comunidades.

A PAR foi clara: “É uma honra tê-lo cá. Iniciativas que promovam paz, diálogo e inclusão terão sempre portas abertas.”

O AGRADECIMENTO DA ORGANIZAÇÃO — E O QUE F**A NAS ENTRELINHAS

Após o evento, a AMEEM divulgou mensagens de agradecimento ao público e à equipa de media. Reconheceu falhas, pediu desculpas e elogiou o profissionalismo dos que trabalharam na transmissão e documentação do encontro. Sobretudo, reconheceu que o trabalho da media começa muito antes e termina muito depois.

Contudo, quando solicitámos uma entrevista formal à organização com quatro perguntas-chave para profissionalizar este artigo, não obtivemos respostas concretas. As questões enviadas foram as seguintes:

1. O evento traz como tema central “Building Bridges”. Na visão da organização, que pontes concretas se pretendeu construir com este encontro em Maputo — dentro e fora da comunidade muçulmana?

2. Quais foram os maiores desafios na preparação desta mega-feira e do programa com M***i Menk, e como foram superados?

3. O evento contou com uma forte rede de parceiros — logísticos, mediáticos e comunitários. Que papel tiveram estes parceiros na viabilização do projecto e que lições f**am para futuros eventos?

4. Há planos para transformar esta iniciativa num marco anual ou numa nova plataforma permanente de união e cooperação, seguindo o espírito de “construir pontes”?

A cortesia e a boa vontade foram reconhecidas, mas algumas questões f**aram sem resposta. Este silêncio também faz parte da história.

O QUE SOBRA DA PONTE QUE SE CONSTRUIU

No final, o evento “Building Bridges” construiu, sim, pontes. Mas também deixou fissuras à vista:

- Construiu uma ponte de adesão popular.
- Construiu uma ponte institucional com o Estado.
- Construiu uma ponte emocional com milhares de fiéis.

Mas não reparou as fissuras expostas no pré-evento — críticas sobre suposto comércio da fé, elitização, desigualdades internas e tensões raciais e culturais na comunidade islâmica moçambicana. Essas continuam lá.

Talvez seja precisamente esse o maior sinal de maturidade: um evento pode ser um sucesso absoluto e ainda assim ser apenas o início de um debate necessário.

CONCLUSÃO: ENTRE O BARULHO E A CONSTRUÇÃO DA PONTE

O evento de M***i Menk foi, simultaneamente:

- um sucesso logístico;
- um triunfo de mobilização;
- um gesto institucional forte;
- uma experiência espiritual enriquecedora;
- e um espelho incómodo para a própria comunidade.

A polémica que o antecedeu, longe de o destruir, apenas o contextualizou. A ponte construída não apaga o barulho inicial, mas mostra que, mesmo no meio da turbulência, a comunidade procurou — e encontrou — um ponto comum.

Este artigo, construído com independência e sem respostas oficiais, cumpre o papel que nos cabe: observar, contextualizar, analisar e registar. Porque pontes constroem-se também assim — com verdade, com memória e, inevitavelmente, com crítica. (🖋️ © 2025 | Hanif CRV – Media | Texto elaborado sob curadoria de Hanif CRV (nome legal: Mahamad Hanif M***a – MhM) | 📧 mhm.b.mz@gmail | 📱 +258 84/87 5728092 | 📷 Reprodução)

Mz | M***i Menk em Maputo:MAPUTOEM MODO DE PARTIDA------ >>  Programa oficial divulgado e apelo final para chegada antec...
28/11/2025

Mz | M***i Menk em Maputo:
MAPUTO
EM MODO DE PARTIDA
------ >> Programa oficial divulgado e apelo final para chegada antecipada
Beira, Moçambique, 28 de Novembro de 2025 (Hanif CRV – Media | “Verdade pela Verdade”) – Às vésperas do aguardado evento com M***i Menk, a Associação Muçulmana de Empresários e Empreendedores Moçambicanos voltou hoje a actualizar a sua comunicação, desta vez com a programação operacional completa para o encontro que poderá tornar este Sábado um dia histórico em Katembe.

Depois das primeiras informações sobre a mega-feira, da logística de transporte gratuito, da confirmação da transmissão em directo e da tradução em português, a organização entra agora na fase final: orientações práticas, apelos de ordem e recomendações para garantir um fluxo organizado num evento que promete grande afluência.

CHEGAR CEDO: O PRIMEIRO PEDIDO

O panfleto hoje divulgado abre com uma mensagem directa ao público: “Chegue cedo – participe desde o início!”
Segundo os organizadores, a chegada antecipada permite uma entrada serena, facilita o check-in e evita filas longas, garantindo que as famílias possam usufruir do ambiente preparado com conforto.

PARQUEAMENTO SEGURO E CHECK-IN RIGOROSO

O parqueamento contará com equipas no terreno para orientar a chegada.

Na entrada, o procedimento será feito por 'scan' do QR Code do bilhete — impresso ou no telemóvel — após o qual cada visitante receberá uma fita identif**ativa correspondente à sua zona.

A regra é clara: só entra quem possuir bilhete válido, o que inclui o acesso à feira.

FEIRA ABERTA DESDE AS 11H00

Mantém-se o amplo leque de opções já anunciado: gastronomia variada, artesanato, moda islâmica, literatura, expositores diversos, área infantil reforçada, stand médico e serviços públicos — desde registo de cartões SIM a BI’s, passaportes e cartas de condução.

A organização descreve o espaço como “um dia leve, agradável e proveitoso”.

ENTRADA NA SALA COBERTA: 13H45–14H45

Os lugares serão ocupados por ordem de chegada, dentro da zona marcada no bilhete.

O pedido para o público é insistente: evitar atrasos, porque a entrada depois das 14h45 poderá perturbar quem já estiver sentado — além de fazer o visitante perder parte da palestra.

PALESTRA PRINCIPAL: 15H00–16H30

A intervenção de M***i Menk terá tradução em português em formato de legenda nas telas.
Durante o discurso, a orientação é clara: movimentações apenas em caso de emergência.

ÁREAS DE SUALAT E VESTUÁRIO ADEQUADO

Os espaços de oração estarão separados para homens e mulheres, e a organização apela para vestuário modesto e apropriado ao ambiente religioso.

APÓS A PALESTRA: FEIRA SEGUE ATÉ ÀS 17H00

Mesmo após o encerramento da intervenção de M***i Menk, os expositores permanecem abertos por mais meia hora.

EM CASO DE CHUVA

A organização tranquiliza: tanto a sala da palestra como as áreas infantis e os espaços de sualats estão cobertos.

Com este comunicado final, os promotores fecham o ciclo de actualizações que começou há dias e que transformou o evento numa verdadeira operação comunitária de larga escala. A expectativa é elevada, e o público, segundo se percebe, está pronto para fazer de amanhã um marco na vida religiosa e social da comunidade muçulmana em Maputo. (🖋️ © 2025 | Hanif CRV – Media | Texto elaborado sob curadoria de Hanif CRV (nome legal: Mahamad Hanif M***a – MhM) | 📧 mhm.b.mz@gmail | 📱 +258 84/87 5728092)

Mz | Restrição Hídrica:BEIRA E DONDO ENFRENTAM FALHAS NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA------ >>  Avaria na conduta de Mutua afec...
27/11/2025

Mz | Restrição Hídrica:
BEIRA E DONDO ENFRENTAM FALHAS NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
------ >> Avaria na conduta de Mutua afecta as duas cidades; AdRC prevê normalização em 72 horas
Beira, Moçambique, 27 de Novembro de 2025 (Hanif CRV – Media | “Verdade pela Verdade”) – As cidades da Beira e do Dondo enfrentam desde ontem, 26 de Novembro, restrições no fornecimento de água, na sequência de uma avaria registada na conduta adutora de água tratada localizada em Mutua. A informação foi confirmada hoje pela AdRC – Águas da Região do Centro, SA, através de um comunicado oficial.

Segundo a empresa, a avaria ocorreu na tarde de Segunda-feira e obrigou a uma intervenção técnica imediata, que se prolongou pela madrugada desta Terça-feira. Apesar dos trabalhos já terem sido concluídos no terreno, a reposição dos níveis operacionais nos Centros Distribuidores continua em curso.

De acordo com a AdRC, a normalização do serviço está prevista para um prazo máximo de 72 horas, durante o qual os consumidores poderão continuar a sentir redução de pressão ou interrupções pontuais.

A empresa apela aos residentes das duas cidades para que façam reservas sempre que possível e adoptem um uso racional da água disponível até à estabilização do sistema.

No comunicado, a AdRC agradece a compreensão dos utilizadores e reafirma o seu compromisso com a melhoria contínua do serviço de abastecimento de água na região. (🖋️ © 2025 | Hanif CRV – Media | Texto elaborado sob curadoria de Hanif CRV (nome legal: Mahamad Hanif M***a – MhM) | 📧 mhm.b.mz@gmail | 📱 +258 84/87 5728092)

Mz | M***i Menk em Maputo:EVENTOENTRA NA FASE FINAL— Transporte grátis, tradução e transmissão ao vivoBeira, Moçambique,...
26/11/2025

Mz | M***i Menk em Maputo:
EVENTO
ENTRA NA FASE FINAL
— Transporte grátis, tradução e transmissão ao vivo
Beira, Moçambique, 26 de Novembro de 2025 (Hanif CRV – Media | “Verdade pela Verdade”) – Com o evento já a entrar na recta final, a organização divulgou hoje novas informações operacionais que ajudam a fechar o quadro completo do tão aguardado encontro com M***i Menk, marcado para este Sábado em Katemte.

Depois de confirmar a mega-feira com gastronomia, serviços públicos, entretenimento infantil e área de saúde, os organizadores avançam agora com três pontos centrais: transmissão em directo, tradução para português e transporte gratuito para o público.

TRANSMISSÃO E TRADUÇÃO

A palestra principal está marcada para 15h00–16h30, integrada no evento que decorrerá entre 11h00 e 17h00.

No recinto, os participantes terão acesso à tradução em português através de legendas em telas, solução preparada para garantir maior inclusão linguística.

Para os que não puderem deslocar-se a Katemte, a organização garantirá a transmissão integral do evento, com legendas em português, através dos seus canais oficiais. A emissão será acompanhada por uma rede de parceiros de divulgação, que inclui:

- ITV – televisão e plataformas digitais
- Smart Bilal – plataforma online
- Al-Hidayah Moçambique – redes sociais
- Al-Furqán – redes sociais
- Espaço Islâmico – jornal digital
- Dawat (Naeem Gulamo) – redes sociais
- Hanif CRV -Media – parceiro na imprensa escrita.

TRANSPORTE GRATUITO

Numa medida que pode aliviar o fluxo e facilitar o acesso, foi anunciado um serviço gratuito de transporte para Sábado, através do "Metrobus – by SIR Motores".

- Concentração: 11h15
- Partida: 11h30
- Regresso: 17h00
- Lotação: 48 lugares por autocarro
- Acesso: entrada mediante apresentação do bilhete e por ordem de chegada

- Pontos de partida e regresso:
• Mercado Central
• Masjid Bilal
• Masjid Taqwa
• Matola – Masjid Hamza

No local haverá ainda espaço próprio para sualats, tanto para homens como para mulheres.

Com estes anúncios, a organização amarra os últimos detalhes de um evento que promete movimentar Maputo dentro e fora da comunidade muçulmana, mantendo as expectativas em alta para Sábado.(🖋️ © 2025 | Hanif CRV – Media | Texto elaborado sob curadoria de Hanif CRV (nome legal: Mahamad Hanif M***a – MhM) | 📧 mhm.b.mz@gmail | 📱 +258 84/87 5728092)

Endereço

Rua Correia De Brito, Mercado Gorjão/Chaimite Mitemite
Beira

Telefone

+258845728092

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