26/10/2025                                                                            
                                    
                                                                            
                                            CTA saúda saída de Moçambique da Lista Cinzenta do GAFI como marco histórico para a credibilidade e economia nacional
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) considera a retirada oficial de Moçambique da Lista Cinzenta do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) um ganho histórico para a credibilidade financeira e reputacional do país, com impactos diretos na confiança dos investidores e na atratividade económica nacional.
Segundo a CTA, a decisão representa o reconhecimento internacional dos progressos alcançados no reforço dos mecanismos de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, consolidando a imagem de Moçambique como um parceiro financeiro confiável e transparente.
Reformas Estruturais e Credibilidade Internacional
Anunciada a 24 de outubro de 2025, em Paris, a decisão do GAFI encerra três anos de reformas estruturais (2022–2025) conduzidas pelo Governo moçambicano, em estreita colaboração com o setor privado, o Banco de Moçambique e parceiros internacionais.
De acordo com a CTA, as medidas adotadas nesse período reforçaram a supervisão financeira, a coordenação interinstitucional e a aplicação da legislação contra o branqueamento de capitais, assegurando o cumprimento integral das recomendações do organismo internacional.
“Esta conquista traduz o reconhecimento internacional dos progressos alcançados e representa um ganho substancial para a economia nacional”, destaca o comunicado da CTA.
Impactos Económicos Imediatos
A CTA prevê efeitos positivos imediatos sobre o ambiente de negócios e o financiamento externo. A organização aponta que a retirada da lista cinzenta reforça a credibilidade internacional de Moçambique, melhora o relacionamento com bancos correspondentes e reduz os custos de financiamento externo, garantindo acesso a taxas de juro mais competitivas.
Além disso, o setor privado espera maior atratividade para o investimento produtivo e de exportação, bem como o fortalecimento das parcerias público-privadas e da cooperação económica internacional.
Esses efeitos, segundo a Confederação, poderão traduzir-se em maior liquidez, acesso mais previsível a capital internacional e expansão dos setores estratégicos da economia.
Reforço de Coordenação e Ética Empresarial
A CTA reconhece que a saída da lista cinzenta não encerra o processo de reformas, mas inaugura uma nova fase de consolidação e vigilância.
O GAFI recomendou que Moçambique mantenha o ritmo de implementação, reforçando o mapeamento de riscos, a coordenação institucional e a transparência nas operações financeiras.
“Esta é uma vitória coletiva, mas que exige continuidade. O desafio agora é transformar este reconhecimento em resultados concretos para a economia e para as empresas”, lê-se na nota da CTA.
A Confederação reafirma o compromisso em continuar a colaborar com o Governo e parceiros internacionais, promovendo um setor empresarial mais ético, inclusivo e competitivo.
Branding Nacional e Oportunidades de Investimento
Para a CTA, Moçambique deve capitalizar esta conquista em iniciativas de branding nacional e promoção de investimento estrangeiro, apresentando o reconhecimento do GAFI como prova de maturidade institucional e estabilidade económica.
A Confederação defende que o país se posiciona agora como um destino seguro e competitivo para negócios, especialmente nos setores de energia, indústria transformadora, finanças, agricultura e turismo.
“Por uma CTA dinâmica, inclusiva, sustentável e ética”, conclui o comunicado, sublinhando o papel do setor privado como agente de credibilidade e desenvolvimento nacional.