Fórum de Comunicação Inovação e Desenvolvimento - Forcide

23/10/2025

POR: Camilo Cogiro

Utopia é um termo essencialmente social. Pode significar uma sociedade ou lugar ideal. Cada autor vai interpretar a palavra “utopia” de uma maneira diferente. A etimologia vem do grego, onde “u” (ou “ou”) tem o sentido de negação, e “tópos” significa “lugar”. Portanto, utopia significa “lugar nenhum” ou “não lugar”. Foi descrita pelas primeiras vezes por filósofos como uma cidade perfeita, onde tudo flui bem e todos os mecanismos sociais funcionam. Pode também representar uma idealização, algo desejável, possível…

Existem vários tipos de utopia, como as utopias materiais, assim como um dia foram o avião ou o telefone. Ninguém, em eras remotas, imaginaria que fosse possível voar intercontinentalmente ou fazer chamadas telefônicas com vídeo. Então, essas realidades foram consideradas utopias. Um filme de ficção científica é cheio de utopias.

No final do século XIX, utopia era quase um sinônimo de socialismo ou comunismo. No seu lugar político, o termo denota harmonia. Mas também tem significado controverso e que carece de discussão, sendo, por algumas pessoas, entendido como algo impossível ou fantasioso.

Eu sou um utopista: sonho o ideal para alcançar o possível. Enxergo nessa palavra significados bons, interpretações relacionadas ao desenvolvimento e à sofisticação.

Na busca pela verdade, perceber opiniões diferentes é algo rico, pois traz novos olhares. Quase tudo tem mais de uma interpretação possível. Então, temos a utopia possível, desejável e a utopia apenas imaginária. Eu me apego às duas para sonhar um mundo melhor.

16/10/2025

POR: Vitor Odirlei Joner

O Brasil é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. O cenário de crises globais, como a guerra comercial entre EUA e China e o conflito na Ucrânia, favoreceu o agronegócio brasileiro, que encontrou novos mercados e viu seus lucros explodirem.

O problema? Enquanto os navios saem lotados de grãos e carnes, os preços dos alimentos aqui dentro continuam altos. Para milhões de famílias brasileiras, o acesso à comida é um desafio diário, transformando nossa maior potência em um dilema ético e político.

É aqui que a dualidade se escancara: o Brasil se vende como o "celeiro do mundo", mas essa imagem entra em conflito direto com a nossa própria soberania alimentar. De um lado, a pressão do mercado global por mais exportações de commodities brasileiras. Do outro, um país que, apesar de produzir como nunca, ainda luta para garantir o prato de comida de seu próprio povo.

O Brasil saiu oficialmente do Mapa da Fome em 2025, mas a fome não desapareceu das favelas, das periferias e de milhões de casas ao longo do país. A verdade é que o modelo do agronegócio não foi feito para alimentar os brasileiros, mas para gerar lucro no mercado internacional e enriquecer uma burguesia minoritária do país.

A solução não é produzir mais para exportar, mas mudar o foco. Precisamos de um projeto de nação que invista na agroecologia e na agricultura familiar, que são os verdadeiros responsáveis por colocar comida diversa e saudável na nossa mesa.

Precisamos decidir se seremos um país que apenas serve aos interesses do mercado global ou uma nação que cuida do seu povo em primeiro lugar. A mudança, além de necessária, é possível. Prezar pela soberania alimentar não é uma simples questão social, mas de dignidade para o seu povo e de um projeto de futuro para um país em desenvolvimento contínuo e justo.

05/10/2025

A diferença de rendimentos entre empresários e trabalhadores assalariados no Brasil é notória. Ela se exacerba ao lembrarmos que grande parte da população obtém sua renda com atividades informais e vive em condições precárias, sem acesso a direitos essenciais, como férias remuneradas ou auxílio saúde em caso de necessidade.

O fator econômico gera uma grande disparidade entre as classes sociais e serve como meio de opressão dos mais ricos sobre os mais humildes: enquanto os mais humildes ficam ocupados vendendo sua força de labuta em rotinas extenuantes, não têm oportunidade de se organizar adequadamente para exigir melhores condições de vida.

A maior parte dos brasileiros recebe menos de dois salários mínimos por mês, o que os coloca como necessitados e, muitas das vezes, hipossuficientes. Os ricos, detentores dos meios de produção, se aproveitam dos funcionários e os tornam reféns de um sistema que os hostiliza economicamente.

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Camilo Cogiro Revisão e preparação: Cássia Farias  Revisão e adaptação: Laís Fritzen A diferença de rendimentos entre empresários e trabalhadores assalariados no Brasil é notória. Ela se exace…

25/09/2025

POR: Maria Eduarda Pires

Uma crise de refugiados é um fluxo migratório motivado por fugas de guerras e perseguições de qualquer natureza, ocorridas no país de origem. Atualmente, nações na África estão passando por graves crises de refugiados, necessitando de ajudas humanitárias e visibilidade. Todavia, a cobertura midiática dessa situação tem sido limitada e negligenciada pela imprensa internacional, e pessoas de outros continentes nem imaginam o que essas nações estão vivendo na África.

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Uma crise de refugiados é um fluxo migratório motivado por fugas de guerras e perseguições de qualquer natureza, ocorridas no país de origem. Atualmente, nações na África estão passando por graves crises de refugiados, necessitando de ajudas humanitárias e visibilidade. Todavia, a cobertur...

08/09/2025

🎹🎸 Música como instrumento de transformação - Brasil

FONTE: teleSUR

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https://www.instagram.com/telesurtv?igsh=ZTM5ZmVxZ3ZzYzNv

27/08/2025

Atualmente, o mundo é permeado por três principais modelos sociopolíticos: o capitalismo, o socialismo e o comunismo. Enquanto o capitalismo se mantém como o sistema predominante, o socialismo é frequentemente considerado uma superação desse modelo, embora ainda não tenha sido plenamente implementado. O comunismo, por sua vez, é visto como um ideal de satisfação plena do ser humano, embora eu não concorde que seja um modelo completo, dadas suas inconsistências e inviabilidades.

Acredito firmemente que o capitalismo está em declínio, perdendo seus principais argumentos nos últimos tempos. Assim, é fundamental elaborarmos novos conceitos e práticas que atendam às necessidades. É neste contexto que surge o esboço do cooperativismo social e econômico.

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Camilo Cogiro REVISÃO: Luiz Fernando Ferreira da Costa Reflexões sobre o Cooperativismo Social e Econômico Atualmente, o mundo é permeado por três principais modelos sociopolíticos: o capitalismo, …

19/08/2025

TOLERÂNCIA DE PONTO PARA A CIDADE DE BEIRA

06/08/2025

POR: Camilo Cogiro

A música é o meu maior amor e minha grande frustração. Essa é uma frase que eu já disse repetidas vezes, em vários contextos e com diferentes pessoas. De fato, a música atual já não é mais a mesma. Até que eu não tenha sido contemporâneo da maioria dos artistas que tenho como referência, sigo saudosista e sempre ouço músicas que requerem uma apreciação cuidadosa, talvez uma maior sensibilidade e um critério musical apurado.

Pratico música há quase 20 anos. No início, de forma certamente intensa, com várias horas de estudo semanais, talvez eu ficasse a maior parte do tempo treinando técnica, leitura, teoria e percepção musical. Era o meu feeling do momento e minha motivação; foi o meu primeiro ofício, meio de participação social e subsistência. Consegui relativamente bons resultados de imediato, apesar da inexperiência em lidar com questões pessoais e muitas escolhas erradas. Eu estava seduzido por esse fazer e tinha total intenção de me tornar um bom músico e atingir o reconhecimento.

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A música é o meu maior amor e minha grande frustração. Por Camilo Cogiro.

30/07/2025

A socióloga angolana Luzia Moniz denunciou a grave crise social que se vive em Angola, apontando o Estado como responsável direto. "O vandalismo começa no poder político que abandona os seus cidadãos", afirmou, comentando o caos instalado em Luanda na sequência da greve dos taxistas.

Com o desemprego jovem a rondar os 60%, Moniz alerta para o risco de marginalização e emigração forçada entre os jovens. “Vivem nos mesmos bairros que os polícias, todos em dificuldades", disse à DW.

A socióloga e ativista apela ao diálogo e à mudança de regime antes de 2027, quando termina o mandato do Presidente João Lourenço. "Caso contrário, Angola viverá uma instabilidade permanente."

FONTE: DW Português para África
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O que é a DW: É uma emissora internacional pública da Alemanha, conhecida também como Deutsche Welle. Ela transmite notícias e informações em diversos idiomas, incluindo português, através de rádio, televisão e online. A DW oferece conteúdo sobre notícias, esportes, cultura, e até mesmo aulas de alemão.

A socióloga angolana Luzia Moniz denunciou a grave crise social que se vive em Angola, apontando o Estado como responsável direto. "O vandalismo começa no po...

29/07/2025

Author: Camilo Cogiro
Revised by: Marcella Isolan
English Translation: Adrianna Vangeli

Often, we think the great global players are the ones with the most media presence. In famous magazine lists about the most influential people in the world, state/government executives are generally mentioned, and thus raises an implicit issue that we shall approach in this text.

Many major world figures are not famous in the daily press; they are diplomats, big businessmen, owners of communication networks, and articulate politicians who work in diverse areas exercising power and authority. Of course, they’re individuals who stand out and most of the time accumulate a large sum of money…

The important decision-makers hold influence over strategic areas and certainly care about the shaping of opinions and the path of humanity. Among them, we can cite the Arab sheiks, Russian oligarchs, owners and directors of communication channels, and leaders of international trading blocs, such as the European Union. They’re people who generally don’t pop up in conventional media.

It’s necessary to consider that changes are occurring every second. Technology has changed interpersonal communications, and there has been a large increase in resources and opportunities for more people to have access to goods that were once considered a luxury; however, the individuals who frequently flaunt their expensive cars and luxury items on social media aren’t the decision-makers. In fact, they’re users of new digital possibilities and can be considered pop culture influencers, since their ideas reach people through social media.

The large global decision-makers are, for the most part, people who value discretion and confidentiality of their identities, acting almost anonymously, consummating the social powers in every sector around the whole world. Most of the time, people don’t even know who these decision-makers are. Areas with international security, essential raw materials, cutting edge technology, space technology, large naval fleets, aircraft companies, and multinational corporations are just a few examples of the business ventures undertaken by the greatest global figures. Several groups where big decision-makers act are listed below:

The US Army
The International Monetary Fund
Fly Emirates
NASA
Maersk
Microsoft
HUAWEI

It’s necessary to reflect on the fact that sometimes in an airport, metro station, or even a common restaurant, we can be beside a world leader and not even notice, for they’re discrete and unrecognized by most of the population. We can think of these leaders as articulators of the global stage--high performing references in political, social, and corporate relations. They’re not there by chance; they really carry out their work on a high level. To become a leader of this magnitude, it’s fundamental to have top-quality schooling, access to networking opportunities, and interactions with important internationally-influential people.../

ALTERNATIVE LINK:

https://medium.com//the-great-players-of-the-global-stage-e580be9002c9

TEXTO EM PORTUGUÊS:

https://utopiatextos.wordpress.com/2024/09/11/os-grandes-players-da-cena-mundial/

21/07/2025

A construção da União Europeia começou como um projeto pós Segunda Guerra Mundial de estabelecer uma resiliência econômica e financeira autossuficiente para emancipar seus membros dos antigos ódios históricos. O Benelux, organização econômica formada em 1944, ainda durante a guerra, por Bélgica, Holanda e Luxemburgo foi o primeiro passo de um caminho europeu em que outras nações embarcaram com o tempo. A aliança franco-germana foi, sem dúvidas, inspiradora e atraente para o resto dos países, que viram uma oportunidade de construção conjunta sob um regionalismo capaz de competir no novo plano mundial globalizado.

Então, muito antes da década de 1990 se pensava em convenções de livre circulação de pessoas e de comércio único, com leis que fossem continentais. Tratados de economia e defesa interna passaram a ser assuntos comunitários de países que, após vários acordos multilaterais, firmaram a União Europeia (UE) em 1993. O raciocínio por trás dessa aliança, incialmente com 12 países membros e, hoje, com 27, poderia se explicar como uma evolução em três etapas: 1) fortalecimento dos laços econômicos para conseguir interdependência comercial e financeira, e competir no mercado internacional; 2) institucionalização política, com órgãos e leis próprias para garantir os interesses da região; e 3) socialização de povos, até então, divididos e hostis. De fato, ainda antes da adoção da moeda única, já se tramava um fortalecimento do continente com a implementação de outras medidas que uniam forças entre economias industrializadas (umas mais, outras menos) com uma renda per capita acima da média global e índice de desenvolvimento humano (IDH) elevado.

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Camilo Cogiro – Brasil Moisés Manzano Montes – EspanhaRevisão: Vinicius Lima Revisão e adaptação: Laís Fritzen A construção da União Europeia começou como um projeto pós Segunda Guerra …

15/07/2025

O autor filósofo Roberto DaMatta, em sua obra, apresenta conceitos de extrema importância para a antropologia, especialmente no contexto da antropologia brasileira. DaMatta nos faz refletir sobre como a casa e a rua são elementos classificatórios fundamentais, permitindo-nos compreender diversas representações sociais. Ele destaca a ‘casa’ como um espaço de interação particular e a ‘rua’ como um espaço público de socialização.

Além das relações estabelecidas pela casa e pela rua, o autor traz outra importante contribuição, que são as metáforas alimentares utilizadas como forma de relação dentro da nossa sociedade. Com isso, compreendemos que a comida, além de proporcionar momentos de sociabilidade, é capaz de evocar lembranças e despertar emoções. A maneira como nos alimentamos também reflete uma lógica regional e um sentido de pertencimento. Podemos afirmar que momentos de prazer sensorial estimulam memórias e estabelecem condições emocionais, relacionais e associativas que geralmente são positivas.

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Jennifer Oliveira Camilo Cogiro Revisão – Camila Faraldo Revisão – Luciana da Silva O autor filósofo Roberto DaMatta, em sua obra, apresenta conceitos de extrema importância para a antr…