14/08/2025
𝐒𝐎𝐁𝐑𝐄 𝐀 𝐍𝐎𝐌𝐄𝐀𝐂̧𝐀̃𝐎 𝐃𝐄 𝐄𝐑𝐈𝐂𝐈𝐍𝐎 𝐃𝐄 𝐒𝐀𝐋𝐄𝐌𝐀
𝐏𝐨𝐫 𝐃𝐚𝐦𝐢𝐚̃𝐨 𝐂𝐮𝐦𝐛𝐚𝐧𝐞
Não tenho nada a favor ou contra.
Prefiro ficar no muro, com as pernas penduradas, a assistir o espectáculo, vendo o sol a cair no horizonte. É sorte dele.
Não sei quantas pessoas recusariam ir a uma sombra frondosa como aquela em que Ericino de Salema se encontra neste preciso momento.
Agora, usar essa nomeação como um exemplo de Inclusão Política, na governação do Presidente Daniel Chapo, aí, já não.
Isso é mentira para distrair incáutos.
Eu disse a mesma coisa quando o Presidente Filipe Nyusi nomeou Raul Domingos, para ser Embaixador de Moçambique, na Igreja ou melhor, no Vaticano.
𝐐𝐮𝐞 𝐝𝐢𝐩𝐥𝐨𝐦𝐚𝐜𝐢𝐚 𝐫𝐞𝐥𝐞𝐯𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐞́ 𝐯𝐢𝐬𝐭𝐨𝐬𝐚 𝐬𝐞 𝐟𝐚𝐳 𝐩𝐨𝐫 𝐥𝐚́?
Porque não o nomeou para Embaixador de Moçambique nas Nações Unidas, nos Estados Unidos, na União Europa, em Portugal, Inglaterra, Brasil, Rússia, China, África do Sul, entre outros paises e capitais, política economicamente relevantes?
O mesmo se diz do Dr. Eduardo Namburete que, igualmente foi atirado para a Argélia, um país do qual é possível passarem meses sem se falar dele, em nenhum serviço noticioso. Sei dizer que na Argélia existem alguns estudantes moçambicanos cuja oferta de bolsas de estudo nunca ninguém ouviu falar com objectividade pois, regra geral, correm por baixo das mesas da candonga, não sei se há mais alguma coisa.
Para mim, os exemplos de verdadeira Inclusão Política deviam se buscar dentro do Partido Frelimo que, nos seus actos eleitorais (internos) estabelece cotas para a OJM, OMM, ACLLN e, dentro destas organizações sociais, existem as Listas de Continuidade e as dos Novos Ingressos: tudo devidamente organizado, previsível e exigível.
Ora, a nomeação do Ericino de Salema só seria de considerá-la como Inclusão Política se adviesse de um processo organizado no qual houvesse uma quota que o Presidente da República a reservasse para ser ocupada por gente da Sociedade Civil ou da Oposição, num exercício no qual todos ficassem a saber que no governo do Presidente Daniel Chapo, "tanta percentagem" é reservada ou deverá ser ocupada por gente da Sociedade Civil ou da Oposição, entretanto, não é o que está a acontecer.
O Presidente da República não está proibido de ter amigos no seio da Oposição ou na Sociedade Civil e, ele não está proibido de indicar ou nomear esses seus amigos ou conhecidos para o seu governo, por serem competentes ou simplesmente por serem seus amigos pessoais, de quem se quer fazer rodear ou a quem quer dar pão ou um espaço à sombra.
𝐒𝐞𝐫𝐚́ 𝐢𝐬𝐬𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐢𝐠𝐧𝐚 𝐝𝐞 𝐈𝐧𝐜𝐥𝐮𝐬𝐚̃𝐨 𝐏𝐨𝐥𝐢́𝐭𝐢𝐜𝐚, 𝐧𝐮𝐦 𝐠𝐨𝐯𝐞𝐫𝐧𝐨?
Prefiro pensar que equivoca-se ou, quer equivocar os demais, quem assim pensa e se convence ou tenta convencer os outros a pensarem que a nomeação de Ericino de Salema seja um exemplo de Inclusão Política.
Experimentemos deixar cair um grão de arroz numa panela de feijão, para vermos o impacto desse grão de arroz no feijão.
Alguma vez a feijoada deixou de ser feijoada só porque atirou-se nela, alguns grãos de arroz?
Uma feijoada nunca deixou de sê-la, só porque no lugar da dobrada, meteu-se nela ossos, pescoços ou patas de frango.
Nisto tudo, há um facto:
𝐀 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐄𝐫𝐢𝐜𝐢𝐧𝐨 𝐝𝐞 𝐒𝐚𝐥𝐞𝐦𝐚 𝐦𝐮𝐝𝐨𝐮 𝐝𝐞 𝐯𝐞𝐳. 𝐄𝐥𝐞, 𝐧𝐚̃𝐨 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚𝐫𝐚́ 𝐚 𝐬𝐞𝐫 𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞 𝐄𝐫𝐢𝐜𝐢𝐧𝐨 𝐝𝐞 𝐒𝐚𝐥𝐞𝐦𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐣𝐚́ 𝐟𝐨𝐢.