27/11/2025
A LÍNGUA QUE CRÊ E A LÍNGUA QUE ESPERA
Fé e esperança caminham como duas irmãs que carregam o mesmo sangue, mas com ritmos diferentes.
A fé fala — a esperança sustenta.
A fé declara — a esperança guarda.
A fé move montanhas — a esperança atravessa desertos.
A Bíblia apresenta a fé como olhos espirituais que enxergam antes da luz nascer.
“A fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem.”
— Hebreus 11:1
Fé é linguagem ousada, voz que desafia o visível, que constrói arca sem chuva, que sobe o monte com Isaque — crendo no cordeiro que ainda não chegou.
Fé é o verbo que ativa o céu, é o decreto que toca o impossível.
Quando Cristo diz: “se disseres ao monte…” Ele revela que fé não se cala, fé fala com autoridade.
Mas ao lado dela caminha a esperança — suave, firme, eterna.
Se a fé é o passo, a esperança é o fôlego.
Se a fé rompe, a esperança resiste.
“Os que esperam no Senhor renovarão as forças…”
— Isaías 40:31
Esperança é âncora na alma (Hebreus 6:19), é o braço que nos sustenta até o milagre amadurecer.
Ela não acelera Deus — ela confia no tempo d’Ele.
Ela é lâmpada acesa no período entre a promessa e o cumprimento.
A fé diz: “Deus fará.”
A esperança responde: “E eu permanecerei até Ele fazer.”
Fé abre o Mar Vermelho.
Esperança atravessa o deserto de três dias sem água.
Fé derruba muralhas.
Esperança marcha sete dias sem vê-las cair.
Uma conquista — a outra sustenta.
Uma declara — a outra espera.
E quando juntas respiram dentro de nós, nenhum vento pode apagar essa chama.
Fé é fogo.
Esperança é óleo.
Sem uma, não há chama; sem a outra, a chama não dura.