07/11/2025
ACTUALIZAÇÕES | Da Espalhafatos: A Minutos Aviação Mentiu, a Rússia e China São os Únicos Países Com Armas Hipersónicas no Mundo
E, pela maioria das publicações deitas, o proprietário da página brasileira Minuto Aviação é um entusiasta do imperialismo, que se dedica a manipular e a desinformar brasileiros incautos, contribuindo assim para a perpetuação da ignorância no seio daquele povo.
Há 4 dias atrás, a página brasileira «Minuto Aviação», fez uma das suas habituais publicações na qual se estabelece uma suposta comparação entre as capacidades HIPERSÓNICAS dos EUA e da Federação Russa. A informação, porém, é literalmente falsa.
Felizmente, (sim, é exatamente isso mesmo que você acabou de ler, FELIZMENTE), os Estados Unidos da América não dispõem, até ao momento, de mísseis hipersónicos. Pese embora que, mantenham diversos programas de investigação e desenvolvimento na área, nenhum atingiu ainda o estatuto de arma activa e plenamente integrada nas suas forças armadas.
Um dos exemplos citados na publicação (o AGM-183A ARRW (Air-Launched Rapid Response Weapon), desenvolvido pela Lockheed Martin para a Força Aérea norte-americana) foi cancelado em 2023, após múltiplas falhas registadas em te**es realizados entre 2021 e 2022. Em Março desse ano, a própria Força Aérea dos EUA anunciou oficialmente que não avançaria com a aquisição do sistema após a fase de protótipo, encerrando o programa e destinando-o apenas à recolha de dados tecnológicos.
Deste modo, a publicação em causa induz o público a acreditar que os EUA possuem armamento hipersónico activo, quando o referido programa foi descontinuado há mais de dois anos. Estabelecer comparações de «poderio» entre um sistema inexistente que dá vantagem aos EUA e os sistemas russos actualmente em operação é, portanto, tecnicamente e moralmente infeliz e intelectualmente desonesto.
Actualmente, apenas a Rússia e a China confirmaram de forma pública e verificável a posse e utilização de mísseis hipersónicos operacionais, como os russos Avangard, Kinzhal e Zircon, e o chinês DF-17.
A publicação do Minuto Aviação constitui, assim, um caso claro de desinformação, e se fosse alguém que se preze, a sua rectificação pública é recomendável em nome da verdade e da ética comunicacional que deve reger qualquer veículo de informação responsável.
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