16/01/2025
Após críticas, Rangel diz ter encontro marcado com Venâncio Mondlane: "A predisposição de Portugal é sempre ajudar"
Rangel reconheceu que Portugal tem, pelos "laços afetivos históricos", uma "posição especial" com Moçambique. Após ser criticado por Venâncio Mondlane, diz que vai encontrar-se com candidato.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, disse esta quarta-feira em Maputo que Portugal está disponível para apoiar a mediar a crise pós-eleitoral em Moçambique — indicando que terá um encontro com o candidato presidencial do Podemos, Venâncio Mondlane —, mas acredita que tal não será necessário.
“Também falaremos com ele [Venâncio Mondlane], com certeza, isso está previsto. Está previsto falar com todos e portanto com certeza que a predisposição de Portugal é sempre ajudar. Nós não podemos substituir-nos, obviamente, de maneira nenhuma, não queremos interferir na soberania de Moçambique, mas achamos que há aqui uma oportunidade para se criar uma agenda de consenso, de reformas por um lado institucionais e por outro lado com certeza económicas e sociais”, disse.
Sobre a mediação, Paulo Rangel disse que “o processo pode até dispensar essas ajudas, ou pelo menos uma mediação formal, porque todas as partes me parecem, sinceramente, por aquilo que eu posso testemunhar, especialmente agora já cá, mas antes disso também, por contactos que tinha vindo a fazer, que há uma vontade, realmente, de fazer desta crise uma oportunidade. E isso é uma coisa que nos deixa, como eu usei a palavra hoje de manhã, esperança”.
Em declarações aos jornalistas esta tarde, após a cerimónia de investidura de Daniel Chapo como quinto Presidente de Moçambique, marcada por novos confrontos entre a polícia e apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados eleitorais, Paulo Rangel reconheceu que Portugal tem, pelos “laços afetivos históricos, culturais profundos”, uma “posição especial”.
“Nós temos, obviamente, um papel de ajuda. A União Eu
