
29/07/2025
𝐏𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐝𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐠𝐫𝐞𝐯𝐞 𝐝𝐨𝐬 𝐭𝐚𝐱𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐫𝐠𝐮𝐥𝐡𝐚 𝐋𝐮𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐞𝐦 𝐜𝐚𝐨𝐬 𝐞 𝐯𝐢𝐨𝐥𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚
O primeiro dia da greve dos taxistas em Luanda, convocada contra o aumento dos combustíveis, ficou marcado esta segunda-feira por episódios de violência, incluindo saques, vandalismo e confrontos que resultaram em vítimas mortais.
A paralisação dos táxis deixou esta segunda-feira milhares de pessoas sem transporte na capital de Luanda e restantes províncias do país, obrigando-as a percorrer longas distâncias ou a permanecer nos locais de trabalho devido à atual situação de insegurança.
O que deveria ser uma "paralisação pacífica", convocada por associações de taxistas, escalou para episódios de violência em diversos bairros da capital angolana. Grupos de jovens revoltados bloquearam ruas, invadiram lojas e atacaram veículos, incluindo autocarros e carros da polícia, forçando as autoridades angolanas a intervir com disparos para dispersar as multidões.
Após um primeiro dia de tumultos, várias lojas, escolas e postos de abastecimento fecharam por precaução, enquanto o Palácio Presidencial reforçou a segurança.
A eclosão da violência coincidiu com o regresso ao país do presidente angolano, João Lourenço, após uma visita oficial de três dias a Portugal.
Entretanto, o Governo angolano considerou os atos de violência ocorridos esta segunda-feira "ações criminosas" e avisou que constituem um "ataque ao Estado democrático e de direito", num comunicado do Ministério angolano do Interior, lido na televisão nacional."Essas ações criminosas que atentam contra a estabilidade pública representam um ataque ao Estado democrático e de direito e ao bem-estar dos cidadãos", salienta o comunicado.
Segundo o Ministério do Interior de Angola, "são atos premeditados de sabotagem e intimidação que não serão, em hipótese alguma, tolerados, pelo que as autoridades estão a tomar todas as medidas necessárias para a manutenção da ordem e tranquilidade públicas, bem como para identificar, responsabilizar e levar à justiça os mandantes e executores desses atos deploráveis".
As autoridades angolanas reafirmam que "a situação de segurança pública é estável e apela à população para que se abstenha de participar ou incentivar esse tipo de ações e que colabore com as autoridades denunciando quaisquer atividades suspeitas".