
10/08/2025
Mundo | Genocídio ao Vivo:
NETANYAHU E A LINHAGEM SANGRENTA DOS TIRANOS DE TODOS OS TEMPOS
- Opinião
------ >> Um olhar cru sobre a repetição histórica da barbárie contra povos indefesos, filmada em directo e ignorada pelo mundo
Beira, Moçambique, 10 de Agosto de 2025 (Hanif CRV – Media | “Verdade pela Verdade”) – Netanyahu — ou “Nataleyu”, como muitos já o baptizaram — está a assinar um dos capítulos mais vergonhosos da história moderna: um genocídio filmado em directo, contra um povo confinado num pedaço de terra e sem defesa real. Apesar de toda a tecnologia e visibilidade, nada pára. Não é a primeira vez que a humanidade assiste a isto. A lista de tiranos que usaram o poder para esmagar povos inteiros é longa, atravessando séculos e religiões. O que muda é o cenário e as desculpas da época.
O que Israel faz hoje em Gaza lembra demasiado outros horrores recentes — só que com mais câmaras ligadas, mais provas e mais hipocrisia. Hospitais, escolas, campos de refugiados, bairros inteiros são varridos do mapa em nome da “autodefesa”. Mas, na prática, a mensagem é clara: um povo inteiro pode ser castigado colectivamente.
Esta não é uma situação isolada. A era moderna tem um catálogo trágico de exemplos semelhantes:
- Bósnia (1992–1995): limpeza étnica contra muçulmanos bósnios, culminando no massacre de Srebrenica, com mais de 8 mil mortos sob o olhar passivo da ONU.
- Mianmar (2016→): os Rohingya, muçulmanos sem cidadania, expulsos à força, aldeias queimadas e centenas de milhares forçados a viver em campos miseráveis no Bangladesh.
- Caxemira (décadas recentes): militarização total, prisões arbitrárias, assassinatos selectivos; o quotidiano é um estado de emergência sem fim.
- Síria (2011→): bombardeamentos indiscriminados, cercos que condenaram bairros à fome, uso documentado de armas químicas.
- Iémen (2015→): a guerra esquecida, com bombardeamentos e bloqueios que causaram a pior crise humanitária do planeta.
- China (Xinjiang): milhões de uigures muçulmanos em campos de “reeducação”, com práticas religiosas sufocadas e identidade cultural desmontada.
Se olharmos para trás, a brutalidade contra povos inteiros é quase tão antiga quanto a própria história:
- Faraó do tempo de Moisés: perseguiu e escravizou os filhos de Israel, mandando matar os recém-nascidos.
- Impérios assírio e babilónio: destruíram Jerusalém, deportaram populações, queimaram templos.
- Perseguições pré-Hégira em Meca: tortura e morte contra os primeiros muçulmanos.
- Massacres das Cruzadas (especialmente em 1099): Jerusalém tomada com banho de sangue de muçulmanos e judeus.
- Mongóis em Bagdade (1258): destruição total da cidade, centenas de milhares mortos, bibliotecas e centros de saber reduzidos a cinzas.
- Tragédia de Karbala (680): Husayn ibn Ali, neto do Profeta ﷺ, morto com a sua família e companheiros, ferida aberta na história islâmica.
Antes mesmo das religiões abraâmicas, já havia monstros políticos e militares:
- Impérios antigos, como o hitita e o romano, praticavam massacres sistemáticos contra povos conquistados.
- Reinos tribais africanos e asiáticos usavam escravidão em massa e extermínio de rivais.
- Genocídios indígenas na América e Oceania logo após o “descobrimento” europeu.
A conclusão amarga é que “Nataleyu” não inventou nada. Ele apenas repete, no palco global e sob holofotes modernos, a velha receita: demonizar um povo, desumanizá-lo e usar o Estado para esmagá-lo até ao silêncio. O que choca é que, agora, tudo acontece em tempo real, com provas gravadas e partilhadas — e ainda assim nada para.
A diferença entre o passado e hoje é simples: ontem, os tiranos podiam alegar ignorância. Hoje, contam com o facto de que toda a gente sabe — mas a maioria não quer ou não pode agir. É aí que reside o verdadeiro fracasso da nossa era.
Nota: Este texto foi elaborado com base em fontes históricas e académicas, bem como em relatos e análises contemporâneas, respeitando os princípios éticos do jornalismo que exigem rigor, responsabilidade e o compromisso com a verdade, mesmo diante de temas difíceis e controversos. (🖋️ © 2025 | Hanif CRV – Media | Texto elaborado sob curadoria de Hanif CRV (nome legal: Mahamad Hanif M***a – MhM), com apoio de ferramentas de escrita digital | 📧 mhm.b.mz@gmail | 📱 +258 84/87 5728092 | 📷 Reprodução)