Fernando dos Santos

Fernando dos Santos Editora de livros fundada em Julho de 2024

31/07/2025

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31/07/2025
31/07/2025

ALICE CAETANO e ALEXANDRA ABRANTES | com ilustração de Elsa Martins | XAFIR E A FEITICEIRA DO PANTANO; (Alfarroba Publicações, 2015)
(excerto)

Xafir vivia na casa azul-cinza, na parte alta do Bosque
Tarálida, onde o sol era mais brilhante.
A casa era grande e antiga. Tinha pertencido aos seus
pais, avós e avós dos seus avós. À volta da casa, os pinheiros
mansos, as acácias e os freixos serviam de poiso aos pássaros
cantadores.
Xafir morava com um unicórnio corpulento mas afável,
de pelo branco cerdoso, característico dos unicórnios do Norte.
O unicórnio era um pouco desajeitado, mas era ele que puxava
o carro de lenha que apanhavam para acender o fogão e
a lareira nos dias mais frios.
Quando não tinham tarefas domésticas, jogavam às cartas,
à serpente, ao rei-manda, ou apreciavam as estrelas, deitados
no terraço da casa, durante as noites quentes. Xafir ensinava
ao unicórnio o nome das constelações que encontrava no céu
e que havia aprendido num livro antigo do avô.
– Leva-me a fazer um passeio pelo bosque – pedia Xafir ao
unicórnio, quando estava triste. E lá iam eles por entre as árvores
e a vegetação, primeiro em silêncio, depois a conversar
baixinho e, a certa altura, já o unicórnio dizia piadas sem sentido
para divertir o menino. Quando regressavam, cantavam
e riam alto, sem qualquer vestígio de tristeza ou pensamentos
melancólicos.

*
Ilustração de ©Elsa Martins
*

(LT)

31/07/2025

Mãe de todas as mães, esperança que dança antes da queda. Em MAMMA ROMA, Pasolini oferece-nos um tango entre mãe e filho, onde a gargalhada é já um presságio de tragédia. Anna Magnani gira com o filho nos braços, sonhando com uma nova vida — mas as ruas lembram-lhe quem foi, e o destino, quem nunca poderá ser. A cruz está ali, fora de campo.

Neste segundo filme, o cineasta-poeta resgata o neo-realismo das cinzas e contamina-o com lirismo, iconografia sacra e desencanto político. O milagre económico italiano surge como farsa: a ascensão social revela-se uma descida ao inferno. Filmando subúrbios, feiras, barracas e becos, Pasolini pinta um fresco moderno onde os santos são delinquentes e a cidade eterna é feita de betão e solidão.

Anna Magnani brilha com uma força telúrica. É loba e Virgem, mártir e escandalosa. Mamma Roma carrega nas entranhas tanto o povo como o mito — é mãe, mulher, cidade, redenção e condenação. O seu rosto é um altar. E Pasolini, como um herege piedoso, ajoelha-se diante dele para filmar a sua dor, o seu riso, o seu fim.

MAMMA ROMA permanece como um lamento sagrado — cru, amoroso, inapagável. Um dos grandes filmes do século XX, que apresentamos em cópia restaurada.

📅 Cinema Nimas
8 Agosto | 18h
19 Agosto | 16h30

🎟️ Bilhetes em www.activeticket.pt
ℹ️ Mais informação em www.medeiafilmes.com

31/07/2025

Conhece o e a ? São dois serviços da Biblioteca Municipal de Coimbra que vão consigo para todo o lado.
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31/07/2025
31/07/2025
31/07/2025

Temos de tratar melhor quem nos dá beleza. A Dulce Pontes devia ser celebrada. Não é. Não é “comercial”, não faz colaborações com os DJs do momento, não aparece nos programas certos, não serve para vender ténis, nem apps, nem slogans vazios sobre "ser autêntico". A Dulce é autêntica. Isso não se vende; isso é uma dádiva. Nós não estamos habituados a lidar com dádivas — só com transações. Não é ela que está fora do tempo; somos nós que estamos fora de tudo. A Dulce não cabe em moldes de plástico. É o fundo do poço e o céu aberto ao mesmo tempo.

Portugal não sabe cuidar dos seus maiores tesouros. A Dulce devia ser património emocional. Em vez disso, é invisível para tantos, tantos. Não pode ser assim. Nela, está tudo: a alma de um país, a verticalidade de uma mulher que não encaixa, que não suaviza, que não cede. Há que ter coragem para ser assim: para não se render à leveza vazia do tempo.

Procurem-na. Ouçam-na. Vão atrás. Mostrem-lhe que estamos aqui. Deixem-na sentir-vos, sentir-nos. Mostrem-lhe que ainda há quem a ouça com o coração desarmado. Ela é profundamente humana. O que é humano precisa de ser amado para não morrer à fome.

31/07/2025

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