
03/07/2025
Na praia ou no campo, faça da exposição solar uma fonte de saúde
Mário Beja Santos
A importância do sol para a síntese da vitamina D na prevenção do raquitismo é de há muito conhecida. Este e muitos outros benefícios que se atribuem à luz solar são hoje motivo de avisos de prudência, pois estão identif**ados os prejuízos quando há uma exposição abusiva e indevida das radiações solares. Toda e qualquer agressão à pele f**a registada. Como e porquê?
Dentre as estruturas que fazem parte da pele, existem células que produzem uma substância escura, chama-se melanina. Conforme a maior ou menor quantidade de melanina produzida, assim é o tom de pele que cada um de nós apresenta. Ora a luz solar estimula o aumento da produção dessa melanina. Ao contrário dos indivíduos dos países nórdicos, nós temos sol em abundância, produzem-se elevados teores de melanina. Então, o que convém saber?
A pele, ao queimar-se, não se bronzeia e cai, retomando o tom que tinha antes da exposição solar. Este processo da queda da pele devido a queimadura é exatamente uma das agressões que a pele não esquece. Para aproveitar o sol sem danif**ar a pele devemos recorrer a um protetor solar. Escolhendo o protetor de acordo com o nosso tipo de pele, e aplicando regularmente, a melanina permite a consolidação do bronzeado. Mas temos de estar atentos ao signif**ado do índice de proteção solar. Trata-se do poder de filtragem das radiações ultravioletas B. Há ainda a ter em conta a presença, ou não, no protetor solar selecionado de um filtro para as radiações ultravioletas A. Sem este filtro a nossa pele é rapidamente agredida. Há quem pense que com o índice de proteção 20 podemos estar 20 vezes mais tempo expostos. Não é aconselhável pensar assim, a eficácia depende da correta escolha do protetor em função do tipo de pele. Mais, basta tomar banho ou limparmo-nos à toalha para que logo diminua a camada de creme. O leitor tem aqui motivos que sobra para conversar com o profissional de saúde para fazer a devida aquisição de um protetor solar.
Mas esta exposição, que se pretende que seja tonif**ante e saudável tem regras: depois do meio dia e até às 16, 16 e 30 horas, as radiações estão na vertical, são muito mais ricas em ultravioletas A, que penetram mais profundamente na pele, são indutoras do cancro, das rugas e do envelhecimento; inicie a exposição solar progressivamente, isto é, tendo em atenção o horário prometido, exponha-se pouco tempo nos primeiros dias e aumente-a diariamente; aplicar, pelo menos meia hora antes da exposição solar, um protetor adequado a cada tipo de pele, e reaplicar de duas em duas horas durante o período da exposição, e sempre após o banho (por isso são de preferir os protetores solares testados para a resistência à água); usar chapéu, preferencialmente com abas, durante a exposição solar; as crianças, e mesmo os adultos, devem beneficiar do uso de uma t-shirt enxuta; ingerir água em abundância para compensar as perdas; os bebés só devem iniciar a época balnear após a autorização do pediatra, recomenda-se que sejam mantidos sempre à sombra; à chegada a casa, e após o banho, recomenda-se a aplicação de uma loção adequada para repor a hidratação; para quem habitualmente se maquilha, deve remover todos os produtos antes da exposição solar, bem como nunca deve aplicar perfumes, loções de banho, desodorizantes e produtos afins; no caso de estar a tomar medicamentos, convém esclarecer-se junto do seu médico ou farmacêutico sobre eventuais incompatibilidades com a exposição solar.
Conte com o aconselhamento do ser farmacêutico, ele pode orientá-lo para a escolha do protetor solar mais adequado, na farmácia pode confirmar estas recomendações para uma exposição solar tonif**ante e saudável.